Cultura e Mercado: Filmes brasileiros podem ficar sem trilha sonora
Há mais de dez anos tramitando nos tribunais, a briga entre as redes exibidoras de cinema do país e o Escritório Central de Arrecadação e Distribuição, o Ecad, organização responsável por cobrar os direitos autorais relativos à execução pública de músicas nacionais ou estrangeiras, começa a causar problemas reais. Segundo o Jornal do Brasil, no dia 7 de agosto, o Superior Tribunal de Justiça decidiu em favor do Ecad, que agora pode cobrar mensalmente das redes cinematográficas 2,5% sobre o total bruto da venda de ingressos pela execução pública das trilhas sonoras. Tendo o aval da justiça, entre os dias 9 e 16 deste mês, em Salvador, na Bahia, dez salas da rede UCI, permaneceram com o som desligado, por decisão da 1ª Câmara Cível do Estado.
(…)
Com 202 salas espalhadas por todo o Brasil, Luiz Severiano integra o grupo de exibidores que contesta a decisão em favor do Ecad. Segundo ele, o direito pelas músicas executadas nos filmes é pago pelos produtores antes da exibição, no momento da escolha da trilha sonora. “Não faz sentido que eles (os direitos pela execução das músicas) sejam pagos duas vezes, recebendo também direitos por um trabalho musical pelo qual já haviam sido pagos”, explica Severiano.
Sinceramente? O ECAD já tá virando um câncer! Esse povo não tem noção do ridículo?