Dizem que a melhor forma de matar um projeto é sair falando dele antes mesmo de começar. Como o Carpinejar fica toda hora me dizendo que eu tenho que escrever um livro vou colocando o projeto aqui já acabando com ele de cara. Não, não tem história, mas já tem o título: Mulheres rápidas cavalos lentos. Tá, como é que apareceu essa coisa aí? Foi o seguinte: o Fabrício leu no jornal que o Tyson declarou falência e perguntou como é que alguém conseguia gastar tanto dinheiro. Foi nessa hora que eu lembrei de Flores da Cunha. Para quem não conhece ele foi interventor federal no Rio Grande do Sul durante 7 anos e um dos homens de confiança do presidente Getúlio Vargas, sendo um dos homens mais poderosos do país durante o período. A fortuna que ele acumulou na época foi enorme, de forma que foi com surpresa que um jornalista o encontrou hospedado num hotel vagabundo nos anos 50. Quando perguntado o que houve, porque estava justo naquele pulgueiro, ele respondeu algo mais ou menos assim: \”É que a minha vida foi pródiga em cavalos lentos e mulheres rápidas.\” No que comentei isso o Fabrício soltou: \”Cara, isso dá nome de livro! É! Tá aí o nome do teu livro! E tu já tem até história para contar pros jornalistas na entrevista quando perguntarem porque o livro tem esse nome!\”
Segunda-feira de manhã e eu tendo que ouvir uma coisa dessas… Não, eu não mereço…