Eu sempre me perguntei porque era proibido o investimento em usinas de baixa geração de energia, para venda local de eletricidade, coisa que seria muito interessante no campo, visto que nos planos de investimento esses locais sempre são deixados de lado. Ninguém, nunca, soube me responder. Isso até hoje, quando o caro P.A.M.B (da lista Panela mandou uma cópia do ótimo artigo: Foi loucura, mas houve método nela: Gênese, dinâmica e sentido da crise energética brasileira. É um texto longo, porém extremamente esclarecedor de como funciona (ou funcionava, antes de começarem o desmonte da estrutura toda) a geração e distribuição de energia elétrica no Brasil.
E, entre outras coisa, lendo esse texto é que entendi o porquê da proibição e de sua obviedade: é justamente para evitar a crise provocada por uma queda no nível de chuvas. Melhor ter uma energia constante do que uma dependende de intempéries, além do que eu imagino que o custo necessário para abastecer uma região em estado de crise energético (como seria o caso em época de estiagem) seria muito mais alto que o custo necessário para montar a estrutura de distribuição de energia dentro do modelo empregado.
Muito inteligente isso. Só fico me questionando porque é que nenhum órgão de imprensa falou sobre isso esse tempo todo? Entenda-se que um analista de sistemas como eu seja ignorante no assunto, mas os grandes jornais do país tem acesso a tal tipo de informação facilmente. É de se acreditar no tal do “pensamento único” que o Veríssimo tanto mete pau (eu, sinceramente, via como sendo algo exagerado)…
E aproveitando a discussão de “prevenir para não remediar”, alguém aqui ainda é contra o Muro da Mauá?