Hoje estava lavando a louça aqui no ap (sabe como é vida de solteiro: deixa acumulando e quando sente que a coisa começa a ser um problema de saúde pública vai lá e dá um jeito) e quando levando levanto os olhos dou de cara com uma lagartixa me encarando. Ok, um projeto de lagartixa, pois o bichinho tinha no máximo uns 5 cm… E lá estava eu olhando o bichinho quando me lembrei de uma edição do Negócio Fechado. Acho que nunca comentei antes, mas lá por 1990, 91, participei de um projeto de jornal lá em Taquara. Era para ser um jornal distribuido gratuitamente, de anúncios, sem notícias, só artigos. Sim, uma \”ferramenta de marketing\” para a cidade. Eu entrei nessa porque entendia vagamente de computadores, além de ter um (um PC-XT! os bons tempos da reserva de informática…) e uma impressora. Usava a minha incrível parafernália e o Quattro Pro, que era para ser uma planilha eletrônica, mas que fazia com que impressões na minha Epson matricial saíssem com 600 dpi. Não, não queiram imaginar o tempo que levava para cada linha ser impressa. Bem, enfim, o causo é que num dos números ficamos com um espaço em branco no jornal. Não tinha anúncio para botar ali, não tinha artigo de colaborador, não tinha nada. Foi nessa hora que o Herbert Bender, nosso \”diretor de arte\” (afinal estamos falando aqui de um empreendimento feito por 4 pessoas), teve a idéia: botou um artigo chamado \”As lagartixas são nossas amigas\”. Ali ele colocava que os bichinhos comem insetos, evitando assim que doenças se alastrem. O detalhe é que desde aquele dia eu sempre me lembro desse artigo.
Coisas da vida.