Link obrigatório

Tomei conhecimento na lista do Instituto Asilomar para a Arquitetura de Informação da página Acessibilidade web: Tudo tem sua Primeira Vez. É uma página criada pelo Marco Antonio de Queiroz, um webdesigner cego. Sim, isso mesmo: cego. Para vocês verem que design não quer dizer desenho, mas sim projeto. E o MAQ dá várias e várias dicas ótimas de como fazer páginas acessíveis para pessoas que sofrem alguma deficiência física, não só se limitando às com deficiência visual.

Só para terem uma palhinha de como o assunto é sério nada melhor do que deixar o próprio MAQ falar:

Eu já era um entusiasta da Internet quando, em 1995, comecei a trocar e-mails com colegas com deficiência visual de todo o Brasil. Era uma loucura saber que estava escrevendo e obtendo respostas de cegos contando suas vivências de tão longe. No entanto, meu maior deslumbramento foi quando, em 1999, entrei no site de um conhecido jornal carioca e, com absoluta autonomia, sem precisar que alguém o fizesse para mim, li uma notícia! A princípio, dei um sorriso satisfeito e meio bobo mas, logo depois, a emoção me tomou totalmente. Minha liberdade!

Após isso, por ser dia de aniversário de uma pessoa amiga, comprei um livro e o enviei de presente sem sair de minha cadeira em frente ao micro. A amiga recebeu o presente em casa e telefonou, agradecendo a lembrança e dizendo que eu não precisava me preocupar e ter tanto trabalho em deslocar alguém para fazer o que fiz. Disse-lhe que eu tinha feito tudo sozinho e ela começou a chorar. Para não estragar a emoção dela com “todo o trabalho que tive”, calei-me sem contar que não necessitei me deslocar com minha bengala até a livraria e muito menos tinha ido ao correio. Mas, lá do fundo, minha emoção veio brotando novamente, ao ter a sensação de que eu estava, graças à internet, me tornando um sujeito mais comum.

Aliás, não fique só nesse texto. Dê uma olhada em todo o site Bengala Legal. Há muito material interessante ali que é de leitura obrigatória para qualquer um que deseje trabalhar com media web.

Utilidade pública

Quando ví no Bloglines o título do mais recente aviso do CAIS – Centro de Atendimento a Incidentes de Segurança, da RNP, eu pensei que havia algum erro. Ou afinal de contas a RNP agora está ganhando uns trocos com sugestões para o Submarino? Mas não, não era nada disso, ainda bem!

Alerta CAIS: Dicas para suas compras on-line de fim de ano

É uma página curta porém bastante educativa acerca dos cuidados que devem ser tomados antes de se fazer uma compra online. É um link obrigatório para se mandar para aquele amigo teu que foi infectado por um “vírus do Orkut”.

Justiça é cega… e burra

Uma pessoa com a “ficha limpa” já tem dificuldades para encontrar emprego. Agora imagine uma pessoa que está preso em regime semi-aberto, como vai fazer para conseguir um trabalho que possa sustentar seus filhos? Bem, poderíamos começar argumentando que ser a pessoa que está em regime semi-aberto o está porque cometeu um crime, porque desrespeitou uma lei. Ok, podemos começar por aí, e de fato foi o que aconteceu. Temos uma assaltante, temos uma vítima, e temos a justiça aplicando uma punição. A assaltante argumenta que roubou para alimentar seus filhos, e a vítima, o dono do mercado assaltado, tem todo o direito de pedir justiça.

Contudo, será que houve mesmo justiça? Qual é a justificativa para condenar a 4 anos de prisão uma pessoa que roubou um pote de manteiga?

Espero que a OAB consiga rever esse caso aí. É um absurdo total. Não advogo que não tenha alguma pena, mas o caso é que se é para ir para a prisão um dia já é muito.

E enquanto isso, a sonegadora dona da Daslu dá calote de 18 meses de aluguel. Ah, o que, ela não roubou? Ok, ok…

Gênio

Não, não é o Big Mac, nem o Cheddar McMelt. Tampouco as batatas-fritas sempre perfeitas. Não, não é nada disso. O que há de melhor do McDonalds na verdade são as lâminas de bandeja, aquelas toalhinhas ilustradas de papel, que fazem a gente ficar horas e horas viajando pelas figuras.


Pois bem, quem cria essas pequenas maravilhas (por exemplo, o do mapa das constelações do céu brasileiro que ilustra esse post é simplesmente fantástico) é o ilustrador Hiro Kawahara. É ele o culpado por aquele tempo a mais que faz com que você fique no McDonalds e que acabam se transformando numa vontade de comer uns cookies de sobremesa. Pois é, é ele, e ele faz todo o trabalho sozinho. É dele a criação, a pesquisa, os textos, tudo.

E porque tudo esse blá-blá-blá? Bem, é que só hoje eu fiquei sabendo que o cara tem um blog: We don’t need another Hiro. Muito, mas muito legal.

Obrigado ao Let’s Blogar pela dica. 😉

Cerveja faz bem?

Não quero dizer nada, mas tem algo errado nas propagandas de cerveja que estão veinculando no país…

Primeiro, aqui no Sul, dois gaúchos, por causa da cerveja, dispensam duas paulistas que são uma gracinha porque em São Paulo, entre outras coisas, não tem Polar:

Segundo, na propaganda da Kayser, o baixinho troca a bela Karina Bacchi pela recauchutada Adriane Galisteu.

Afinal, o que essas propagandas querem dizer? Que quem bebe cerveja perde a noção no quesito mulheres?

Se é assim vou continuar bebendo destilados. 🙂

O coração da coisa

Uma coisa que me chama a atenção quando criticam o OLPC é como o pessoal fala em hardware subdimensionado, em sistema capado, em “roda Linux, devia rodar Windows!”. Um exemplo é esse artigo do Carlos Rocha para o G1, onde ele coloca entre outras coisas que as crianças receberão “um notebook funcionalmente limitado”. Ok, agora a pergunta: o que ele quer dizer com “funcionalmente limitado”? Vamos partir do princípio que essa máquina é para séries iniciais, logo o computador tem que ser voltado para esse público. Por exemplo, quem já passou pela experiência de dar aula de informática para crianças sabe que um editor de texto como o Word mais atrapalha do que ajuda (às vezes é melhor ensinar o básico no Write do que entrar naquele canhão para matar passarinho que é o Office). E a máquina é pensada para o ensino infantil, sim. O quê? A interface poderia ser mais cheia de coisinhas bonitinhas para encher os olhos da criança? Ora, até poderia, mas será que do ponto de vista pedagógico isso seria o melhor? Será que não ia distrair o aluno do que é realmente importante?

Outra questão do OLPC diz respeito ao sistema operacional. Os criadores do Cowboy criticam a opção Linux dizendo “o mundo é Windows”. Não vou dizer que eles não estão certos, que de fato, quando uma pessoa vai procurar emprego, vão perguntar “Você sabe Windows?”, mas o caso é que nem mesmo no Cowboy as crianças vão aprender a trabalhar com o Windows, já que o Windows CE é, quando muito, um Windows Lite. O foco na verdade é definir o que é “ensinar informática”: é ensinar a mexer com um programa ou aprender a usar os recursos informáticos como ferramentas? Eu acredito que é a segunda opção, e quem procurar olhar a base do projeto educacional do OLPC, que é construtivista, verá que a mesma não está centrada nem no Linux nem no Sugar (ou seja, não é focada no ambiente operacional), mas sim no Squeak Etoys.

Oras, o que é o Squeak Etoys? O Squeak é uma implementação do Smalltalk sendo utilizada como uma ferramenta de autoria de mídia, um ambiente modelador, onde todos os objetos criados têm comportamento programável diretamente dentro desta mesma interface. O Etoys é uma extensão do Squeak que inclui gráficos 2D e 3D, imagens, textos, apresentações, web-pages, videos, som e MIDI e por aí vai. O Etoys tem a habilidade de compartilhar áreas de trabalho com outros usuários Etoy em tempo real. E é totalmente programável. Como se pode ver é um recurso bastante poderoso para educação, não ficando limitado na equação “navegar na web + editar texto + desenhar figurinhas” que tem aparecido em muitos artigos que criticam a proposta metendo pau no equipamento. Aliás, outra coisa: o Squek Etoys é multiplataforma, rodando tanto no Linux como no Windows, seja ele o XP seja ele o Windows CE. Ou seja: ele roda inclusive no tal do Cowboy…

Então, vamos combinar o seguinte: quando se for escrever um artigo sobre o OLPC que tal levar em conta os aspectos pedagógicos por trás (ou seja, que softwares serão utilizados, e como serão), a visão de que a máquina é um computador para ser usado por crianças não por adultos (logo com necessidades de programas bem diferentes) e que o projeto por trás é multiplataforma, que o sistema operacional é mais um caminho de acesso para o sistema principal do que o ator principal de toda a história? Isso pouparia a gente de perder tempo vendo ataques que parecem mais motivados por interesses econômicos que educacionais…

Rei do funk

O Povo Online: Roberto Carlos canta funk e põe três mil fãs para dançar

Roberto Carlos se rendeu ao funk. Quem acha difícil imaginar o cantor repetindo animadamente o refrão “ela dança, eu danço” deve conferir o especial para a TV Globo gravado anteontem na casa de shows Claro Hall, no Rio e que vai ao ar no dia 16. O funkeiro MC Leozinho, em dueto com Roberto, fez a platéia de 3 mil pessoas se sacudir ao som de Ela só Pensa em Beijar. Foi um dos muitos momentos de festa na noite em que o rei recebeu também Marisa Monte, Jorge Benjor, Erasmo Carlos e Wanderléia.

(…)

Alegre, bem-humorado e leve, Roberto iniciou o show com clássicos como Emoções e Como é Grande o Meu Amor por Você. Mas foram os duetos que marcaram o espetáculo. Os encontros começaram com Erasmo Carlos e Wanderléia. Os três, no palco, acompanharam junto com o público imagens no telão dos tempos da Jovem Guarda.

Mas o momento funk foi a apoteose de animação do especial de fim de ano.

Pois é, taí a prova de que qualquer perna de pau dança funk…

Não existem limites

Quando você pensa que já viu tudo em termos de nerdice eis que acaba encontrando mais uma pérola… Cá estava eu, despreocupadamente procurando um gif com o logo da MTV quando acho no Google Imagens isso:


Mas que diabos é isso??? Oras, é o Elvis Tropper!!! Como é que você não conhece o Elvis Tropper? O cara vive cercado de mulheres, tem uma carranga maneira, enfim é o máximo!

Por Deus…

I want my MTV

Terra: MTV tira videoclipes da programação em 2007

A MTV Brasil tomou atitudes que podem surpreender alguns fãs da marca. Por decisão da cúpula da empresa, em 2007 o canal jovem não exibirá mais videoclipes.

De acordo com Zico Góes, diretor de programação, os videoclipes “não colaboram para o avanço televisivo e apostar neste formato é receita para a queda de audiência”.

Na apresentação da nova programação, realizada na tarde desta terça-feira em São Paulo, uma das medidas mais extremistas mostradas foi cancelar programas como o Disk MTV e o Chapa Coco, que fizeram um relativo sucesso em 2005 e 2006. “Hoje o vídeo está ligado ao mundo digital”, explica Góes. “O espaço está morrendo, o jovem não busca a televisão para assistir videoclipes”.

Um dos grandes méritos da MTV, pelo menos no Brasil, foi de que ele fez as rádios abrirem mais espaço para o rock. O Nirvana é um exemplo perfeito do poder da emissora, ou alguém acha que alguma rádio brasileira ia ficar tocando Smell Like Teen Spirit se não fosse o vídeo do Al Yankovic? Ok, confesso que forcei com essa do Al, mas enfim o caso é que a MTV arrejou os ares do dial, que estavam terríveis nos anos 90.

E agora o que temos? Temos YouTube, Google Video, Metacafe, MySpace, temos vários canais para distribuir informação, certo? Hmmmm…. é, dá para dizer que sim, só que temos dois problemas aí: um, não dá mais para medir audiência. O YouTube pode ter os seus “vídeos mais assistidos”, mas não escuto Ok Go tocando adoidado por aí, mesmo com os 2 milhões de visualizações que o seu clipe possa ter. Simplesmente as rádios ignoram o que é mais escutado, não se adaptando à audiência. A MTV podia ter seus defeitos mas foi com a pressão dos fãs que bandas como Pato Fu, por exemplo, ganhavam espaço ali (era incrível ver neguinho ficando horas no telefone discando sem parar para a emissora só para ver a banda no Top 20 – não, não foi o meu caso, por mais que eu gostasse da banda), o que se refletia na programação das rádios.

O segundo problema é que não é todo mundo que tem acesso aos vídeos de música. Mesmo com banda larga na minha casa eu já apanhava, já que a Brasil Telecom oferecia um serviço que além de caro era podre (o plano era de 300 kbps, mas se eu pegasse uma conexão que transmitisse a 200 kbps eu já estrava no lucro), imagina agora se há condições de eu assistir um vídeo que seja usando conexão dial-up. Só em sonho… E assim como eu estou “midiacamente ilhado” há uma quantidade enorme de pessoas que estão nas mesma condições. Ok, certo, se a gente for parar para pensar isso não é de todo ruim, pois tem gente que nem comida para por na barriga tem, vamos ficar reclamando de acesso?

Mas enfim, com essa mudança na programação da MTV as rádios perdem uma referência do que a galera anda ouvindo. Por mais defeitos que a MTV tivesse ela tinha a vantagem de ser um ponto de referência dentro da cultura pop do país. Foi graças a ela que, por exemplo, Pitty se revelou, assim como Detonautas e Charlie Brow Júnior e…

PERAÍ???? DO QUE EU TÊ RECLAMANDO?

Já vai tarde programação musical da MTV! XÊ!

O Leste Europeu é aqui

Eis uma prova de como estou afastado da tal “cena gaúcha” do rock…

A Damn Laser Vampires existe desde 2005, já gravou um disco que foi lançado na metade do ano e só hoje, graças à página sobre a trilha sonora do filme “Ainda Orangotangos”, é que fui ouvir falar nessa banda. Eles participam da trilha com um cover de uma música dos Cascavelettes e com a música Graveyard Polka, que soa como uma música do Gogol Bordello cantada pelo Nick Cave e que é… Simplesmente maravilhosa! Fui no MySpace conferir e achei outras pérolas, mostrando que misturar punk e psychobilly com polka é possível sim.

Então o lance é ir atrás do CD e ver se consigo ver algum show da banda logo. Deve ser no mínimo divertido. 😀