Abrindo o voto: 45 + 45 = 90

Pois é, estou resolvendo (assim mesmo, no gerúndio) votar no PSDB, tanto para presidente como para governador. Sim, no fim de semana que vem vou de 45 duas vezes.

Ok, seria de se esperar que eu fosse de 45 para governador, já que eu votei em Yeda no primeiro turno, mas foi uma opção baseado num conceito extremamente vago, a de que os outros já tiveram chance de mostrar serviço e ela não, de forma que se eu resolvesse mudar de idéia não seria algo assim tão absurdo. Até porque a Yeda tem uma série de fatores contra ela: ela é a favor do Polão, não gosta muito de aposentados, e por aí vai… Além do que ela é um monstro de arrogância segundo o que falam, se bem que estamos numa eleição para governador, não para Miss Simpatia. Assim sendo, vamos de Yeda, mesmo sabendo que se o Lula ganhar (grande probabilidade) vão ser mais 4 anos de Rio Grande do Sul na oposição, o que quer dizer mais 4 anos sendo deixado de lado pelo governo federal. Eu devia ir pro voto útil e ir votar no Olívio, mas não dá, não dá… Eu saí do PT justamente por causa do governo Olívio, que foi um governo extremamente fechado em si mesmo, que não dialogava nem com o partido da qual fazia parte, o que se dirá dos segmentos da sociedade. E depois querem falar de democracia participativa… Por pior que seja a Yeda ela pelo menos está muito mais comprometida com o Pacto Pelo Rio Grande, um movimento que procurou ouvir todos os segmentos da sociedade gaúcha para reeguer o estado, do que o Olívio.

E para presidente estou indo de Alckmin. Para eu me justificar diante de mim mesmo vale botar na roda o que me faz não votar no Lula e o que me faz votar no Alckmin. No que se refere ao Lula, mesmo que ele tenha acertado no programa de inclusão digital e no que se refere à politicas fiscais de produtores de alimentos (o que fez com que mais importante, a comida, tivesse seus preços reduzidos) não posso deixar de lado que o meu voto no PT a 4 anos atrás foi um voto na esperança de uma nova maneira de se fazer política no país, uma política mais ética. Sim, eu fui um grande idiota por ter caído nesse conto do vigário, mas enfim… O caso é que se eu votar no Lula vou estar avalizando o argumento de que os fins justificam o meio, coisa que me recuso a fazer. Tanto me recuso que quando fui votar para deputado fui procurar justamente por deputados que tinham as mãos (publicamente) limpas, antes de mais nada. Fiquei feliz de não encontrar nada desmerecendo o deputado estadual que votei a 4 anos atrás, e vou acompanhar de perto a atuação do deputado federal que eu ajudei a reeleger graças ao Transparência Brasil. Assim sendo eu não posso votar no Lula, visto que o seu mandato foi simplesmente uma negação de todo o discurso que havia em prol da ética. Foi esse discurso que me fez votar nele. Foi esse discurso que me fez entrar no PT. Foi esse discurso que faz com que hoje eu me sinta ludibriado.

E sim, eu sei que o PSDB não é flor que se cheire. Aliás, o bom do governo Lula foi colocar todos os partidos no mesmo pé de igualdade, onde não há mais aquele partido que é o campeão da moral e dos bons costumes. Assim sendo, se vou votar no Alckmin vai ser baseado em fatos, como por exemplo ele ter sido o autor do Código de Defesa do Consumidor, o fato de quando deputado ele mostrou uma atuação voltado para os aposentados e para a saúde pública, quando governador ele apostou no transporte público (principalmente metrô) e na redução de impostos para incrementar a arrecadação e por aí vai.

Assim sendo, é PSDB tanto para o estado com para o país.

Lobby é isso aí

Quando se fala em Internet no futuro geralmente se coloca que ela vai ser tão normal quanto luz elétrica e água encanada. É comum ver especalistas colocando que acesso será disponibilizado para todos, mediante uma taxa mensal mínima, da mesma forma que o telefone. É o que já acontece no Japão, onde se paga por uma conexão de 1 Mb menos de 1 dólar por mês. Já outros cantam que nem isso vai acontecer, que com as redes wi-fi todos terão acesso gratuíto, como é o caso de San Francisco graças ao Google e o de Sud Menucci graças à prefeitura local.

Assim sendo, baseado nesses exemplos, surgiu aqui na região onde eu moro uma iniciativa que visa levar Internet a baixo custo (pagando apenas 130 reais por um access point) para quem quiser fazer parte da rede usando redes mesh. Para isso o pessoal que está organizando o projeto espera contar com o apoio de prefeituras e de empresas da iniciativa privada. Para quem quiser maiores detalhes dê uma olhada no Baguete uma pequena matéria sobre o assunto.

Pois bem, quem leu o link acima do Baguete viu a esperada a reação da InternetSul. Porque esperada? Ora, porque a InternetSul antes de mais nada é um associação de empresas provedoras de acesso aqui do RS, empresas essas que só se mantém graças à obrigatoriedade legal de se fazer uso de um provedor de acesso, já que o Sérgio Motta lá em 1995 olhava com desconfiança as empresas telefônicas como provedoras. Assim nada mais natural do que esses pequenos provedores terem medo de iniciativas que visam levar a Internet a baixíssimo custo para o maior número de pessoas. Lembro bem quando eu trabalhava na TCA, lá em 1996, e apareceu o primeiro provedor gratuito: foi o pânico puro e simples, e em cima desse pânico que a InternetSul foi formado. É um lobby procurando manter um nicho de mercado, nicho de mercado que foi criado dentro de uma visão que se mostrava válida a 10 anos atrás, mas que hoje não condiz com a realidade. O triste é que esse lobby ainda bate nessa tecla, como se pode ver nessa notícia do começo do mês que está nos arquivos do Baguete:

Participaram do evento (…) o diretor da SIM Telecomunicação e vice-presidente da InternetSul, Adalberto Schiehll (…). Incisivo, Adalberto Schiehll disse que o acesso gratuito da internet causa a criminalidade, pela inversão dos valores éticos e morais. Para ele, a internet com acesso gratuito equivale a TV a cabo pirata.

Sim, pois é. Na visão da InternetSul iniciativas como a da cidade de Sud Menucci é pirataria, assim como a iniciativa da Procempa de disponibilizar acesso gratuíto via wi-fi em pontos de Porto Alegre. Ainda bem que essa associação mais late do que morde, tanto que aí estão os provedores de acesso gratuítos a disposição de quem quiser.

De qualquer forma se prepare para ver dentro de algum tempo artigos condenando redes mesh, dizendo que elas são redes piratas e fazendo pressão para mudanças na legislação. O que me dá pena é ver como gastam esforços criticando iniciativas dessas em vez de oferecer soluções a baixo custo que sejam acessíveis para todos.

Ou você não prefere ter um contrato assegurando acesso à rede o tempo todo?

Mestre

O ano é 1992. Estava então com 21 anos e olhava para o futuro com medo. Afinal já tinha passado de mais da metade do curso de Análise de Sistemas e via que o que me esperava era uma carreira trabalhando em algo muito, mas muito chato. As opções que se desenhavam eram sistemas comerciais, gerenciamento de banco de dados, esse tipo de coisa que não tinha nada a ver com o que eu achava interessante na área de informática. Mas enfim, na época eu estava trabalhando como monitor de laboratório de informática na Unisinos, ajudando as pessoas a resolverem problemas envolvendo Carta Certa (um editor de textos baseado em tags que era bem legalzinho), Samba (uma planilha eletrônica que era uma cópia descarrada do Lotus 123), Basic, Pascal e Cobol. Era uma vida tranquila, já que pouca gente aparecia para resolver dúvidas, de forma que eu ficava a maior parte do tempo pegando códigos da revista Micro Sistemas e ficava brincando de portar para o Basic do PC ou para o Pascal. E na mesma época começaram na Unisinos a aparecer uma série de projetos de pesquisa na área de informática, incluindo entre elas o ADAM (Ambiente de Desenvolvimento de Aplicativos Multimedia). Como eu estava sempre ali nos laboratórios eu fui me metendo no projeto, primeiro como voluntário e depois como bolsista, ajudando (e atrapalhando) no que dava e aprendendo muito. Foi nesse projeto que aprendi o que era multimidia, como funcionavam arquivos de áudio, imagem e vídeo, fiquei fuçando em rotinas asssembly e demos para ver como as coisas funcionavam (e confesso: sem entender muito do que tava acontecendo nas entranhas do computador), tive meus primeiros acessos à Internet e por aí vai. Foi ali que eu vi meu futuro e vi que informática realmente não era a coisa burocrática que o curso que eu fazia pintava, vi que eu podia trabalhar e me divertir horrores ao mesmo tempo, e isso era muito bom. E tudo isso com o apoio do professor Franz Figueroa.

Pois é, foi graças à paciência dele que hoje eu trabalho com Web, que gosto de ler sobre mídias (foi ele que me chamou a atenção pela primeira vez que o computador é um meio de comunicação, não um mero debulhador de dados), que me interesso por dados não-estruturados, que procuro sempre usar a tecnologia para dar às pessoas acesso à informações de uma forma agradável. Afinal se o resultado do processamento de dados é importante, igualmente importante é como as pessoas tem acesso a esse resultado.

E por que toda essa puxação de saco em cima do Franz? Bem, é que finalmente ele resolveu fazer um blog, o Imagemaster Blog. O blog é voltado para os alunos dele de Computação Gráfica, de forma que há análises de sistemas Web (como a recente fusão do Google Writely + Google Spreadsheets), de ferramentas e de tendências na área de tecnologia para tratamento de imagens e vídeo. Para quem gosta de ler sobre tecnologias e mídia recomendo a assinatura do feed. 😉

És hoy!


Puez é! Hoy és lo dia internacional de hablarse portuñol. No creo que me será possible hablar com muchas personas sobre esto, visto que neste momuento estoy em San Francisco de Paula com mi namorada acampando (si, este é um puesto edictado previamente), pero quiero deixar para tuedos una lembrancita deste dia tan importante.

E viva Lo Gran Admiral José Ruelas! Viva! Viva!

Parte da culpa

E eis que aconteceu: mais de um milhão de peixes mortos. Aqui, no rio que abastece minha cidade. Já conseguiram determinar que foi do Arroio Portão que veio a carga de poluentes responsáveis pelo desastre ambiental, sendo que a Fepam já autuou 3 empresas.

Bem, que dizer de uma história dessas? Ah, temos que punir as empresas que foram responsáveis por isso, sem dúvida, mas é de se perguntar até que ponto eu tenho responsabilidade sobre o que aconteceu. Afinal ao que tudo indica é que tal tragédia só ocorreu porque o nível do rio está abaixo do normal, o que o torna mais frágil diante da presença de poluentes, além do que o esgoto de São Leopoldo não é devidamente tratado. Aí que entra minha parcela da culpa. O que me consola é que gasto muita água tomando banho, não fazendo coisas fúteis como ficar lavando calçadas ou automóveis, mas de qualquer maneira eu ajudo a tornar o rio mais frágil.

Pois é, é hora de rever o uso que eu faço da água lá em casa. Fico com vergonha de só pensar nisso depois de ocorrer um evento desses. 🙁

Bye bye ADSL

Olá linha discada, quanto tempo! Como vai? Pois é, cá estou eu de volta, depois de ter te trocado pela tal do ADSL. Sim, sim, desculpa, sei que fui um ingrato, que só entrava em contato contigo em horas de emergência, quando a Brasil Telecom apresentava um problema, que fora esses momentos eu nem dava sinais de vida. Sei que você não se sentiu de todo abandonada já que praticamente todas as noites eu ligo para a Taila, mas sei que os fins de semana devem ter sido solitários para você. Pois é, agora eis-me aqui, pretendendo retomar a velha rotina de se conectar às duas horas de sábado e desconectar às 5h59 da madruga de segunda-feira, só recebendo ligações no celular. Espero que você entenda que o custo da tal do ADSL estava muito alto, que enquanto eu gastava 40 reais contigo com ele eu passava de 150 reais por mês. Bem que tentaram me seduzir na hora que fui cancelar o ADSL com planos de fidelidade, redução dos valores do provedor e outras coisitas mais, mas o caso é que, sinceramente falando, essa tal de Brasil Telecom oferece um serviço muito dos vagabundos. A conexão podia ser de 300 Kbos, mas a sensação que dava é que não passava de 150 k. Por exempo, pedir para ver um vídeo no YouTube era um sacrifício. Se é para ser assim, cara linha discada, volto para os teus braços. Pelo menos sei que vai me sobrar mais dinheiro no final do mês.

Mas não se ache muito especial. Vou abrir o jogo contigo: eu estou é ver quanto tempo vai levar para ser habilitada a linha que eu pedi pra GVT… Daí o ADSL volta, mas pela metade do preço.

Demorou

RegistroBR: Novos DPNs para pessoas fisicas

O CGI.br colocará à disposição da comunidade mais quatro domínios de primeiro nível (DPN). Esses novos domínios destinam-se a abrigar atividades e serviços específicos, e pretendem ajudar a tornar mais perene a forma de identificar e endereçar esses serviços dentro da Internet.

São eles:
blog.br, destinado a “blogs”
flog.br, destinado a “foto logs”
vlog.br, destinado a “vídeo logs”
wiki.br, destinado a páginas do tipo “wiki”

Esses DPNs destinam-se exclusivamente as pessoas físicas.

Só para constar esse blog vai continuar em www.charles.pilger.com.br… Se for para mudar de endereço que seja para algo que deixe o link mais curto, não um caracter mais longo 😀

Mas enfim, é triste ver como estão separando por serviços os DPNs. Aliás o Comitê Gestor com essa está praticamente reconhecendo o fracasso do NOM.BR, uma DPN que na verdade tinha que ser um redirecionador. Sim, redirecionador, tal qual o CJB.NET. Afinal o que tem de gente que não tem condições de assinar com um provedor de hospedagem não tá no mapa. Que deixem esse povo usar um GeoCities (sim, ainda tem gente que usa ele), um blogger.com.br, um zip.net e por aí vai…

E lembrando…

Vote Cristovam Buarque para presidente, mesmo sabendo que ele não vai ganhar segundo as pesquisas de opinião (ou será manipulação?) pública. Afinal de contas ele é o único candidato que pensa a longo prazo, que bate nessa tecla sempre esquecida que é a EDUCAÇÃO. Pode-se investir todo o dinheiro do mundo em infraestrutura, em programas sociais, em trocentas coisas, mas são investimentos jogados fora se não se investir em escolas, em professores, em programas pedagógicos de qualidade. Educação significa formar a base de uma nação forte, onde as pessoas são autônomas para decidir o rumo de suas vidas e que estão preparadas para conviverem em sociedade.

Assim sendo, mesmo sabendo que o Cristovam não tem chances, eu vou votar nele. É só um voto, mas um voto que quer dizer

===== EU QUERO EDUCAÇÃO PARA O MEU PAÍS! =====

Abrindo o voto II

Pois é, felizmente já me defini em quem vou votar para deputado estadual e federal. No caso para deputado estadual eu vou de Elvino Bohn Gass – 13120, visto que eu concordo que o Estado tenha que usar preferencialmente software livre e essa é uma das bandeiras dele, além do que ele me parece um cara que consegue ainda se manter honesto apesar do mar de lama que se tornou o PT, e para deputado federal vou de Enio Egon Bergmann Bacci – 1277, já que o cara se puxou durante o mandato dele.

O problema é que não encontro um só candidato para governador e para senador que me inspire confiança. Pensei até em votar na legenda do PV por causa da cláusula da barreira mas daí vi que tal cláusula só dizia respeito aos votos para deputados… Enfim, por hora tendo a votar para governador na Yeda Crusius, usando o argumento vago e meio tolo de que aos outros candidatos fortes já se deu a oportunidade de fazer algo pelo Rio Grande do Sul e para ela não. E para senador ainda não sei mesmo. Odiaria ter que votar nulo, mas se for o caso…