Indo além dos limites

Pois é, eis que terça-feira fui na casa do Fabrício Carpinejar dar uma força pra ele… O problema? Simplesmente o blog dele estourou os limites do Blogger.com.br, de forma que foi necessário criar um novo blog. Assim sendo, entre conversas legais, banhos de caipirinha e pão sírio com creme de grão de bico nasceu o novo endereço:

http://www.fabriciocarpinejar.blogger.com.br

Preciso dizer que é para atualizar o bookmark? Não né? 😉

A Justiça nos faz cegos

Pois é, pelo jeito a Daniela Cicarelli conseguiu: ela é desde já a pessoa mais odiada na Internet brasileira em 2007, visto que ela conseguiu fazer com que usuários da Brasil Telecom não tivessem mais acesso ao YouTube. Para ganhar desse feito só se ela conseguisse tirar o acesso dos brasileiros ao Orkut.

Mas o mais surpreendente nessa história toda é a facilidade com que pode-se fechar o acesso a um site. Peguemos o caso do próprio vídeo da Cicarelli: quem colocou ele no ar? Foi o YouTube ou um usuário? Dá até para lançar uma “teoria da conspiração”: levando o tamanho da multa (10 milhões de reais) quem não garante que não é a própria Cicarelli que fica colocando de volta o vídeo no ar toda vez que o YouTube o retira? Afinal o YouTube não tem como ficar controlando em tempo real todo os vídeos que são colocados lá… Enfim, isso é teoria da conspiração, mera maldade minha, mas o caso é que é possível isso acontecer sim. E sendo possível quem não garante que essa ação não abre brecha para futuros bloqueios? Quem garante que numa época de eleição alguém crie um falso escândalo para fechar as portas de acesso ao site, tirando dos brasileiros acesso a outros vídeos, vídeos esses com denúncias contra políticos? Pois é… A nossa sorte é que, como sempre, é possível quebrar tais bloqueios.

Bem, o caso é que nessa história quem perde é o próprio país, porque simplesmente o YouTube está reinventando a TV, e com esse bloqueio iniciativas interessantes como essa vão prás cucuias. Aliás, será que a Cicarelli vai indenizar os sites que de uma hora para outra não tem mais como disponibilizar seus vídeos? Se eu colocasse material meu na rede e usasse o YouTube para divulgar tal material com certeza ia meter um processo nessa mulher. Nada mais justo ser indenizado, não? Afinal, que culpa tenho eu, pobre criador de conteúdo que quer botar ele na rede para divulgar o meu trabalho, se uma idiota (que de idiota não tem nada, já que com essa história o nome dela não sai mais da mídia) transa com o namorado numa praia na frente de todo mundo e é filmada? De qualquer maneira, eu, como cliente de um provedor de acesso, posso pedir indenização


Olha lá amor! Um paparazzi com um celular! Uhu!!!!

Update: o Solon reclamou que tem blogueiro por aí (incluíndo eu) que sai acusando a Brasil Telecom cedo demais, o que não deixa de ser verdade, pelo menos no meu caso. A partir da notícia dada no Terra já saí concluindo, o que foi um erro e peço desculpas. De qualquer maneira na InfoOnline saiu a confirmação de que a BrT de fato bloqueou o acesso ao YouTube, de forma que meu erro pode até ser minimizado, mas vou tomar mais cuidado com questões como essa para não cair na calúnia pura e simples. Valeu o puxão de orelha Solon!

Chama o ladrão


Algum idiota aqui nas redondezas de casa fez a proeza de instalar um alarme daqueles tipos que parecem caminhãozinho de brinquedo, fazendo aquele barulho de “bzt bzt bzt tuim tuim tuim uiiiimmmmm uiiiiimmmm” e por aí vai, e o troço dispara às 5 da madrugada. Lá pelas 5h20, depois de ficar uns 10 minutos ouvindo a barulheira, ligo para a Brigada Militar.

Primeiro eles dizem que ninguém ligou para eles, que eles não têm nenhuma reclamação nesse sentido. Segundo, eles sugerem que eu vá ver no prédio onde o alarme está tocando para pegar o número da empresa de segurança e ligar para eles, para que eles desliguem o alarme. Argumento que eu moro em um prédio, que não sei onde que o alarme está tocando, que eu não vou sair na rua para dar de cara com um assaltante. O brigadiano responde dizendo que vai ver o que pode fazer.

Praticamente uma hora depois ligo novamente para a Brigada, pois o alarme continua tocando. Falo isso para eles, digo que pelo jeito é na praça da biblioteca municipal e o brigadinao novamente diz que vai ver o que pode fazer, dessa vez complementando “mesmo que a gente não tenha como desligar essa porra”. Sim, assim mesmo…

Pois é, essa é a Brigada Militar de São Leopoldo, essa é a segurança pública do Rio Grande do Sul.

Birthday

Pois é, eis que esse blog está fazendo 6 anos hoje. Confesso que não tenho paciência para contar quantos posts e comentários foram nesse tempo todo (tenho que integrar a base de dados do B2 e do WordPress um dia desses…), contudo me surpreendo por continuar com ele após tanto tempo. Afinal esse blog nasceu por causa de uma indefinição de rumos da minha página pessoal, já que o “Charles? Que Charles?” existe desde 1996. Mas o caso é que era uma página de apresentação pessoal sem nenhum atrativo, sem nada de especial, com uma que outra informação que fugia disso (por exemplo, a página que eu fiz sobre o Pato Fu). E se a gente olhar hoje o “Charles? Que Charles?” continua assim, tanto que o que vemos é um template padrão do WordPress.

E porque foi que eu criei o blog? Não sei, não lembro direito… Lembro que vi algumas páginas com esse formato, achei interessante e resolvi aderir. Gostei da idéia de ir colocando coisas como links, pensamentos, imagens, à medida que ia pintando na cabeça. E foi com surpresa que vi que tinha gente que passou a acompanhar o meu blog, a ler ele de vez em quando, a deixar comentários. E nesse meio tempo obtive vários bons amigos, com quem conversei noites e noites no MSN, com quem saí e tomei umas que outras batendo um bom papo, quebrando as pernas de quem insiste naquela conversa de que a rede afasta as pessoas. Sim, óbvio que arranjei alguns desafetos, o que é normal quando se fala o que se pensa, mas isso faz parte da vida. Aliás, consegui mais desafetos por fazer parte do Gordurama do que por causa desse blog, e isso que eu quase não escrevo lá… Mas enfim, o caso é que esse blog até hoje me deu mais amigos que inimigos, mais alegrias que tristezas. 🙂

E quando vejo no Bloglines que mais de cem pessoas se deram ao trabalho de pegar o endereço do RSS e ir lá e clicar no botão de Add (já que eu não movi um dedo no sentido de simplificar o processo de inscrição em qualquer leitor de RSS que seja) eu realmente me sinto comovido. Quando vejo que há uma média diária de 600 visitantes nesse blog (ok, creio que 80% desses acessos aí são de robôs de inserção de spam em comentários, tanto que quando mudei algumas coisinhas na configuração do blog, dificultanto a inserção de comentários, essa média caiu bastante) eu me surpreendo. Vale lembrar: esse blog é um passatempo sem maiores compromissos, sem objetivos do tipo se tornar referência nacional ou internacional em tal ou tal assunto, onde escrevo de tudo um pouco, o que faz com que esse blog não tenha uma personalidade, onde ele é uma casa da mãe Joana onde qualquer assunto que chame a minha atenção acabe se encaixando. Assim, ter tanta gente acompanhando esse cantido do ciber-espaço é algo que me faz pensar que até que eu faço a coisa direitinho. Ah, sim, e antes que alguém venha dizer que tô botando esses números de acesso para me gabar só digo que esses números são um nada diante de blogs como o da Cora Ronai. Assim sendo, quando você fizer um blog, pense que você pode facilmente ter tudo isso de leitores e acessos. Afinal se o Charles pode você também pode. 😉

Enfim, cá estamos com esse blog na rede a seis anos. Para algo que começou de forma totalmente descompromissada é agradável ver que se chegou nesse ponto. E fica o convite para os leitores dessa publicação com notas dispostas de forma cronologicamente invertida em particular que entrem na comunidade Charles? Que Charles? que montei no Orkut a um tempinho atrás. É legal navegar pelos perfis dos membros da comunidade e ver o que eles gostam em termos de música, filmes, livros, e ver que há realmente pontos de afinidade. 🙂

Finalmente

Com o cancelamento do ADSL aqui em casa (o motivo para suspender o serviço foi o preço absurdo cobrado pela Brasil Telecom) acabei voltando ao acesso via linha discada. E finalmente me tornei um usuário Linux no que se refere ao desktop, no caso do Kalango Linux. Por quê? Simplesmente porque ao me conectar usando o Windows XP a conexão dura uns 5 minutos, quando muito, enquanto usando o Linux eu estou conectado a horas sem problemas. Não sei qual foi o milagre que o povo que mexe no kernel fez, mas a vontade que dá é de aplaudir.

E no que se refere a usar mais o Linux que o Windows o mais interessante é que o uso diário do Linux tem se revelado mais simples. É só partir do fato de que o menu de navegação é, antes de tudo, lógico. Em vez de ver uma palavra chave como “Iniciar “eu vejo algo que é o cúmulo do óbvio: “Menu”. Escolhendo ele dou de cara não com uma pasta chamada Aplicativos, onde estão todos os programas organizados pelo nome do fabricante e/ou produto, mas sim por algo mais prosaico que é o tipo de aplicativo. Assim sendo, se eu quero abrir um editor gráfico é só ir em “Gráficos” e deu pra bola. É um detalhe pequeno, simples, mas que faz uma diferença desgraçada. E é engraçado ver como eu simplesmente não sinto grandes mudanças de interface no que diz respeito ao uso de um sistema operacional ou de outro. Talvez a única coisa que eu sinta falta no Linux é o fato de que no teclado o botão de “Sleep” não funciona, de forma que toda vez que eu quero sair de casa sem deixar a máquina ligada tenho que passar pelo processo tedioso de shutdown. Talvez eu tenha que configurar alguma coisa, uma hora dessas eu dou uma procurada na rede para resolver isso, mas o caso é que tirando isso não tenho nenhuma restrição ao uso do Linux como desktop do dia a dia, restrição essa que eu tinha tempos atrás, e que me fazia defender a migração gradual para o software livre. Continuo defendendo isso, acho que o usuário é penalizado quando se faz uma mudança radiacal de ambiente operacional, mas o caso é que…

Bem, acho que finalmente eu posso dizer, por experiência própria, que o Linux como desktop está maduro. 🙂 E o melhor de tudo: não copiando o Windows, mas melhorando ele.