Dica: não compre a última Super Interessante. Já havia lido sobre isso, mas não acreditei:
Linux: Linguagem de programação. Considerada como uma espécie de Xanadu por quem a conhece bem, foi desenvolvida pelo finlandês Linus Torvalds em 1991. Baseada na linguagem Unix, o Linux funciona em qualquer sistema operacional, é gratuíto, flexível e mais um monte de coisas. Quem quiser pode acompanhar a história de seu desenvolvimento passo a passo (por meio da reprodução de documentos da época e comentários do autor) no site do próprio Torwalds: www.li.org/linuxhistory.php. Ver Unix.
De onde foi tirada essa pérola? Do glossário contido no caderno especial Odisséia Digital 2, escrito por Jack London e Max Gehringer. Simplesmente um erro atrás do outro. Vai desde coisas simples, como dizer que o endereço da Fapesp é www.fapesp.com.br (não tem o .com e se alguém tentar acessar retornará um erro de DNS) ou que o criador do hipertexto foi Tim Bernards-Lee (na verdade, ele ligou o conceito de hipertexto ao de rede, criando uma forma de hipertexto distribuído) até coisas bem mais sérias como a definição acima. Outra pérola? Que tal essa:
exe: Sinal de perigo. Essa é a terminação para os arquivos executáveis, aqueles que, depois que a gente aciona, parecem adquirir vida própria e saem fazendo estripulias dentro do nosso micro. Os vírus vêm todos com essa terminação, daí abrir qualquer arquivo que tenha .exe sem estar absolutamente certo da origem é um risco danado. E certeza da origem não é só um e-mail de uma pessoa conhecida, sem nenhuma mensagem além do anexo em .exe, porque os espalhadores de vírus podem mandar em e-mail para qualquer um de nós, usando o nome do nosso melhor amigo, sem o coitado saber de nada.
Eu fico imaginando o pobre do usuário leigo que lê a definição acima e entrando no diretório C:WINDOWS. Ele vai ver aquele monte de arquivos .EXE e entrar em parafuso. Outra coisa muito importante: vírus não são apenas .exe. Seguindo a receita acima o pobre do usuário vai abrir com tranqüilidade um .pif, um .doc, um .com… É justamente o tipo de dica que não se dá, pois pode levar um leigo ao erro, e um erro muito perigoso.
Sinceramente não há o que dizer de um glossário desses. Tudo bem que se dê uma que outra derrapada, mas bem que os autores podiam descer de seus pedestais de gurus e chamar um técnico para conferir se não há nenhuma bobagem. Até onde eu me lembro isso tem um nome: prepotência.