Lembro quando Celedo Raymundo, o pai da Mônica (minha vizinha e colega de classe por quem eu nutria uma paixão forte) morreu. Ele estava com câncer e já vinha definhando a um bom tempo, sofrendo o processo que se descortina entre tratamentos e esperanças de cura. Até o dia que ele perdeu a luta para a doença e se foi, isso depois de meses e meses de sofrimento. Lembro que no velório os comentários com o pessoal da família eram sempre “O bom é que parou de sofrer”, “Finalmente descançou” e por aí vai. E eu? Bem, eu cheguei na frente da Mônica, olhei nos olhos dela e disse “Dizer o que né?”. Ficamos abraçados por um bom tempo, e acredito que aquele abraço tenha feito bem para ela.
Pois é, hoje fiquei sabendo pelo Mac que a mãe da Nay não está mais entre nós. Não tive a chance de chegar para ela e falar “Dizer o que né?” e abraçá-la, pois ela foi para São Paulo. Queria poder abraçar, fazer ela lembrar que ela tem amigos e que a gente está aqui para apoiar ela. Stay gold, amiga.