Devagarinho o gigante se mexe…

Concorrência. Essa é a palavra chave do capitalismo. Sem concorrência para fazer com que as empresas se mexam o que temos? Na maior parte das vezes produtos que tem uma evolução extremamente lenta. Ok, pode ser que o fabricante seja um neófito, que está fabricando algo meio que para se divertir, e vá melhorando seu produto mais e mais, sem precisar de concorrentes. Tipos assim existem, mas são raros, extremamente raros. Na maior parte das vezes as empresas se mexem e melhoram o seu produto para não perderem mercado para outra empresa.

Isso explica porque a última versão do Internet Explorer foi lançada em outubro de 2001. Com a Microsoft vencendo a guerra dos browsers contra a Netscape melhorar o IE passou a ser secundário para a empresa. Ok, ja havia o Opera, mas o Opera nunca foi um browser que caiu no gosto do público, talvez pelo fato de não ser totalmente gratuíto (a versão gratuíta tem um banner), de forma que ele na famosa guerra era raramente citado. E assim ficou o IE, até que apareceu o Mozilla.

Vale lembrar: o Mozilla Firefox é a versão open-source do Netscape. Só que ele não é tão somente o Netscape com o antigo código, mas sim um projeto que reescreveu todo o código do antigo browser. E, nessa reescrita, além de otimizações diversas foram adotados vários recursos que já haviam no Opera, como tab browsing, bloqueador de pop-ups, entre outras coisas, além de implementar suporte a CSS Level 2, canal alpha em imagens PNG, MathML, e por aí vai. Assim, o que temos? Temos um browser que antigamente gozava de popularidade com um monte de features que o browser mais utilizado não tem, ou se tem é cheio de falhas. Nem entro no mérito da segurança do IE, que sofre devido à sua fortíssima integração com o sistema operacional.

Assim, o que vemos hoje em dia? Vemos a Microsoft finalmente se mexendo. Por exemplo no Service Pack 2 do Windows XP veio um bloqueador de pop-up e, para a alegria do Marcos, foi lançado essa semana o recurso de tabs para o IE via MSN Search. Ok, ficam faltando várias coisas como aquelas que foram citadas como já tem no Firefox, mas que eles estão se mexendo estão. Não que estivessem totalmente parados, mas se não fosse o crescimento do Firefox tais recursos a mais provavelmente só veriam a luz do dia com o lançamento do Windows Longhorn. Ou seja: veríamos isso só lá em 2006…

Concorrência é ou não é uma beleza? Para o consumidor sim, com certeza.

Craque

Quem me conhece sabe que eu não gosto de futebol. Nunca gostei. No colégio eu era obrigado a jogar futebol na aula de Educação Física e eu simplesmente me fazia de morto em campo. Ok, eu era um bom zagueiro, digno representante da escola “canela é bola”, e mandava com toda delicadesa de um bico as bolas para fora do campo. Se fosse longe melhor ainda, já que o jogo demorava assim para recomeçar. Além disso era comum me botarem no gol, o que não era uma boa idéia, já que ali eu não me esforçava muito. No mais, eu era um péssimo jogador, tão ruim que em 13 anos de Dorothéa eu consegui fazer apenas UM gol que não foi contra. Até hoje me lembro a cara de espanto dos meus colegas quando me viram fazer movimentar o placar. Isso foi lá no terceiro ano do segundo grau (sim, o fato do segundo grau hoje em dia se chamar ensino médio mostra que já estou ficando velho) e foi algo que me redimiu perante o colégio. Até hoje desconfio que o goleiro, o Henry, fez alguma coisa para aquela bola passar entre as traves. Eu sozinho era ruim demais para conseguir fazer um gol. Não, eu não me lembro como foi o gol, só me lembro de ver todo mundo no pátio de boca aberta.

Outra coisinha a meu respeito: quase nunca lembro dos meus sonhos. Invejo muito quando alguém chega e diz que sonhou assim assim assado e dá detalhes de como eram as roupas dos bichinhos felpudos que corriam debaixo dos pés. Realmente invejo. Talvez isso explique o fato de eu ser meio excêntrico, de fazer algumas coisas estranhas de vez em quando, de gostar de ouvir músicas esquisitas: eu tenho que ter alguma coisa de surreal na minha consciência senão eu enlouqueço de vez. Para o meu azar eu não sou uma pessoa criativa, senão virava escritor e criava meus próprios sonhos. Volto a afirmar: é raríssimo eu me lembrar de um sonho.

Pois bem, e eis que hoje o Brasil jogou contra a Argentina. Sim, perdeu. Por 3 a 1. O Leonardo deve estar dando pulos de alegria, já para mim isso não diz nada. Como já disse não gosto de futebol. Ok, ok, eu confesso: gosto das provocações, das picuinhas que há entre as torcidas de futebol, daquela coisa de se criar provocações dizendo que colorados para se dirigir ao Beira-Rio tem que pegar a linha Tristeza enquanto os gremistas para ir ao Olimpico tem que pegar a linha Glória. Mesmo sendo colorado (isso graças ao meu pai) eu tenho que reconhecer o humor inteligente nessa provocação. Sim, eu gosto desse tipo de coisa, tanto que quando vi essa chamada no Clarín não pude deixar de sorrir: El brillo propio de la Selección apagó a las estrellas de Brasil. Vamos lá, caro compatriota brasileiro, você não pode negar que esse é um título bonito, não? Tem poesia e humor, tira sarro dos nossos jogadores que jogam sobre tamancos e ainda brinca com a nossa bandeira, que beleza!

Tá, ok, mas o que afinal futebol tem a ver com sonhos e o que essa relação tem a ver com Brasil e Argentina? Bem, é que esses dias eu consegui lembrar de um sonho ao acordar. Foi um sonho rápido, entre o despertar provocado pelo rádio-relógio e os famosos mais 5 minutos que a gente se dá antes de pular da cama já atrasado. Pois bem nesse sonho eu estava jogando futebol na seleção brasileira contra a Argentina. E eis que eu fiz um gol, um golaço na verdade, daqueles que eu vejo na TV e mesmo não gostando de futebol tenho que reconhecer que a coisa realmente foi bonita. Fiz um gol e saí comemorando para, ali no meio do sonho, olhar para o Maradona chorando, a torcida brasileira comemorando, os meus colegas vestindo a camisa canarinho vindo sorrindo na minha direção e eu me tocar que havia algo errado. Parei no meio do campo e me perguntei: Mas que diabos estou fazendo aqui?

Daí eu acordei.

Queria que minha BIC fosse uma pena

E a letra se faz morta, disfarçando seu sorriso. Enternecer é desafio. Fico esperando o bote, a palavra nunca me ataca, porém sei que quando consegue pegar de surpresa atinge fundo. Não tenho essa facilidade de domá-la e seus significados sempre me escapam. Escrever se mostra um picadeiro com todas as vocais cantando meninas bonitas no centro e nos cantos as consoantes se fazendo de arrogantes fingindo que delas não querem nem um ai. E se eu for colocar uma mensagem, aí sim que a coisa toda se complica. Muitas vezes é melhor deixar o discurso sair livre, sem malabarismos, já que no ato de digitar os dedos já tem seus próprios tropeços.

Além do que as vírgulas são velhinhas que arrastam os textos em suas costas, e eu gosto demais delas para, simplesmente, colocar em tudo (Deus nos proteja dos clichês!) um ponto final.

Pois é, hoje tem às 19h30 na Livraria Cultura do Bourbon Shopping Country (Tulio de Rose, 80), em Porto Alegre, o lançamento do novo livro do Carpinejar, o Como no céu / Livro de Visitas . A sessão de autógrafos será antecedida por um debate com o crítico Flávio Loureiro Chaves e leitura de poemas pela atriz Mirna Spritzer. Para quem não conheçe a poesia dele só digo: esse sim sabe como fazer as palavras dançarem.

E no sábado? Se descansa…

Pois é, eis mais uma semana em que o fim de semana se mostra agitado. Para começar na quinta-feira, dia 9, vai rolar lá no Garagem Hermética mais uma edição da festa Confusion Is Sex. Quem vai tocar é a A Red So Deep e a Vum Vum. O ingresso é de R$ 10,00 – sendo 4 consumíveis – e a festa começa a partir das 22h.


Na sexta, aqui em São Leopoldo, tem no 356 a Tomate Maravilha, a Pública e a Viana Moog. Ainda vai ter exposição do Ricardo e do Sérgio. O ingresso é de R$ 6,00, sem essa frescura de 4 consumíveis.


E no domingo tem festa da Unisinos FM, com Replicantes, Acústicos e Valvulados, Pata de Elefante e Superguidis. O ingresso? Dois quilos de alimentos não perecíveis. A organização da festa lembra que não vale sal e açúcar.

Ah, é claro: nessa de domingo periga eu não ir, afinal minha sobrinha Marcela estará fazendo 2 anos de idade 😉

Manda internar

Aconteceu uma coisa que me lembrou um filme meia boca da Sandra Bullock que eu vi certa vez. O filme em questão é 28 dias, onde ela faz o papel de Gwen Cummings, uma alcóolatra que por dirigir de forma perigosa tem que se internar durante 28 dias numa clínica de desintoxicação. Bem, como eu já disse o filme é meia boca, mas não é de todo ruim. Pois bem, eis que hoje eu me lembrei do Gerhardt, personagem interpretado pelo Alan Tudyk. Ele é um stripper homossexual viciado em sexo que só pode voltar a transar novamente se conseguir, durante o período de um ano, manter vivos um animal de estimação e uma planta. Isso é para ele, segundo o psicólogo do filme, desenvolver sua capacidade de manter uma relação, aprendendo assim a cuidar de alguém. No final do filme, meses depois da Gwen sair da clínica, eles se cruzam numa cena que é ao mesmo tempo engraçada e desesperadora, pelo menos para o Gerhardt. Ah, ok, eu conto o que é, até porque o filme não é tudo isso: a samambaia dele estava morrendo, e ele está desesperado numa floricultura querendo que o vendedor reviva a pobre planta.

Pois é, agora a pergunta: porque eu lembrei disso? Bem, ano passado comprei um vaso com três cactus. Dois já foram pro beleléu 😛 Até agora não sei se botei água de mais ou de menos, se deixei as plantas muito tempo na sombra ou o que está errado, só sei que se minha vida sexual dependesse dessa planta aí eu estava ralado.


Hmmmmmmmm.... Um cactus!!!!!! Como não pensei nisso antes!?!?!?!?!?!?
Hmmmmmmmm…. Um cactus!!!!!! Como não pensei nisso antes!?!?!?!?!?!?

Fim de uma era

Pois é, eis que o dia 06 de junho de 2005 vai entrar para a história da informática, tudo por conta da declaração da Apple de que ela vai aposentar os chips Power PC e adotar chips Intel na próxima geração de Macs. Com isso se vão 20 anos de história de um equipamento que sempre esteve na contramão do padrão IBM PC, servindo como referência de qualidade tanto no que diz respeito a hardware como a software. Agora, com o mesmo chip, outros fornecedores de equipamentos e de software vão ter que suar para mostrar que conseguem fazer um equipamento melhor. Pode ser que no começo a Apple leve o suador, mas vendo como a empresa trabalha…

Mas quem ganhou mesmo com essa história foi a Intel. E que os consumidores fiquem antenados, para não termos aí uma empresa com poderes grandes demais…

Batuta

O Jonas Galvez me passou a batuta:

Quantos gigabytes usados com música: 51 Gb.

Êltimo CD que comprei: Superphones – Superphones

Música tocando no momento: The Russian FuturistsPaul Simon

Cinco músicas que tenho escutado bastante:

* Bloc PartyBanquet
* L’AltraSleepless Night
* RadioheadNo Surprises
* The Arcade FireNeighborhood #2 (Laika)
* Xiu XiuI Luv The Valley, Oh!

Cinco pessoas para quem estou passando a batuta:

* Carlos Wolf
* Desirée Marantes
* Daniel Santos
* Daniela Castilho
* Kátia Abreu

Vamos bambochar?

E eis que olho hoje a TV durante o almoço e está passando o novo comercial da Fanta:

Beba Fanta, fique bamboocha

Ok, até aí nada demais, mais uma propaganda. Propaganda ridícula por sinal. Mas o que eu me pergunto é uma coisa: será que o pessoal que fez essa campanha se lembrou de ver se existia alguma palavra na língua portuguesa foneticamente parecida com bamboocha? Acho que não:

bambocha

substantivo masculino
1 indivíduo dado a bambochatas; pândego, farrista
v substantivo feminino
2 m.q. bambochata

Etimologia
prov. red. de bambochata

Homônimos
bambocha(fl.bambochar)

Levando em conta que uma bambochata é algo que ultrapassa os limites do bom senso, uma extravagância, podemos dizer que está montado o perfil de consumo da Fanta?

Nome sexy?

Na linha tem de tudo na Internet eis que eu acho (lá no Filisteu) um gerador de nomes sexys brasileiros. Óbvio que eu tinha que ir lá testar:

Your Sexy Brazilian Name Is

Frangao Braga


Pergunta que não quer calar: desde quando Frangão Braga é um nome sexy??? Mas o mais bonito é que eu inventei de dar um reload na página para ver o que acontecia. Pronto! Gerou outro nome completamente diferente. E como sou brasileiro (apesar de me chamar Charles Pilger em vez de Carlos Peregrino) e nunca desisto fui dando vários reloads até aparecer essa pérola:

Your Sexy Brazilian Name Is

Grande Verga


Bem, eu fico me perguntando o que aconteceria se eu adotasse esse nome… Será que alguém acharia que eu trabalho com madeira? Ou fazendo filmes pornôs? Será que minha vida sexual ficaria mais agitada? Será que alguma garota reclamaria que é propaganda enganosa? Será que diminuiria o número de spams que eu recebo com propagandas de aumentadores de pênis? Bem, algo me diz que é melhor eu continuar com o velho e bom Charles Roberto Pilger de sempre…

Benza Deus!

Finalmente vi o Kill Bill e quer saber? A melhor coisa do filme não é a trilha sonora maravilhosa, as lutas perfeitamente coreografadas, o humor negro do sangue jorrando (tão exagerado que só rindo mesmo), não é nada disso não. A melhor coisa do filme se chama Julie Dreyfus.


Não quero dizer nada, mas… que mulher linda! E ainda fala com sotaque francês!