Com o cancelamento do ADSL aqui em casa (o motivo para suspender o serviço foi o preço absurdo cobrado pela Brasil Telecom) acabei voltando ao acesso via linha discada. E finalmente me tornei um usuário Linux no que se refere ao desktop, no caso do Kalango Linux. Por quê? Simplesmente porque ao me conectar usando o Windows XP a conexão dura uns 5 minutos, quando muito, enquanto usando o Linux eu estou conectado a horas sem problemas. Não sei qual foi o milagre que o povo que mexe no kernel fez, mas a vontade que dá é de aplaudir.
E no que se refere a usar mais o Linux que o Windows o mais interessante é que o uso diário do Linux tem se revelado mais simples. É só partir do fato de que o menu de navegação é, antes de tudo, lógico. Em vez de ver uma palavra chave como “Iniciar “eu vejo algo que é o cúmulo do óbvio: “Menu”. Escolhendo ele dou de cara não com uma pasta chamada Aplicativos, onde estão todos os programas organizados pelo nome do fabricante e/ou produto, mas sim por algo mais prosaico que é o tipo de aplicativo. Assim sendo, se eu quero abrir um editor gráfico é só ir em “Gráficos” e deu pra bola. É um detalhe pequeno, simples, mas que faz uma diferença desgraçada. E é engraçado ver como eu simplesmente não sinto grandes mudanças de interface no que diz respeito ao uso de um sistema operacional ou de outro. Talvez a única coisa que eu sinta falta no Linux é o fato de que no teclado o botão de “Sleep” não funciona, de forma que toda vez que eu quero sair de casa sem deixar a máquina ligada tenho que passar pelo processo tedioso de shutdown. Talvez eu tenha que configurar alguma coisa, uma hora dessas eu dou uma procurada na rede para resolver isso, mas o caso é que tirando isso não tenho nenhuma restrição ao uso do Linux como desktop do dia a dia, restrição essa que eu tinha tempos atrás, e que me fazia defender a migração gradual para o software livre. Continuo defendendo isso, acho que o usuário é penalizado quando se faz uma mudança radiacal de ambiente operacional, mas o caso é que…
Bem, acho que finalmente eu posso dizer, por experiência própria, que o Linux como desktop está maduro. 🙂 E o melhor de tudo: não copiando o Windows, mas melhorando ele.