Depois de um tempão de desorganização estou arrumando meus CDs. Separar eles por ordem alfabética de artista/banda, essas coisas. Pois é, mexo, remexo e vejo ali no meio o CD que veio encartado na Revista Atlântida 27, o Reação em Cadeia gravado ao vivo no Theatro São pedro, em 14 de outubro de 2003. Bem, confesso que falava mal da banda só tendo ouvido uns trechos de uma música que tinha ouvido nas rádios. Sabe aquela coisa de achar a voz do tal do Jonathan Corrêa muito afetada? Pois é, agora que eu ouvi o CD inteiro posso afirmar com convicção: eta bandeca RUIM!
Sabe, das dores do coração já surgiram grandes obras. Obras trágicas, obras de melancolia, obras que mostraram que na dor se pode encontrar a redenção. Pegue por exemplo um Chico Buarque e o que você vai encontrar? Versos como “Ah, se ao te conhecer / Dei pra sonhar, fiz tantos desvarios / Rompi com o mundo, queimei meus navios / Me diz pra onde é que inda posso ir” ou como “Eu sou apenas um pobre amador / Apaixonado / Um aprendiz do teu amor / Acorda amor / Que eu sei que embaixo desta neve mora um coração”. Ou um Leonard Coehn. Ou um… ah, sei lá, até o Wander Wildner faz letra melhor que “Me desgrace / Me odeie / Só nunca esqueça /Que eu amei você / Me difame, me odeie / Só nunca esqueça / Que eu amei você”. Tenha dó, né?
E agora? O que eu faço com essa droga de CD? Infelizmente ele não é feito de material biodegradável, de forma que nem pra adubo ele serve…