Não quero dizer nada, mas Vespertine é sem dúvida nenhuma a melhor coisa que a Björk já fez. Quanto mais eu escuto mais descubro detalhes para lá de inspirados nele. Confesso que eu meio que estava enjoando um pouco dela. Ela tem uma voz maravilhosa e escondia isso atrás de “modernismos”. Aliás, chegava a ser irônico que boa parte dos remixes que faziam das músicas dela o que era acentuado era a voz dela. E é isso que acontece no Vespertine. É um trabalho para você colocar e ficar desfrutando. Aliás, descobri que programo melhor quando estou ouvindo ele. É uma verdadeira massagem pros meus neurônios. O fato é que parece que a Björk se deu conta que já está naquela fase da vida e não tem que fazer mais nada para agradar os outros, mas a si mesmo. Tanto que o trabalho está extremamente intimista, e de um intimismo que não é chato, tipo um exorcismo público dos demônios internos, mas sim um intimismo sensual e bem humorado. A melhor prova disso é a letra de Heirloom.
Grande trabalho!