Hoje de tarde teve chá de fraldas no lugar onde eu trabalho. Um dos meus colegas está “grávido”, e o meu chefe também estaria se a filha dele não fosse apressada e não tivesse resolvido nascer 2 meses antes do esperado. Assim, foi comprado um monte de fraldas pequenas para a menina que vai nascer e fraldas grandes para a menina que já nasceu. Foi uma festa legal, onde se falou de família, paternidade e madrugadas mal dormidas. Fiquei pensando em como seria ser pai. Eu gostaria de ser pai se fosse de uma menininha e eu pudesse ficar o dia todo na cama abraçado a ela e à mãe, ouvindo a Siouxsie cantar “Forever” (do CD “The Rapture”) várias e várias e várias vezes, sentindo o ar úmido do quarto escuro e o cheirinho de bêbe limpinho nos meus braços, alisando os cabelos da minha amada. Hmm… sei não, mas acho que isso não parece ser uma imagem correta do que é paternidade.
Mas falando de forma sincera, não sei se quero ter uma família. Pelo menos não agora. Um colega de trabalho me perguntou se eu e a Márcia planejamos nos casar e ter filhos, e eu respondi que por hora nem pensamos nisso, afinal estamos namorando a recém cinco meses ainda. É gozado como as pessoas vem perguntar quando é o casamento, quando é que vem o filho. Imagino o tamanho da paciência da minha irmã, já que foram mais de 10 anos de namoro antes dela se casar… Mas o fato é que ser pai é algo meio estranho prá mim. Posso até ser um dia, mas quando eu tiver a minha casa, o meu carro, a minha conta gorda no banco, assim como fez a minha irmã e o meu cunhado. Antes, nem pensar, já que criar uma criança sem ter uma base financeira forte é brabo, até prá própria criança.
E deixando as confidências paternais, hoje foi o segundo dia seguido que fui prá casa pela escada. Nada de usar o elevador: 13 andares em cerca de três minutos. É chegar em casa, tirar a roupa e partir pro banho, já que fico num suador só. Mas é bom, muito bom. Não faço nada de ginástica, vivo parado, e esse choque já ajuda um pouco. Hoje desci do ônibus duas paradas antes do normal só para caminhar um pouco mais. O ideal seria descer umas 5 quadras antes, mas aqui em São Leopoldo fazer isso é arriscado. Violência, esse é o mal das cidades grandes. Você não pode nem cogitar fazer uma caminhada mais demorada, aproveitar o clima gostoso da noite, sem ter que ficar se preocupando com possíveis assaltos. É triste…
E é triste também ver que nem original o ACM é… O Sérgio Faria, do Catarro Verde (ughs!), descobriu que o discurso de renúncia do painho é um plágio descarrado de um discurso do Afonso Arinos. Cara de pau pouca é bobagem.
Mas como a vida não é só de coisas tristes, aí vai o link prá página do The Creatures, no CD Now. Para quem não sabe, essa é a banda formada pela Siouxsie Sioux e o Budgie depois que o Siouxsie & The Banshees acabaram. O detalhe é qe tá cheio de trechos de músicas, seja em Media Player, seja em Real. So… enjoy!