Sexta-feira fui conferir o que é a tal da Noite Gótica da NEO. E quer saber? Me arrependo amargamente de não ter ido conferir antes qualé que era. Muita música boa rolando, de forma que fiquei umas 5 horas direto dançando. Na pista de cima era música eletrônica, como é o hábito, e na debaixo estava o ouro: muita música dos anos 80, como Echo, Smiths, Cure, Joy Division, Sisters of Mercy, entre outras coisas que me fizeram voltar aos meus 15 anos, assim como boas coisas dos anos 90, como Placebo. Até fiquei conhecendo umas coisinhas diferentes, que fui obrigado a perguntar ao DJ o que era: L\’aulne et la mort, do Collection D\’Arnell ~ Andréa. Nunca tinha ouvido falar dessa banda e foi uma grata surpresa. E como tem gente bonita nessas festas! A sensação que eu tinha era de que o único feio ali era eu. Com certeza virei freguês!
Só que eu fico com a velha dúvida: afinal o que é música gótica? Eu já fiz essa pergunta num artigo para O Apanhador e a conclusão que cheguei na época era a de que qualquer música é gótica, desde que seja triste, soturna. Isso permite que coisas dançantes como as que rolaram sejam consideradas góticas. É gozado classificar um tipo de música em função do estado de espírito que a música produz, não em função do estilo ou de características rítmicas, transformando o estilo em um imenso balaio de gatos. A sorte é que é um balaio de gatos de onde se tira muitas pérolas pop, para a felicidade (?) da galera.