Contagem regressiva


Pois é, estamos a menos de 2 dias do dia primeiro de julho, que é a data que a Polishop deve começar a vender o Encore Mobilis. Tô na torcida para que isso realmente ocorra. E torço também para que o preço seja realmente acessível. Se for esse aparelho aí tem tudo para ser o principal agente de uma revolução na informática nacional.

Afinal não é só o aparelho, mas sim toda uma série de serviços indiretos que vão florescer. Afinal, você já parou para pensar em quanto pode ser útil para um comerciante ou uma pequena empresa um hardware desses, se tiver um desenvolvedor de soluções por perto? Pois é, né…

Update (01/07): pois é, pelo menos no site não há nada sobre o Mobilis… Vamos esperar para ver como fica a história durante a semana então.

Réquiem para um site


Sabe, eu não consigo entender essa tal de Internet. Enquanto a gente vê um monte de gente se mexendo para ser problogger, gerando conteúdo para a rede e usando o Google AdSense, e conseguindo ganhar dinheiro, a gente vê uma iniciativa como o No Mínimo indo por água abaixo. É muito estranho ver um site com 150 mil assinantes e mais de 3 milhões de visitantes mensais não conseguindo se sustentar.

Mas, enfim, o mais triste é o fato de que graças ao sistema de CMS que o site utilizava não há cópia do site no Web Archive. Aliás, tente usar o wget para pegar uma cópia do site para você: viu, não dá. Aquelas URLs malucas que o site usa simplesmente mata qualquer tentativa de se fazer um backup do conteúdo. Mas, voltando ao assunto, a ironia é que, por algum detalhe técnico que desconheço, quando se vai ver um arquivo do site no Web Archive acontece de aparecer uma barra do iG no topo da página, assim:


Pois é, nunca a busca do iG foi tão ineficiente…

Mas enfim, o caso é que os jornalistas do site (o grande patrimônio dele) estão ainda por aí. Então anote os links daqueles que tem site:

Barriga verde


Pois é, rir da desgraça alheia não é bonito, mas… Não, não tem como ser sério com esse vídeo aí.

E fica a questão: o que é mais trágico? O discurso indignado contra a violência; o momento que foi do repórter para a emissora, com o apresentador pensando “Tá, o que é que eu falo agora”; ou o comentário final? Difícil dizer, caro telespectador, difícil dizer…

Trabalho duro

Uma coisa que eu acho engraçada nessa história de blogs corporativos, de se usar blogs como ferramenta de comunicação entre empresas e clientes, de blogs serem espaços para empresas se mostrarem melhor para o mundo, é como às vezes se mete os pés pelas mãos. Afinal, o que é um blog corporativo, na maior parte das vezes? É um blog mantido pela assessoria de imprensa da empresa, com uma linguagem formal, nada mais nada menos que uma relação de releases. Geralmente é isso. Ou é justamente o contrário, é uma tentativa de ser cool, de parecer legal, só que o resultado geralmente é um “Hein? Pra que isso?”.

Pois é, foi num equivocos que se meteu a Microsoft Brasil. Os caras tiveram a idéia de criar o Ócio 2007, um blog “feito por uma equipe de jornalistas, blogueiros e desenvolvedores que, a partir de recursos do pacote Office, criam aplicativos divertidos e inusitados para os momentos de lazer. O objetivo é reforçar a versatilidade do sistema e estender também seu uso no trabalho. “. E assim vemos posts sobre:

É gozado isso… Enquanto a gente vê empresas tendo que instalar uma cópia do Windows em uma máquina e configurar essa cópia sem os jogos para então instalar o Windows via Ghost na outras máquinas, justamente para que os funcionários não fiquem coçando o saco, o que a Microsoft faz? Ensina a como usar o Word para fazer isso! Genial! Domenico de Masi está dando pulos de alegria! Agora o grande lance é esperar o próximo post ensinando como, usando macros do Excel, você pode criar um jogo de paciência!

Sinceramente…

Ideologia é estupidez

UOL – Estudantes da USP violaram 46 computadores da reitoria

São Paulo – Os alunos que ocuparam a reitoria da Universidade de São Paulo (USP) trocaram o sistema Windows dos computadores dos funcionários pelo Linux, um software livre. De fundo ideológico – o sistema operacional pode ser baixado gratuitamente da internet, enquanto a Microsoft cobra cerca de R$ 300 -, a mudança acabou apagando arquivos eletrônicos.

Em entrevista à Rádio Eldorado ontem, a reitora Suely Vilela disse que 46 computadores foram violados, dos quais somente 13 poderão ser recuperados. Além de terem sido formatadas, faltam peças em algumas máquinas. “Não há o que comemorar. A instituição foi duramente ferida na sua integridade. O sentimento agora é uma mistura de indignação e melancolia.”

Foram registrados furtos de 4 notebooks e 13 monitores, além de projetores, impressoras e scanners. “Os danos não materiais, de documentos históricos por exemplo, ainda vamos apurar.” Suely assinou um compromisso de não punição dos alunos, mas disse ontem que só os atos caracterizados como “de greve ou protesto” não serão punidos.

A pró-reitoria de Graduação foi um dos departamentos mais afetados. Dos 13 computadores de lá, apenas 1 está funcionando. A pró-reitoria está usando máquinas emprestadas pela Fuvest. “Sumiram dicionários e um laptop”, diz uma funcionária. Segundo ela, a geladeira e o aparelho de fax de seu escritório foram encontrados em outras salas. “Na minha mesa, havia documentos da consultoria jurídica, que fica no sexto andar”, contou ela, que trabalha no térreo. Louças e talheres da reitoria também sumiram. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Temos que dar os parabéns aos estudantes que invadiram a reitoria da USP. Afinal de contas eles estão certos, temos mesmo que ir lá e instalar o Linux sobre o sistema do mal, apagando arquivos que estão na máquina sem mais nem menos. Afinal se os arquivos foram criados no Windows eles são do mal também, nada mais óbvio! Por Deus…

É, é olhando a execução de uma estupidez dessas que se entende porque tem universitário que sai espancando pessoas e se justificando que acharam que era “só uma prostituta”. Foi-se o tempo que se esperava de um estudante universitário que ele tivesse neurônios na cabeça.

LinuxBras

Estava agora mesmo conversando com o Maurício Renner pelo MSN, falando sobre o fato da Mandriva anunciar que não faria nenhum acordo com a Microsoft quando lá pelas tantas caimos no assunto Computador Para Todos. Foi aí que eu comentei com ele uma idéia que eu e o Fernando Massen já trocamos a muito tempo atrás: a criação de uma espécie de LinuxBras.

Caaaaaaaalma, deixe-me explicar…

O programa Computador para Todos (CpT daqui em diante) tem uma série enorme de méritos. Ele como programa tem seus problemas, mas o caso é que graças a ele os vendedores começaram a vender máquinas que não são topo de linha para camadas maiores da população. Eu vejo o programa como o Plano Real: o que foi que havia na época da hiper inflação? Havia uma cultura de que sempre se tinha que aumentar os preços, se perdendo totalmente as referências. E o que fez o governo? Veio com a UFIR e depois mudou a moeda, mostrando que muito da inflação que havia era cultural. E o CpT fez? Mostrou que há uma camada da população que quer ter um computador mas que não precisa de uma super máquina. Que quer editar um texto, navegar pela Internet e por aí vai. Antes esse cidadão geralmente fazia o seguinte: abria o caderno de classificados e comprava um computador de segunda mão, sem assistência técnica, rezando para que o bicho nunca desse problema. E assim era até aparecer o CpT, que pode não ser um grande sucesso de vendas, mas que fez com que várias lojas (principalmente cadeias de lojas) passassem a vender máquinas mais pé no chão. Algo super comum nos Estados Unidos, mas que não se refletia por aqui.

Mas enfim, nesse ponto (quebra de paradigma) o CpT foi um sucesso, mas porque o programa em si não o é? Bem, na minha opinião, um dos grandes erros do programa foi o governo ter deixado que os computadores saissem cada qual com uma distribuição escolhida pelo fabricante. Por exemplo, os computadores Itautec que participam do programa saem de fábrica com uma distribuição feita pela própria Itautec, o Librix. Já outros fabricantes usam outras distribuições, o que faz com que os usuários do programa vivam uma verdadeira guerra de distribuições.

É nesse ponto que eu acredito que deveria haver uma espécie de LinuxBras. Não, não seria uma estatal tipo Petrobrás, mas sim um consórcio das empresas participantes mais governo. Sei lá como se organizaria isso, mas o caso é que essa “entidade” seria responsável por criar ou adaptar uma distribuição aberta para uma que outra customização (página inicial no Firefox, essas coisas), com um checklist rigoroso no caso de drivers e dispositivos. Afinal o que mais se vê pelas listas de discussão é gente reclamando de que tem computador aí sendo vendido com linux não configurado direito, onde o usuário compra, tenta se conectar e o modem da máquina não responde. Quando se vai ver dentro da máquina o que tem? Pois é, um winmodem…

Pois é, e porque acontece isso? Porque tanto amadorismo? Bem, volta e meia aparecem boatos de computadores sendo vendidos pelo programa com o vendedor oferecendo o Windows por fora, di grátis. Ou seja: o computador vendido só tá com o Linux para se obter os incentivos fiscais do programa, para justamente ter uma vantagem competitiva. É isso ou, no primeiro problema que dá na máquina, a loja recomendar que se instale o Windows sobre o Linux.

E isso acontece porque não saiu do governo uma especificação mais rigorosa do SO. Para agradar a “comunidade”, que fica brigando entre si discutindo qual é a melhor distribuição, se essa é mais livre do que aquela, resultou que foi decidido que os computadores deveriam ter um sistema operacional livre rodando um editor de textos, um navegador web, um etc, etc, etc. Não se deu nenhum nome aos bois aí, simplesmente se deixou a coisa extremamente vaga. Houve muita preocupação com os produtores de distribuições menores, deixando de lado justamente o elo mais importante dessa corrente, que é o cliente.

E como fazer para resolver isso? Como fazer para o programa ser o sucesso que merecia ser? É aí que se entraria o papel da tal LinuxBras, que faria uma distribuição de forma séria. Quem faria essa distribuição? Ora, aí que entra a concorrência: primeiramente que se fizesse uma especificação do que o sistema deveria ter (na verdade já há essa especificaçã0) e a partir dela a distribuidora que apresentassem a melhor implementação seria a escolhida. E os computadores comercializados deveriam ter essa distribuição instalada, com um checklist de coisas óbvias do tipo “Modem está conectando?” sendo seguido para a obtenção do selo do programa, e, por consequência, de incentivos fiscais.

Ok, podem dizer “mas que idéia de jerico!”.

É o amor

Saiu no site G1 uma reportagem sobre a relação das piores profissões do mundo na área científica, relação essa feita pela revista Pop Science. Obviamente se caiu na categoria profissões nojentas, onde o profissional tem que agüentar coisas escabrosas. Muitas vezes é coisa para pessoas com estômago forte.

Mas o que me chamou a atenção foi esse trecho sobre a profissão de entomologista forense:

Trocando em miúdos, a especialidade da área é resolver assassinatos pelo estudo das larvas de insetos. “Um dia fui chamado a ver um corpo com insetos nele. Descobri que se tratava de um rapaz que eu conhecia, e havia larvas de insetos nos seus dentes. Então achei outras nos seus olhos, e pensei, isso é o que eu quero fazer, isso é muito legal”, relata Neal Haskell, professor de entomologia forense na Universidade St. Joseph.

Deixe-me entender: a mulher vai lá, olha o cara sendo comido por larvas, cara esse que ela conhece, e achou isso… muito legal?

O cara só pode ser ex-namorado do tipo palhaço. Sim, só pode ser isso. Não tem explicação pra tanto ódio, não tem…

Update: fui ver lá na página da matéria original e encontrei que na real “The corpse turned out to be a guy I used to have breakfast with”. Pelo jeito o cara não era ex-namorado, mas sim um conhecido que simplesmente estragava o dia dela…

Adaptação

Sábado de noite eu e a Taila inventamos de ir para Porto Alegre ver um show lá. Se enchemos de casacos, aliás tivemos que comprar uma blusinha a mais para ela, e enfrentamos a friaca. Assistimos o show e pegamos correndo o ônibus de volta para São Leopoldo, para ir logo pra cama e se esquentar. No que chegamos na cidade vi o termômetro na rua: 2 ºC. Frio do cão.

Bem, isso foi sábado. Eis que hoje, quatro dias depois, estou usando camiseta e vendo a previsão do tempo:


Sim, 30 ºC. Depois não é de se ficar toda hora resfriado, afinal dá-lhe adaptação para ficar aguentando essas mudanças malucas de temperatura aí.

Bem, poderia ser pior. Vai que um dia eu fique perdido no Deserto do Atacama. Lá sim a temperatura varia que é uma beleza…

Botando ordem no galinheiro

Acabo de ler na Radinho uma dica pra lá de preciosa para todos aqueles que foram lesados alguma vez na cobrança do seu telefone. No caso estava sendo discutido o que fazer com uma cobrança indevida feita pela Vivo, mas a dica vale para todas as empresas de telefonia brasileiras:

René, uma dica infalível.

Ligue pra eles pra reclamar e não esquente com que eles irão dizer. Sua missão deverá ser: conseguir o número de protocolo de reclamação.

Como este número em mãos, nem ligue mais pra Vivo, ligue diretamente a Anatel ( 0800-33-2001 ) e abra uma reclamação fornecendo o número do protocolo da reclamação.

Em no máximo 3 dias, irá ligar pra você alguém da Vivo, que a primeira coisa que irá fazer será pedir-lhe desculpas e com ele você conseguirá ter uma conversar baseada em bons argumento e racionalidade, com direito a não ter que ouvir nenhuma combinação de verbo+gerúndio.

As operadores têm algumas metas a cumprir com a Anatel e eles simplesmente dão prioridade total em tentar resolver questões menores para não terem seus pontos (negativos) aumentados.

Depois que descobri este procedimento, não perdi mais nem um só fio de cabelo sequer por causa de reclamação com operadoras.

E fica registrado: por essa dica aí estou devendo um chopinho ao Adriano Dias, que vou pagar na próxima viagem que eu fizer para São Paulo. 😉