Saiu hoje na Zero Hora uma matéria sobre O Apanhador:
Gente que faz
Tem que se mexer. Mesmo. Quando fizeram isso, os guris do projeto Apanhador conseguiram incluir o Vale do Sinos no circuito alternativo nacional. Viram que não era impossível fazer uma cena roqueira como a que eles queriam. E que não era preciso ir para Seattle para ver o underground se mexer.
O projeto Apanhador nasceu faz dois anos sob o signo de Salinger. Naquela época, os apanhadores ouviam rock alternativo na Unisinos FM e viam os discos de que gostavam nas lojas. – Tinha uma lógica nisso. Se tinha rádio e loja, tinha que ter público – diz Marcos Ludwig (um dos cinco apanhadores de hoje, junto com Charles Pilger, Leandro Vignoli, Douglas Dickel e Manuela Colla) eleito porta-voz do coletivo para esta reportagem. No começo, O Apanhador era uma festa. Para justificar e divulgar a festa, virou zine impresso. E ganhou site (www.oapanhador.net) que agora funciona como um blog. No futuro, pode virar marca de camisetas e selo de disco. E tudo que é alternativo cabe sob o guarda-chuva do Apanhador. para se mexer, é preciso um tanto de disposição. E não pensar em glória e fortuna no primeiro mês. Nem nunca.
No começo, O Apanhador dava prejuízo, mas isso fazia parte dos planos. Às vezes, empatava os custos.
– A gente sabia que ia ser assim. Agora os guris conseguem patrocínios. Não é tão difícil, mesmo com a crise, garante Marcos:
– Eu até conseguiria mais apoio, mas falta tempo. O Apanhador conseguiu encontrar seu público no Vale do Sinos. De quebra, arrastou público e bandas da Capital, onde é mais difícil ouvir rock no fim de semana. E as bandas de fora do Estado ganharam mais um palco para amenizar os custos de turnê, viabilizando mais shows e mais atrações no sul do Brasil.
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Shows do ApanhadorNesta semana, o Apanhador apóia: Hoje – winston e Not So Easy tocam no Diretório Acadêmico da Geologia, na Unisinos, às 22h30min. Amanhã – winston, Not So Easy, Fifty e Amorfo no BR-3 (Lindolfo Collor, 393, em São Leopoldo), a partir das 23h. Sábado – show da Blanched no Tequila Pub, em Novo Hamburgo (Av. 1º de Março, 909), a partir das 23h.
Vale dizer que essa matéria marca a estréia do Eduardo Nasi como editor da coluna Remix. Agradecemos ao Nasi pela força, e vale o aviso que ele deixou no blog dele:
A seção de dicas da semana vai incentivar o público a se mexer. Com isso, quero fazer uma rede de informantes no Rio Grande do Sul inteiro. Quero gente comentando a banda nova de Santa Maria, o zine de Bagé e a rave de Passo Fundo. Quem se mexe tem espaço. Quem não se mexe vai ter que contar com a boa vontade. Assim é que vai ser.
Mas olha lá: contatos para o Remix serão feitos exclusivamente pelo e-mail remix@zerohora.com.br. Quem mandar para qualquer outro e-mail falando de algo para a coluna corre o risco de não aparecer.
E vamos se mexer galera! Se tu gosta de um estilo de música e vê que as bandas da tua região não ganham o destaque que tu acha que elas merecem não fique só na reclamação: se mexa. Não é esperando as coisas cairem no céu que elas vão acontecer. E acredite: não é difícil fazer as coisas se agitarem, é só reservar algumas horas da tua vida para isso, horas essas em que você acaba se divertindo horrores.