London burning

Eram umas 10 da manhã de quinta-feira quando fiquei sabendo dos atentados em Londres. Óbvio que a minha primeira preocupação foi saber como estavam o Diego e o Leonardo… O Diego já tinha mandado um email avisando que estava bem, mas por algum motivo obscuro qualquer eu não recebi ele. Assim eu fiquei na expectativa até que vi que o Leonardo tinha colocado o seguinte no blog dele:

Sinto raiva, nao medo. Sirenes passam. Moro longe. Trabalho ao lado. Apos algumas horas a certeza de que os mais proximos estao bem. O choro eh de alivio. Celulares e telefones publicos nao funcionam. Jah fiquei preso em congestionamentos em Edgward Road, lembro. Nao irei ao trabalho, nao fui a aula. Mas amanha a vida vai seguir, pq ela tem que seguir.

Ok, certo, mas e o Diego? Cadê o Diego? Pois é, não deu 10 minutos o Leonardo entrou no MSN e o Diego entrou logo em seguida. Ambos bem, graças a Deus. E pelo fato do Leonardo não falar nada já fiquei calmo em relação à Nina, irmã dele. Meus amigos estavam bem, e agora eu podia ler mais sobre o atentado com calma, se é que se pode ler com calma notícias sobre um evento que resultou em 49 mortes e mais de 700 feridos. E nem fiz muitas perguntas pro Diego e pro Leonardo, já que eles tinham lá os problemas deles.

Pois bem, eis que o Diego mandou para o Gordurama uma matéria sobre como ele viu o atentado e sobre a sensação de estar numa cidade atacada. Confere lá.

I am not an acrobat, I cannot perform these tricks for you

Pois é… Basta ficar um pouco que seja parado e já se sente os resultados. Mas também, quem manda não seguir o projeto à risca. Bem, enfim, o caso é que hoje finalmente retomei os exercícios, depois de ter ficado quarta e quinta parado por causa do frio e sexta e sábado porque me perdi em festas (grandes festas por sinal). Assim, fui conferir uma dica passada pelo André, do Ateliê Zumbi: A Certain Trigger, disco de estréia do Maxïmo Park lançado este ano. Ótima dica! O disco é daqueles de colocar e deixar até o fim, pois até as faixas mais fraquinhas são boas. Eu particularmente destaco duas músicas: a dançante Apply Some Pressure e a lenta Acrobat. Verdadeiras pérolas.

E o frio hein?

Pois ontem os exercícios não renderam… É que tava um frio do cão, e o meu nariz no meio do processo resolveu encer o saco. Assim sendo, não cheguei a ouvir todo o CD La paz está en las matemáticas de 2002 do El Hombre Burbuja. Essa é mais uma banda que achei no AllMusic procurando por bandas influenciadas pelo Talking Heads. E é uma boa surpresa ver que é uma banda em espanhol. Fugir da sonoridade do inglês de vez em quando é muito bom.

Bem, enfim, o caso é que ontem fui displicente, anteontem também. A boa notícia é que se semana passada eu estava com 105 quilos hoje a balança já estava mostrando 104 🙂

Uuuuhhhhhwawa!

Não bastasse eu não ter feito ginástica ontem hoje ainda vou numa churrascaria para festejar o aniversário de uma colega… O lado bom da coisa é que comi bem menos do que eu geralmente comia. Pelo menos foi essa a sensação que eu tive. Outra coisa boa: não me senti pesado durante o dia, coisa que era normal depois de maltratar o estômago nessas visitas semanais. Não quero dizer nada, mas acho que isso é reflexo já desses poucos dias de exercícios. Tomara.

Ok, então como caí em dupla falta peguei um disco um pouco mais cumprido. Só um pouco: 60 minutos. O disco? Take London, álbum de 2005 do The Herbaliser, dupla britânica que passeia pelas águas do rap, do funk, do hip-hop e (porque não?) do dub. Sinceramente não consigo me lembrar de onde tirei esse disco, e tenho a leve impressão que foi uma dica do Diego, mas o caso é que esse disco é um sopão. Sabe sopa? Aquelas bem grossas, consistentes, cheia de ingredientes? Pois é, uma coisa que caracteriza as sopas é que todos os ingredientes são conhecidos, mas, dependendo do tempero, o resultado pode ser uma água suja ou algo maravilhoso. No caso do The Herbaliser o que temos é digno de chief francês. Maravilha pura. Ok, o começo do disco não é o bicho, mas no que se chega em Sonofanuthamutha segura o Ferdinando que ele vira touro. Pérola!

Dessa vez não rolou…

Pois é, ontem de noite cheguei em casa, fiquei um pouco na frente do computador e daí pensei: “Vou deitar e ler um pouquinho antes de fazer os exercícios”. Peguei o Romances, do Mike Patton e do Kaada, e deixei de música de fundo enquanto ficava lendo deitado. Resultado: apaguei e acordei às 2 da madruga. Aí o negócio foi desligar a luz e continuar dormindo, aproveitando o frio. Levando em conta que um dos meus problemas é insônia eu tinha mais que aproveitar mesmo 😉

Milonga do assim contando

Lançado o Circuito Gaúcho de Música Independente

O Circuito Gaúcho de Música Independente foi lançado na tarde desta terça-feira (7/6) na Assembléia Legislativa, com a apresentação da banda porto-alegrense Camerata Brasileira. Tendo em vista que a produção musical no Rio Grande do Sul é diversificada, e muitos artistas passam por dificuldades para divulgar seus trabalhos, o projeto pretende discutir sobre os problemas que norteiam a produção da música independente no Estado. “O circuito discutirá alternativas viáveis de divulgação e produção dos trabalhos dos artistas independentes”, declarou o deputado Ronaldo Zülke, autor da iniciativa.

No Interior, o projeto promoverá debates seguidos de shows musicais com aproximadamente dez bandas. A música será debatida nas regiões do Vale dos Sinos, Vale dos Sapateiros, Serra, Central, Alto Jacuí, Planalto Médio, Vale do Taquari, Vale do Rio Pardo, Missões, Campanha e Sul. “Pretendemos criar um espaço para a troca de experiências entre músicos, estimulando a mobilização da categoria para a formação de um cenário independente organizado”, informou Zülke. Outro objetivo do circuito é fortalecer o Fórum Permanente de Música do RS, grupo formado com a intenção de representar o Estado junto à Câmara Setorial de Música, organizada pelo Ministério da Cultura. “Queremos sensibilizar a sociedade de que a produção cultural independente constitui-se numa importante atividade econômica. O projeto se traduzirá em um trabalho conjunto do Fórum e do Parlamento gaúcho”, disse o deputado.

O banda Camerata Brasileira é formada pelo bandolinista Rafael Ferrari, o violinista Moysés Lopes, o percursionista Demetrios Câmara e o saxofonista Rodrigo Siervo. A banda tem quatro anos de estrada e lançou seu primeiro disco independente em 2001, intitulado Deixa Assim. “Iniciativas como essa possibilitam a divulgação de bandas independentes. Está sendo maravilhoso termos a oportunidade de mostrar o nosso trabalho”, afirmou Ferrari.

O circuito encerra sua primeira edição do ano com um seminário estadual que terá a participação de músicos, produtores, divulgadores e empresários. O evento será realizado em Porto Alegre, quando músicos e o público em geral terão a oportunidade de discutir temas como cultura, indústria fonográfica, rádios comunitárias, carreira musical e iniciativas públicas de incentivo à produção musical no Estado. “Os artistas poderão convocar a todos para que sejam parceiros desse trabalho cultural independente que merece destaque nacional”, finalizou Zulke.

Inscrições
As bandas interessadas em se inscrever no circuito devem mandar seu material de trabalho para o gabinete do deputado Ronaldo Zülke, localizado no 3º andar do Assembléia Legislativa. As inscrições serão aceitas até 15 dias antes de cada show. Para participar são necessários no mínimo duas faixas gravadas em CD ou K7, foto, release ou histórico da banda.

Se me lembro bem foi o Zulke que organizou aquele evento “Guitarras pela paz” ano passado. É de dar medo… Bem, enfim, vamos torcer para que o projeto renda bons frutos e vamos ver no que dá. Se esse projeto já tornar mais fácil de achar os CDs do Cláudio Levitan e do Arthur de Faria já valeu a pena.

E já que a o Fórum Permanente de Música do RS está nessa, vale a pena chamar a atenção que a duas semanas atrás foi criado o Fórum Permanente de Música de São Leopoldo.

Take me out tonight

O que há de mais lamentável em O Guia dos Mochileiros das Galáxias não é a falta de ritmo do filme, ou a inserção de um resgate sem graça (aliás, que história é essa de que o filme é uma transcrição fiel se tem esse resgate, uma vice-presidente que surgiu sabe-se lá de onde, um líder religioso que apareceu do nada além de um monte de outras coisas que não estavam no livro?), ou o José Wilker dublando a narração do guia, não, não é nada disso. O mais lamentável é ter transformado a Tricia McMillan na maior Maria Gasolina da história da humanidade. Isso sim é triste.

Menos mal que botaram a Zooey Deschanel para fazer o papel dela. A beleza discreta da moça, legítima representante do estilo garota da porta ao lado, salva o personagem.

Confesso que tô pasmo

Esses dias me bateu uma pequena febre de programação e saí fazendo uns scripts em PHP para brincar com o GoogleMaps: fiz o GoToGoogleMaps, onde se entra com a latitude e a longitude para ir direto ao ponto no mapa; o SeAchando, onde a partir de um link do GoogleMaps se obtém a latitude e a longitude; e o CavaCava, que é uma brincadeira em cima da idéia de que se cavarmos um buraco sem parar vamos atravessar a Terra, gerando assim a pergunta “Mas onde é que vamos parar? Na China?”. Bem, no caso de São Leopoldo vamos parar no mar perto do Japão 😛

Mas enfim, eram brincadeiras inocentes, criadas para resolver alguns problemas específicos de localização e se divertir (maior prova disso é a linguagem usada no SeAchando, por exemplo). Pois bem, estava agora dando minha tradicional navegada no Bloglines quando vi que tais ferramentas tinham sido citadas pelo Cristiano Dias e pela Cristina de Luca. Movido muito apropriadamente pela vaidade fui dar uma olhadinha nas estatísticas de acesso do pilger.com.br para ver se alguém mais tinha apontado para esse link e o que eu descobri lá me deixou realmente surpreso.

Bem, é o seguinte: o Wikipedia é nada mais nada menos que o maior trabalho colaborativo do mundo na atualidade. A proposta dele é ser a maior enciclopédia do mundo, e para isso conta com um grupo enorme de voluntários. Pois bem, eis que um desses voluntários ficou sabendo desses meus scripts e cria uma pré-definição (que é uma espécia de macro do Wikipedia) de forma que, em vez de criar um link direto para o GoogleMaps ele entra com o texto

{{googlemaps|35|53|0|N|76|31|0|E}}

e voi la, aparece na página o link com as coordenadas para o script e o seguinte texto:

Imagem deste lugar via satélite no Google Maps. (lat. 35° 53′ 0” N – long. 76° 31′ 0” E)

Já vi que essa macro está sendo usada para apontar para o Rio Pinheiros, o K2, o Mugnano del Cardinale e o Monte Everest. Ou seja: meu script está sendo útil para homogeneizar a informação. Ok, eu sei, pode parecer uma besteira, mas eu sinceramente me sinto muito honrado em ver que um dos projetos que eu mais respeito está fazendo uso de algo que eu criei.

A palavra é prata.

Hoje teve Parada Gay aqui em São Leopoldo, com o detalhe de que a festa foi na praça da biblioteca, praça esta que fica a uns 50 metros da minha casa. Ou seja: cá estava eu em meu lar doce lar com a sensação de que estava lá no meio da festa, tamanho era o volume. Assim sendo, depois de uma salada sonoro que teve de It’s Raining Man a Queen passando por Xuxa, Mamonas Assassinas, Sidney Magal e a Turma do Balão Mágico, meu cérebro simplesmente se recusa a ouvir uma música que seja.

Assim sendo, com licença, mas minhas pedaladas de hoje são em silêncio…