Sabe, se tem algo que me surpreende na música brasileira nos últimos anos esse algo se chama Seu Jorge. Afinal não há como explicar o crescimento desse cara, já que ele é a MAIOR FRAUDE que apareceu na música brasileira nos últimos 500 anos. Ele é ruim, toca de um jeito tosco que parece que ele entrou ontem nas aulas de violão, faz firulas vocais (sem ter voz) ridículas para fingir que é O cara e tem um monte de neo-fã dos Los Hermanos babando aos pés dele. Além disso ele vive de avacalhar com as músicas alheias. David Bowie e Damien Rice que o digam… O que as pessoas querem com uma figura dessas?
E agora, para complicar, o cara inventou de gravar um single para a cachaça Sagatiba. Ok, toda a liberdade do mundo para ele fazer isso, tá no direito dele, só que não basta gravar um single, tem que ter uma “ação de marketing” por trás. Então o que está acontecendo é que em São Paulo estão aparecendo em vários locais da cidade “intervenções urbanas”, grafites feitos com stencil, da imagem do Seu Jorge com a frase “Eterna busca do valor mais puro”, como pode ser visto nesse post do Fábio Yabu. Não é a primeira vez que a Sagatiba faz uma ação de marketing “viral” usando stencils. Ela já fez isso em Londres, por exemplo, provocando debates sobre a legalidade de tal tipo de campanha. Afinal estamos falando de propaganda de uma bebida alcóolica utilizando espaços públicos.
E daí entra em questão o fato dessa campanha do Seu Jorge ser em São Paulo. Vale lembrar que em 26 de setembro a camera de veradores de São Paulo aprovaram a Lei Municipal 14.223, a denominada “Lei da Cidade Limpaâ€, que visa combater a poluição visual em São Paulo. Ok, a entrada em ação da lei foi adiada, porém o que se vê no caso do Seu Jorge é que várias vezes foi aplicada o stencil em postes de luz. Oras, até onde eu sei não é assim para usar postes de luz, que são considerados patrimônios públicos. Posso eu entender assim que essa ação de marketing aí, além de sujar a cidade, não está também sendo ilegal?
E no que se refere ao single, qual será a posição do Conar diante disso? Como apontou o Cristiano Dias essa música está tocando na programação das rádios e nela não se vê nenhuma das advertências devem acompanhar as bebidas alcóolicas, como definido no código de auto regulamentação publicitária. O jabá aqui tá tão escancarado que o próprio Cris tá pensando em tomar uma providência e mudar de marca de cachaça para a caipirinha dele… Não, ele tá pensando em uma cachaça boa, não em tomar uma providência qualquer.
Mas enfim, o caso é que a Sagatiba está mostrando ser uma verdadeira água que passarinho não bebe, sujando espaços públicos, apoiando uma ação de marketing jabazenta e forçando a tal ponto que até um espaço que gosta desse lance de marketing viral, que é a Brainstorm #9, achou que faltou sutileza. O meu consolo é ver que com essa história o Seu Jorge se meteu numa eterna saia justa, já que colocando essa música no seu disco e nos seus shows ele vai passar a ter problemas de patrocínio de outras bebidas. O cara merece.
E garçon, me vê uma caipirinha de vodka!