Pois é, até o presente momento tenho evitado de falar da volta da Bizz, até para ver que perfil a revista adquire. Bem, o caso é que a revista tem atirado para tudo que é lado, procurando acertar num hipotético público que vai manter a revista, tentando disfarçar o fato de que o povo que ouve as novidades pop não lê revistas, mas sim e-zines, blogs e comunidades no Orkut. Bem, um dos melhores termômetros do perfil da revista é o próprio editor, o Ricardo Alexandre, um cara que no livro Dias de luta fica páginas e mais páginas enaltecendo coisas como João Penca e os Miquinhos Amestrados e Ritchie pelo simples fato dessas bandas terem feito sucesso. Oras, grandes coisas se fizeram sucesso, já que sucesso por sucesso os sertanejos ultrapassaram de longe a galera do rock brasuca. E a qualidade, onde fica?
Mas enfim, o caso é que comprei hoje a edição 198 (essa não, dentro de 2 meses vai vir uma super edição comemorando as 200 edições da revista!) e lá a página 32 tem uma matéria do Alex Antunes simplesmente endeusando uma tal de Montage.
Ok, o que é essa banda? Bem, palavras do Alex: “Um modelo andrógino, um programador fã de jazz e um guitarrista metaleiro fazem no Ceará a banda eletrônica GLS que São Paulo sempre prometeu. E sem ensaiar.” e dá-lhe procura de referências ao Neon Judgement, DAF, Suicide, electro-clash e dadaísmo, isso tudo para um som que… é uma droga.
Sim, a banda é ruim, muito ruim. E se é tão ruim porque diabos eu me dou ao trabalho de escrever esse post? Bem, é só para lembrar dentro de alguns tempos quando esse troço estourar de que a GRANDE CRÃTICA MUSICAL BRASILEIRA já endeusou essa porcaria. Sim, eu vou odiar ouvir mas não vou deixar de rir quando aquele chevetinho magal lá de Sapucaia passar pela indie na frente do Mack Bar tocando a todo volume Ginastas Cariocas Remix (Vai Daiane U Can Do It).
Ficar enaltecendo funk udigrudi… Nada mal para quem nos anos 80 decretou a falência do Gang of Four, não?