Dizem as lendas da família que eu fui natimorto. Enforcado pelo cordão umbilical. Tive que passar por uma reanimação antes de finalmente respirar e começar a berrar. Certa vez comentando sobre isso quando eu já tinha mais de 20 anos o meu pai disse brincando “ainda estamos observando se teve seqüelas”.
E é isso que sou: seqüelado. Testes de QI dizem que sou inteligente mas vivo fazendo coisas idiotas. Maturidade? Ainda pretendo ter um dia. Estabilidade financeira? Pensei finalmente ter alcançado mas não tenho mais certezas. É interessante ver que eu estou na idade que quando eu era jovem achava que todos os problemas já tinham sido resolvidos. Hoje vejo que na verdade ainda estou na metade do caminho (em alguns casos não cheguei nem em um terço ainda).
O bom dessa jornada é que sempre andei perto de pessoas maravilhosas. Não vou nomear elas por que faltaria espaço, mas elas sabem. Algumas dessas pessoas maravilhosas se afastaram pelo tempo, ou pela distância, ou por que já se foram, ou por rateadas minhas, mas carrego elas no meu coração. Afinal é isso que é a vida né? Colecionar encontros e desencontros. Agradeço e digo “Muito Obrigado!” a todos que participam ou participaram dessa minha jornada até aqui. Esse é o grande presente que a vida dá.
E espero ano que vem retomar o meu antigo hábito: festa insana no dia 20, aproveitando o feriado do dia 21 (principal motivo para não sair do Brasil) para tratar a ressaca! Xô coronga do capeta!