Deixe-me ver… Vou primeiro pelo staff gorduroso: o Morris estava alto demais na pipa para dizer qualquer coisa sobre os shows. Para começar ele chegou quando a Blanched já estava terminando e nem para falar no microfone após o show da Tom Bloch ele estava se coordenando. Faz juz ao cargo de editor do Gordurama, com certeza! O Bolota chegou na metade do show da Blanched e sobre a coisa toda disse o seguinte: Não foi um fracasso, tampouco um sucesso. Mas para um evento divulgado sob a alcunha de festerio, a bagaça esteve mais para fresquerio. Tom Bloch é ruim mesmo. Blanched me pareceu meio mansinha, diferente daquele tornado de guitarras que vi no BR-3 há um ano atrás. Aquilo sim. Já o Vignoli chegou na hora, direitinho, e soltou o seguinte: Ver show sentado não é show. É piquinique. O filho, o neto, quem se importa? Ele(s) parece(m) o Capital Inicial, versão “lemos Baudrillard”. Estou sentindo que vai vir uma resenha negativa para a Tom Bloch pelo jeito. Saco, eu realmente odeio quando isso acontece. Bem, enfim, se há algo massa no Gordurama é que ali cada um é livre para dizer o que realmente pensa. E o pessoal das bandas e seus fãs que nos encham de impropérios, nos levando mais a sério do que nós mesmos, como geralmente acontece.
Mas, ok, vamos então ver o que o público da festa achou. O Xablo, como eu já esperava, achou tudo uma chatiche. Coerente o garoto. A Nay dá provas de que me entende quando eu sento no chão durante os shows e disse que Definitivamente ontem foi O melhor show da Blanched, que eu já vi. As pessoas mais corretas eram aquelas sentadas próximo ao palco, Blanched tem que ser escutada assim, alto, forte, dentro. Sobre a Tom Bloch? No show da Tom Bloch já tinham bebido toda minha cerveja. O encarte deles é ridículo. Achei divertidíssimo. Não entendi se o show foi divertido ou o encarte, mas enfim… O Bruno Galera, lá no blog do Douglas, deixou um comentário bastante técnico: Gostei bastante. Pena que a segunda música nova (aquela em que tu, o leonardo e a pri cantam) ficou inaudível por cauxa do baixo, que tava muito alto naquela hora. Como te falei, admiro que esteja tirando o famigerado SOM DE LATA da guitarra. O delay foi ótima aquisição, e achei a penúltima música muito bela. E sobre a noite a Thiane disse que Estivemos em SL, na festa do site Gordurama. Bom lugar, bom som, reencontros. Estava melhor que Orkut. Teve o show de lançamento do CD da Blanched, mas também músicas novas. Começar com aquele acordeão (gaita) foi muito bonito, já deu a linha do que iria seguir. Um show feito de música. E não é o que importa? Não assistimos a Tom Bloch, só o início, me parece extremamente pop. Acabamos indo embora, o Martinelli estava (e está) ainda adoentado, é necessário um resguardo providencial. De fato era triste ver a cara do Rafael lá, encostado na parede, olhando o show…
Mas, voltemos: a Carla achou que a noite Matou a pau, vi o Mike, (Michel, guitarrista da Tom Bloch) que fazia um tempão que eu não via, pelo menos desde meus tempos de Unisinos FM. O Charles me apresentou o Iuri, também da Tom Bloch, que é um amor de pessoa. Além disso também conheci o Marcos da Walverdes, outra gracinha. Mas voltando ao show da Tom Bloch, que estava divino, ainda mais quando eles tocaram “O Amor (zero sobrevivente)” foi de cortar ainda mais o meu coraçãozinho magoado. Mas tudo bem, me contive. E é impossível esquecer a cover de Bowie que eles fizeram, “Moonage Dream” pôs todo mundo pra cantar. Beautiful!. Nos comentários, a Débora ainda colocou que No início do “amor(zero sobrevivente)” os caras começaram tocando a “dear prudence”. belo show mesmo. E o Mike é bom na guitarra e na performance no palco. Além dela um monte de gente gostou do show da Tom Bloch. Bom, isso é bom. Aliás é bom receber um email onde o baixista da banda diz que aliás, tava muito divertido. gostamos bragarái. espero que o pessoal tenha gostado também. Isso me consola, levando em conta o pouco público. Pois é, tivesse enchido de gente e dado uma grana legal eu podia pelo menos dizer que as bandas encheram as burras de dinheiro, mas nem isso. Assim sendo, se os caras se divertiram, menos mal. Pior que isso já era algo anunciado: na noite anterior não tinha muita gente no show do Jupiter Apple, lá no 356, devido ao frio. Definitivamente não é todo mundo aqui no Rio Grande do Sul que se dispõe a sair de casa numa noite chuvosa de inverno. Mas, pombas, só 75 pagantes? Bem, enfim. O caso é que é gozado ver, entre as pessoas que foram, como teve gente que achou a noite chata e teve gente que achou a noite maravilhosa. Extremos.
Eu, sinceramente, não consegui prestar atenção direito em nenhum dos shows. Gosto das duas bandas (tanto que, se não gostasse, não chamava para tocar) e me emociono em saber que fui o responsável pelo show de lançamento do “Blanched toca Angelopoulos”, que é um ótimo trabalho. Além disso fiquei bastante feliz por ver a Tom Bloch finalmente tocando em São Leopoldo, algo que eu achava que já tinha que ter acontecido na época dO Apanhador. Mas ver os shows mesmo, direitinho, eu não consegui. Vi momentos, consegui acompanhar uma que outra música do começo até o fim, mas ir lá, prestar a atenção nas bandas, sentir a música, não. O pouco que eu ouvi eu gostei muito. Produzir uma festa tem dessas… Bem, de qualquer maneira eu espero que agora que o chute inicial foi dado a Blanched consiga fazer outros shows, além do que quero ver a Tom Bloch aqui em São Leopoldo mais vezes. E de mais a mais me diverti com coisas como a reação da tia do dono do bar, que estava fazendo a sua festa de aniversário lá (a coitada foi parar no teto quando entraram as guitarras na primeira música da Blanched e não gostou nem um pouco da reação do marido, que se dobrou de rir com o susto que ela levou), conversando com as pessoas legais que foram, vendo se estava tudo correndo legal e por aí vai. Mas, de qualquer forma, tenho que concordar com os meus colegas de zine: aquilo lá não foi um festerio gordurama não. A bagaça não rolou firmeza, tal como na festa anterior. E además sinto que faltou o espírito de confraternização que rola nas festas daqui da região. Aliás ultimamente tal espírito tá meio recolhido… Sei lá, vai ver que é tanto agito por aqui nos últimos tempos que está meio que na hora do povo dar uma parada para respirar antes que tudo imploda. Eu da minha parte vou esperar passar um bom tempo antes de produzir outro festerio, até porque na próxima quero trazer uma banda de outro estado, de modo que a logística toda por trás tem que ser melhor pensada, senão pode dar um prejuízo feio.
Mas, enfim, vamos finalizar esse post que ele já tá quase virando um artigo. Assim sendo, obrigado ao Daniel Matos pela foto massa que ilustra esse texto! Só para constar: enquanto o Bolota comandava o winamp o Morsa tentava enfaticamente me convencer a deixar ele fazer a discotecagem do próximo festerio gorduroso, só com músicas dos anos 50. Pois é… Levando em conta que eu acho que a maior parte do rock do período chato, pergunto: porque tu não organiza tua própria festa rapá? 😛