Gazeta Online – Orkut no Brasil tem a sua primeira comunidade vendida
A comunidade do Orkut “Eu Amo Floripa” foi alvo da primeira transação comercial de que se tem notícia na rede no Brasil, infoma Flávia Oliveira na coluna Negócios & Cia, do jornal “O Globo. A RBS pagou R$ 2 mil a um jovem carioca para se tornar mediadora do grupo.
A comunidade, que tem quase 75 mil membros, foi escolhida por reunir o maior número de fãs da capital catarinense. A página será usada para promover o festival do verão “Floripa tem”, organizado pelo grupo de comunicações gaúcho e pela agência Tudo Eventos & Conteúdo, de Nizan Guanaes.
Pois é, não consigo entender a RBS… Gasta 2 mil reais numa iniciativa de marketing que deixa um monte de gente indignada (é só olhar os comentários deixados na comunidade) ao mesmo tempo que se nega a dar aos internautas acesso às suas notícias usando esse recurso simples que é o RSS, que é algo simpático, barato e fácil de fazer. Lá no antigo projeto RSSficado até se fez um parser pro ClicRBS, mas o caso é que depois de UOL, Estadão e tantos outros veículos de comunicação disponibilizarem seu próprio feed era de se esperar que os caros funcionários da família Sirotsky acordassem. Mas enfim, fazer o que se tem gente que quer parecer moderninha e se dispõe a jogar dinheiro fora?
Ah sim, só para constar: não, não pretendo vender a comunidade São Leopoldo pro Grupo Sinos ou para o site Viva São Léo não. Até porque a comunidade tem 1/8 do número de participantes da comunidade florianopolitana, fazendo com que talvez a comunidade tenha um valor de 250 reais. Ou seja, nem para doar para uma instituição filantrópica tá valendo…
Update: acabo de acessar a comunidade comprada e percebi duas coisinhas… Uma é que tiraram do nome da comunidade o “Floripa Tem”. A outra é que todos os posts que comentam e criticam a venda da comunidade foram apagados, ao mesmo tempo que deixam spams na comunidade. Não deixa de ser irônico que justo a empresa de comunicação que vive reclamando de ações de censura por parte do Estado faça a mesmíssima coisa.
Update 2: o Maurício Renner, companheiro lá do Gordurama, me perguntou o que eu achava da história. A resposta está lá no site do Baguete.