Agora de tarde fui na sessão DiretoGNU: a evolução e as realidades de um correio corporativo, catálogo e agenda em software livre. O projeto do DiretoGnu iniciou em 2000, e atualmente há 1379 usuários dentro da Procergs utilizando o sistema. Outros setores do governo estadual, como o Detran, já estão usando, e já foram feitos 830 downloads do sistema. Para quem acha que é pouco vale lembrar que esses sitema é bastante complexo, não sendo para usuários finais. O mais interessante no projeto do Direto, contudo, é a participação de universidades. Assim, uma ferramenta que foi criada para gerar redução de custos pro estado está dando um retorno enorme, não só financeiro mas também em termos de desenvolvimento de tecnologias. Para se ter uma idéia, o Direto já serviu de base para 5 dissertações de mestrado, 10 trabalhos de conclusão, além de mais de 20 trabalhos em disciplinas diversas na UFRGS, LaSalle, Urcamp e UCPel, seja na área de datamining, seja na área de otimização. Vale ainda lembrar que há um acordo entre o sindicato das empresas de software do RS e a Procergs onde as empresas participantes do sindicato passam a ser responsáveis pelos serviços de treinamento do sistema. Assim, um projeto de software livre, além de alavancar mais conhecimento, está servindo ainda para a geração de mais empregos.
Já a palestra Campinas: a capital paulista de software livre, tocada pelo Rubens Queiroz, falou basicamente sobre o Rau-Tu e o No-Rau. Para quem viu a palestra do ano passado não houve muitas novidades, contudo foi interessante conhecer o esquema de pontuações para respostas dadas, utilizada para incentivar a participação de voluntários. Chamou ainda a atenção o fato de que os sistemas foram desenvolvidos originalmente como ferramentas para iniciativas de educação à distância, e se vê que os sistemas estão sendo usados para outros fins muito interessantes, como gerenciamento de conhecimento dentro de empresas.