Depois que a Taila foi morar lá em casa eu comecei a ajeitar as minhas contas. Primeiro fiz um empréstimo com o meu pai (ele fez pelo Previ, o que deu uma taxa de juros super baixa) e quitei todos os empréstimos anteriores com juros maiores que eu tinha antes e acabei com o atoleiro que me prendia no cheque-especial. Segundo eu mudei o meu cartão de crédito para o Santander Free, deixando de lado a anuidade e permitindo que eu controle melhor os meus gastos. Terceiro peguei meu FGTS e quitei meu apartamento. Quarto passei a gastar menos. E por aí vai. O resultado é que agora no fim do mês, em vez de olhar um extrato em vermelho eu vejo uma pequena reserva. Sim, tem grana sobrando, mas não tanta que me permita gastos extras… De qualquer maneira, o lance é aos poucos abandonar o crédito e ir fazendo poupança para numa emergência comprar coisas à vista. Um exemplo é o monitor novo que tive que comprar esses dias: tivesse eu o dinheiro na mão teria tido um belo desconto, mas como não era o caso… Enfim, resumindo, o negócio é que estou com um saldo bom. Nada maravilhoso, mas pelo menos estou com a cabeça pra fora da água nesse mar de endividados. O problema é que com isso quem está se incomodando é a Taila.
Explico: sabe-se lá como (ok, vamos fingir que a gente não sabe que essas empresas vendem os dados dos clientes umas para as outras…) as empresas de cartão de crédito e bancos descobriram que eu tenho um perfil de bom possível cliente, de forma que todo o dia de manhã chovem ligações telefônicas lá para casa. É oferta de cartão do American Express, é oferta do Bradesco VISA, é oferta do cartão preferencial do barzinho da esquina, é oferta de tudo que se pode imaginar. E é atender e ter que agüentar aquela conversinha chata de mil e uma vantagens ou ter que sofrer com a grosseria alheia daqueles que ao saberem que o dono da casa não está desligam o telefone na cara da Taila. E os idiotas esperam que eu use os serviços deles ao verem eles tratarem assim a mulher que eu amo…
E para completar hoje recebi uma ligação no celular do Santander querendo me oferecer algo. Isso às 11 horas da manhã, no meio do meu horário de trabalho, a partir de um número “sem número”. Assim, ou era para atender na hora ou não tinha como ligar depois para saber o que era… Assim, atendi, e dei de cara com uma ligação tão ruim que desisti de entender o que o cara falava e passei o meu email para ele. Isso porque era do Santander, o meu banco, senão mandava o cara catar coquinho mesmo. Mas enfim, já se passaram uns 50 minutos e nada do tal email…
Enfim, de qualquer maneira, o negócio para se livrar desse abuso que é receber telefonemas de vendedores vai ser desligar o telefone da tomada. Parentes e amigos vão ter que ligar pro celular, e isso com um telefone que não esconda o número do telefone. É simplesmente horrível ver como somos invadidos no nosso dia-a-dia, como somos perturbados no nosso lar e no nosso trabalho. Saco!