Sobre essa história de ser facilmente \”lembrável\” eu confesso que fico encucado. Teve uma época que eu achava que era por que eu era chato, mas meu amigo do peito Renato Velho fez um discurso dizendo que eu não era chato, que eu já tinha sido muito chato mas isso já tinha passado. Eu não tinha levado muita fé na história, até que uma guria que foi fiscal no dia que fiz vestibular na Unisinos chegou e me cumprimentou pelo nome. Isso foi ano passado, onze anos depois de eu ter feito vestibular. Para uma pessoa como eu, que tem dificuldades enormes de guardar o nome dos outros e que já conseguiu esquecer o nome da própria mãe isso é muito estranho. Ou seja: eu devo ter alguma coisa que marca, que chama a atenção. Posso assegurar que não é nada a ver com beleza, que não sou bonito. Não tem nada a ver com inteligência, que o que eu falo de besteira e coisas inconvenientes sem nada a ver não está no mapa. Vai ver que é por aí a resposta. Vai ver que é a soma dos meus defeitos que me tornam facilmente reconhecível.
Mas que é muuito estranho uma pessoa que te viu uma única vez depois de anos te cumprimentar pelo nome isso é.