A Márcia, minha querida namorada, me deu um livro: Guia do Solteiro – Como fazer de sua casa um confortável chiqueiro, de P.J.O‚Rourke. Está cheio de dicas bem legais para administrar o lar, tais como essa:
Toda cozinha deve ter uma lavadora de pratos. De preferência bem bonitinha, usando apenas um avental e nada mais. Na falta de uma, existe uma abordagem minimalista para se evitar pratos: usar pauzinhos chineses e a mão em concha. É meio complicado com ovos fritos. E há também uma abordagem minimalista inventada pelo roteirista da costa leste Bill Martin. Bill compra pratos em caixa nas lojas de 1,99. Depois das refeições ele põe os pratos na pia e abre a torneira até qua a água os cubra. Ele esvazia então uma dúzia de caixas de gelatina na água (o sabor favorito de Bill é limão). Quando a próxima carga de pratos está suja, ele repete o procedimento com outra camada de gelatina cobrindo os pratos e copos. Finalmente, quando a pia está cheia, Bill põe dois cabos de panelas grandes na última camada de gelatina. Isso permite criar um par de puxadores para que ele possa retirar toda a massa solidificada da pia, enterrá-la no quintal e sair para comprar mais pratos.
Mamãezinha dos céus, como é que eu nunca tive uma idéia genial dessas antes! Vou amanhã mesmo comprar um monte de gelatina e de pratos e talheres de plástico. O único problema vai ser achar um quintal para enterrar a coisa. É o que dá morar em apartamento… Já sei! A solução é óbvia: vou jogar pela sacada e pronto! Ah, problema resolvido!
E outro livro que estou lendo é o Vocabulário de Música Pop, de Roy Shuker. E lá no termo art rock temos que:
Apesar das muitas diferenças entre as bandas que podem ser incluídas no eclético campo da art rock, “todas tem em comum o compromisso de apresentar transições abruptas e inesperadas de tom. Às vezes, o artifício estava entre os tempos, algumas vezes entre os níveis de volume, outras entre o conjunto de estilos musicais. O efeito, de qualquer maneira, era violento, dilacerador e tenso” (Rockwell:1992;p.494). A art rock caracteriza-se: 1) pelo uso de rubricas musicais obscuras e mutáveis; 2) por não ser orientada para a dança; e 3) por apresentar uma certa obscuridade, particularmente nas letras. (…) A essas características pode-se acrescentar a ênfase ao solo de guitarra, ao uso de sintetizadores, à preferência por músicas longas (por mais de 20 minutos) e à importância das técnicas performáticas derivadas do teatro.
Ok, essa é a definição que se deu ao termo. Segue-se ainda alguns comentários negativos que os críticos de música erudita fazem (“pastiche de música clássica”, “superaniquilação brutalmente sintetizada”, etc) e como é comum em cada verbete a lista “Escutar”, onde estão:
- Yes, The Yes Album, Atlantic, 1971
- Procul Harum, “A Whiter Shade of Pale”, em The Best of Procul Harum, A&M, 1972
- Pink Floy, Dark Side of the Moon, Harvest, 1973
- Emerson, Lake & Palmer, The Besto of ELP, Atlantic, 1980
- Radiohead, Ok Computer, Capitol, 1997
Hein? Radiohead? No meio desse monte de dinossauro? Com um disco cuja música mais longa tem 6m23s (Paranoid Android), que é um nada diante de 20 minutos ou mais das coisas citadas acima? O qué que é isso, Lombardi?
E para aqueles que como eu adoram música, aí vão dois sites que são uma beleza: Listen e GetMusic. Ambos oferecem videoclips via streamming nos mesmos moldes da Usina do Som. É simplesmente sensacional poder olhar quando quiser o Teardrop, do Massive Attack ou Cites and Dust, da Siouxsie & The Banshes, entre outras pérolas. Maravilha! 🙂 Assim como é uma maravilha descobrir o nome de uma música que se gosta mas que nunca conseguia se pegar o nome direito, seja dela, seja da banda. No caso: Ballad of Peter Pumpkinghead, do XTC. par aquem não conhece vale a pena conferir: Muuuuito legal!
E falando em coisas legais, do M a N i F e S t O retirei uma dica e tanto, que é ::: presstube + pitaru = insertsilence :::. É realmente de olhar e se deliciar…