Folha Online – Boato virtual deixa Força Aérea dos EUA em dúvida
Um boato virtual –também conhecido como “hoax”– circulou nesta semana pela web, deixando a Força Aérea dos EUA em dúvida sobre a veracidade do que era exibido. A dúvida surgiu por conta de um vídeo que mostra um homem pichando o Air Force One, avião do presidente George W. Bush.
Logo após ver as imagens exibidas no site Still Free, na terça-feira, representantes da Força Aérea não souberam responder se aquele era, de fato, o avião presidencial. “Estamos averiguando, pois parece muito real”, disse o porta-voz Bruce Alexander. Depois, ele confirmou que não havia qualquer inscrição nas turbinas.
À primeira vista, tudo parece verdadeiro. Marc Ecko, responsável por uma grife de Nova York, pula algumas cercas e passa por guardas até chegar a um avião idêntico àquele utilizado por Bush. Na turbina, ele escreve a frase “Still Free” (“ainda livre”), nome de seu site.
Ontem, Ecko revelou como fez a encenação que o tornou popular na internet. Ele alugou um avião 747 na Califórnia e o pintou, para que parecesse o Air Force One. “Queria fazer algo que tivesse uma importância cultural”, afirmou. “É uma daquelas coisas impossíveis: uma lata de spray incomodando um gigante”, continuou.
Sem divulgar quanto gastou, ele contou que alugou o avião no aeroporto de San Bernardino e mandou fazer a pintura. Os responsáveis pela transformação esconderam o avião em um hangar até a noite das filmagens. “Não foi barato. É preciso ser rico [para fazer algo parecido].”
Antes de reconhecer que a ação era uma farsa, o pichador divulgou em seu site um vídeo explicando por que escreveu no avião presidencial. Segundo ele, o ato estava ligado à liberdade de expressão.
Oras oras, não é só o 10 anos a 1000 que sai por aí jogando dinheiro fora para divulgar seu blog…
Eu da minha parte fico me perguntando se não há coisa mais útil para se fazer com o dinheiro que esses caras jogam fora. Ok, sei que pode ser moralismo da minha parte, que o dinheiro é deles e ninguém tem nada a ver com isso, mas pô, fosse eu aplicava numa empresa de informática que produzisse dispositivos a lá Municator, fazendo computadores que pessoas com pouca renda também podem comprar. Creio que a propaganda boca-a-boca gerada por tal tipo de computador seria tão eficiente quanto essas queimações de dinheiro aí.
Mas isso sou eu…