Tagline da semana, na coluna do Gravatá, d’O Globo:
É ainda possível chorar sobre as páginas de um livro, mas não se pode derramar lágrimas sobre um disco rígido. – José Saramago
Ainda bem que não se pode chorar sobre um hd. Imagine o que isso pode acarretar aos dados armazenados… Mas falando sério, é incrível como certas pessoas ditas inteligentes (afinal, se espera que um vencedor do Nobel seja uma pessoa inteligente) se opõem contra a leitura de livros na tela de computador. Não consigo acreditar que um texto lido em um papel tenha mais impacto sobre a pessoa do que se ele for lido em um monitor. Bobagem! Um texto bom é sempre um texto bom, seja impresso ou num monitor. Está aí o Notícia e Opinião que não me deixa mentir.
Mas o mais absurdo ainda: fala-se mal do livro eletrônico, mas quanto se consome de papel diariamente no mundo? 630 mil toneladas. Exatamente! Imagine quantas árvores são necessárias para produzir tudo isso. Outros dados interessantes sobre o papel:
Nos últimos 50 anos, o consumo mundial de papel aumentou em mais de seis vezes, usando para isso um quinto da madeira extraída das florestas. Em alguns países, o papel é responsável por até 40% do lixo sólido. Embora a reciclagem do papel tenha aumentado em 300% nos últimos 25 anos, mais da metade do papel usado no mundo vira lixo.
É por essas que espero que o papel eletrônico seja logo lançado. É muito mais ecológico.
Hmmm… pensando bem, o José Saramago está certo ao dizer que podemos chorar sobre as páginas de um livro: é só imaginar as árvores cortadas, as florestas derrubadas, o ecossistema aviltado…