Sinead O‚Connor com certeza é a alegria dos jornalistas. Depois de rasgar a foto do papa, se converter ao judaísmo, de brigar com o judaísmo e de se declarar lésbica, ela resolve se casar com um jornalista judeu. Taí mulher que sabe o que quer da vida. Mas na verdade isso pouco importa. O que importa é que é uma putza de uma cantora!
E falando em judeus, hoje fiquei trocando emails com o Cláudio Shikida, das sempre estranhas e engraçadas Cartas de Porto Alegre e dono do único blog neo-liberal em português do planeta, sobre o fato de sermos descendentes de alemães (meu caso) e de japoneses (o dele). Sem termos nada a ver com a história, muitas vezes somos taxados de nazistas e fascistas, só por causa da nossa ascendência. Por conta dos erros de pessoas que nasceram no mesmo país de onde vieram nossos bizavós temos que agüentar um estereótipo. Ok, haviam alemães nazistas no Brasil durante a época da II Guerra? Haviam japoneses fascistas no Brasil na mesma época? Sim, haviam naquela época e até depois, assim como na Alemanha e no Japão haviam pessoas que não concordavam com o pensamento reinante na época e eram perseguidas, exiladas e até mesmo mandadas para campos de concentração para morrer junto com judeus, coreanos e outros grupos perseguidos na época. Isso a história não costuma contar: que nesses países houve resistência a essas idéias absurdas. E assim fica no mundo a visão americana, de que todos os alemães e japoneses são fascistas, e que pessoas como Schindler eram excessão. Ou será que ele teria conseguido salvar tanta gente se estivesse realmente sozinho? Creio que não.