Viajar é preciso

Jornalistas da Web – E se todos tiverem um laptop de 62 reais por ano?

Você pagaria cem reais por ano para ter um laptop como o XO com acesso internet sem fio? Velocidade igual à linha discada, sempre conectado, ligando para todos os outros 180 milhões de brasileiros donos de um aparelhinho igual, sem contas telefônicas.

Pois o Projeto Um Laptop Por Cidadão custaria ainda menos: 62 reais por ano, para cada brasileiro. Pouco mais de 5 reais por mês. O mesmo que um serviço telefônico Bina, por exemplo.

Se houvesse um projeto chamado One Laptop per Citizen…

O roubo de laptops seris mínimo, porque todos teriam o seu. Não teria valor de revenda porque não haveria mercado.

Seria como uma carteira de indentidade, cartão e porta de acesso aos serviços públicos, multicomunicador, instrumento de trabalho. Funcionários públicos e privados usariam o seus XO para o serviço, desonerando compra de computadores desktops. Todos os funcionários estariam em contato com seus administradores.

E todos os brasileiros estariam de olho nos seus administradores.

Por 62 reais ao ano, talvez o grande irmão fossemos todos nós…

Pois é, viajar é preciso… Apesar de simpático à idéia a questão é: Como? Criando uma NoteBrás? Por mais que eu olhe os cálculos do Meira e simpatize com eles ainda acho que dentro de 5 anos todos nós vamos ter condições de ter um computador de bolso, sem precisar da interferência do grande fomentador Estado. O próprio mercado vai se encarregar de disponibilizar computadores assim por baixo custo. É só uma questão de tempo.

Calmará el agua su calor?

Pois é, sabe o vídeo do flagra na praia Daniella Cicarelli? Pois é, pois é, olha só o que o Mini colocou lá no Conector:


Não sei se vídeo é um daqueles vídeos propostas que fazem para um cliente para mostrar uma idéia, etc e tal, mas o caso é que se a Secretaria de Saúde do RS inventou de fazer esse viral eu só posso dizer: Parabéns! Ficou muito massa! Me matei rindo aqui. 😀

E a pergunta que fica é: será que a Cicarelli vai pedir pro YouTube tirar esse video do ar também?

Falando besteira

MeioBit – Boa notícia: Opera roda no OLPC. Má notícia: Negroponte é um xiita

HÃ¥kon Wium Lie, que embora seja norueguês e tenha nome de variedade de bacalhau na verdade é Chief Technology Officer da Opera Software. Ele escreveu um texto, super-excitado, sobre a chegada de um OLPC (o computador de €100) em seu blog. Nele conta como correram para experimentar a versão 9.1 do Opera na minúscula máquina.

Como demonstração da robustez do código, em tempos de bloatware, o Opera instalou sem problemas, rodando redondinho e aproveitando ao máximo os 200DPI da telinha, gerando imagens excelentes. Vejam, não é uma versão resumida, hackeada ou limitada. É o Opera full. Isso quer dizer que as crianças podem ter a mesma experiência que teriam navegando em uma maquina dezenas de vezes mais cara, além de acessar todos os outros recursos, como email, news, bit torrent, etc, certo?

Errado. Opera não é Open Source, Nicholas Negroponte e outros declararam que o OLPC só trará programas Open Source.

<sarcasmo>É isso aí. Viva a liberdade.</sarcarmo>

Confesso que quando li essa notícia aí no MeioBit achei estranho, pois o tom dela tem mais a ver com o Baboo… Ah, tá, foi escrita pelo Cardoso, e ultimamente ele tem se preocupado mais em ser famoso do que com o que escreve, ok, ok… Assim sendo, creio que é mais do que hora de alguém dar um puxão de orelha no Cardoso, pois está havendo tanto deslumbramento no esforço dele ser o primeiro pro-blogger brasileiro que algumas coisas estão sendo deixadas de lado.

Primeiro vamos colocar o seguinte: o fato do Opera rodar no OLPC não é uma surpresa. Há uma versão Linux do Opera que não é de hoje, o OLPC não difere muito de outras distribuições, etc, etc… Quem se der ao trabalho de instalar o emulador do OLPC na sua máquina, inclusive, vai ver que instalar o Opera é de fato possível. Não digo que seria trivial para uma criança, mas um tio mais dedicado pode muito bem fazer isso. E porque então não é instalado o Opera em vez do Mozilla adaptado que está lá? Bem, vale lembrar mais uma vez: por trás do OLPC há um projeto pedagógico. Tanto há que a interface do browser no OLPC foi simplificada ao extremo.

Outra questão que deve ser levada em conta é que o Projeto OLPC desde o começo se posicionou dizendo vamos usar software livre. Não é questão de xiitismo, de ser radical, é uma questão prática, como se pode ver nos motivos lá listados. Talvez a maior prova de que o Negroponte não é xiita é o acordo feito com o fornecedor das placas wi-fi de não divulgação de informações, o que vai contra tudo o que os radicais do software livre assim como as críticas que o próprio fez ao Linux. Além disso coloque um software proprietário no projeto e começam problemas de controle sobre o que a ferramenta vai fazer, questões de licensiamento, definições de se esse computador pode ou não ter uma versão comercial (faz parte do projeto, já que a venda desses vai subsidiar a produção dos destinados para as crianças).

Como se vê não é só uma questão de “liberdade”. Como já falei outra vez o OLPC poderia muito bem usar o Windows no lugar, só que mais importante do que os programas que rodam nesse laptop é a visão pedagógico por trás dele. Oras, se simplificaram o browser de que adianta botar uma versão do Opera cheia dos penduricalhos? Para um pouco e pensa antes de sair chutando o balde Cardoso!

Visão romântica

UOL: Demitido, repórter acusa TV Globo de manipulação na cobertura eleitoral

Rodrigo Vianna, repórter-especial da TV Globo de 1995 até esta terça-feira, enviou ontem (19/12) a colegas uma carta em que acusa a “Globo” de manipulação em sua cobertura das eleições presidenciais. Vianna divulgou o texto após receber o aviso de que seu contrato não seria renovado.

Sabe, eu li e, tirando os questionamentos totalmente válidos do Rodrigo Vianna, fiquei me perguntando em que mundo ele vivia. Afinal desde sempre se falou nas manipulações da Globo, manipulações essas que estão no cerne da empresa, como se pode ver no documentário Além do Cidadão Ken. De qualquer maneira a resposta está na própria carta aberta que ele enviou:

Era um ambiente mais caseiro, menos pomposo. Hoje, na hora de dizer tchau, sinto saudade de tudo aquilo.

Havia bares sujos, pessoas simples circulando em volta de todos nós – nas ruas, no Metrô, na padaria.

Todos, do apresentador ao contínuo, tinham que entrar a pé na Redação. Estacionamentos eram externos (não havia “vallet park”, nem catraca eletrônica). A caminhada pelas calçadas do centro da cidade obrigava-nos a um salutar contato com a desigualdade brasileira.

Hoje, quando olho pra nossa Redação aqui na Berrini, tenho a impressão que estou numa agência de publicidade. Ambiente asséptico, higienizado. Confortável, é verdade. Mas triste, quase desumano.

Mas, há as pessoas. Essas valem a pena.

Tá explicado! O cara era um romântico, daqueles que ainda acreditam no papel sagrado do jornalismo, tanto que confundia o ambiente (bar pé-sujo, redação bagunçada) com o resultado. Nem parece que era justo na redação junto aos bares que ocorreu a maior manipulação midiática da história da política brasileira… No fim das contas essa carta aberta aí do Rodrigo Vianna não trouxe nada de novo, só servindo para ele se queimar. Não vou estranhar se ele só conseguir achar emprego junto ao Observatório de Imprensa, que é o grande antro de Don Quixotes do jornalismo brasileiro.

E fica a pergunta: quando é que as faculdades de jornalismo no país vão dar a real pro estudante e mostrar que não existe jornalismo imparcial, mas sim jornalismo que mostra a visão do dono do veículo? Se a visão do dono do jornal é imparcial o jornal será imparcial, senão vai servir para difundir o que o dono do jornal acha que é melhor, simples assim. Na verdade o grande erro do jornalismo é não assumir a parcialidade, não ter dentro do veículo um espaço dizendo “É nisso que esse veículo acredita”. O problema não é a parcialidade, mas sim a falta de transparência.

Água que passarinho não bebe

Sabe, se tem algo que me surpreende na música brasileira nos últimos anos esse algo se chama Seu Jorge. Afinal não há como explicar o crescimento desse cara, já que ele é a MAIOR FRAUDE que apareceu na música brasileira nos últimos 500 anos. Ele é ruim, toca de um jeito tosco que parece que ele entrou ontem nas aulas de violão, faz firulas vocais (sem ter voz) ridículas para fingir que é O cara e tem um monte de neo-fã dos Los Hermanos babando aos pés dele. Além disso ele vive de avacalhar com as músicas alheias. David Bowie e Damien Rice que o digam… O que as pessoas querem com uma figura dessas?

E agora, para complicar, o cara inventou de gravar um single para a cachaça Sagatiba. Ok, toda a liberdade do mundo para ele fazer isso, tá no direito dele, só que não basta gravar um single, tem que ter uma “ação de marketing” por trás. Então o que está acontecendo é que em São Paulo estão aparecendo em vários locais da cidade “intervenções urbanas”, grafites feitos com stencil, da imagem do Seu Jorge com a frase “Eterna busca do valor mais puro”, como pode ser visto nesse post do Fábio Yabu. Não é a primeira vez que a Sagatiba faz uma ação de marketing “viral” usando stencils. Ela já fez isso em Londres, por exemplo, provocando debates sobre a legalidade de tal tipo de campanha. Afinal estamos falando de propaganda de uma bebida alcóolica utilizando espaços públicos.

E daí entra em questão o fato dessa campanha do Seu Jorge ser em São Paulo. Vale lembrar que em 26 de setembro a camera de veradores de São Paulo aprovaram a Lei Municipal 14.223, a denominada “Lei da Cidade Limpa”, que visa combater a poluição visual em São Paulo. Ok, a entrada em ação da lei foi adiada, porém o que se vê no caso do Seu Jorge é que várias vezes foi aplicada o stencil em postes de luz. Oras, até onde eu sei não é assim para usar postes de luz, que são considerados patrimônios públicos. Posso eu entender assim que essa ação de marketing aí, além de sujar a cidade, não está também sendo ilegal?

E no que se refere ao single, qual será a posição do Conar diante disso? Como apontou o Cristiano Dias essa música está tocando na programação das rádios e nela não se vê nenhuma das advertências devem acompanhar as bebidas alcóolicas, como definido no código de auto regulamentação publicitária. O jabá aqui tá tão escancarado que o próprio Cris tá pensando em tomar uma providência e mudar de marca de cachaça para a caipirinha dele… Não, ele tá pensando em uma cachaça boa, não em tomar uma providência qualquer.

Mas enfim, o caso é que a Sagatiba está mostrando ser uma verdadeira água que passarinho não bebe, sujando espaços públicos, apoiando uma ação de marketing jabazenta e forçando a tal ponto que até um espaço que gosta desse lance de marketing viral, que é a Brainstorm #9, achou que faltou sutileza. O meu consolo é ver que com essa história o Seu Jorge se meteu numa eterna saia justa, já que colocando essa música no seu disco e nos seus shows ele vai passar a ter problemas de patrocínio de outras bebidas. O cara merece.

E garçon, me vê uma caipirinha de vodka!

Piscinão de Ramos

Sobrevoando o Vale do Paranhana (que é onde fica Taquara, Três Coroas, Igrejinha, Parobé, etc…) no Google Earth eu costumava ter minha atenção desviada para um local em especial, um parque com vários lagos, piscinas, cabanas e por aí vai.


Eu sempre olhava esse local aí e ficava me perguntando se era a sede social de um clube, um hotel, enfim o que era… Como se pode ver pela foto é realmente um estrutura que chama a atenção.

Pois bem, domingo, com o calor desgraçado que estava em Taquara, eu e a Taila enchemos o saco do meu pai, perguntando onde a gente podia ir se refrescar e ele falou de uma tal de EcoLand, que ficava logo ali em Igrejinha. Fomos dar uma olhada e quando vejo é o tal parque. Na verdade é um parque hotel de 123 hectares, com hotel, cabanas, passeios de cavalo, meses com churrasqueira no meio das árvores e, principalmente, piscina.

Olha, juro que nunca vi na minha vida uma piscina com tanto cheiro de cloro, mas num calor passando de 35ºC só posso dizer que maravilha de piscina. Valeu a pena ir lá e ficar largado na água quente, mesmo com o pagodão/funk rolando no sistema de som do lugar. O lugar era um verdadeiro piscinão de Ramos, com direito a dancinhas na beira da piscina, mas dane-se: foi refrescante. E meus pais ainda se divirtiram passeando de charrete pelo lugar.

E a boa foi o João, que do alto dos seus 8 anos adorou a comanda: “Nossa, é mostrar esse papel e eles te dão as coisas de graça! QUE MASSA!!!”.

Na galera

Pois é, quando tudo indicava que o melhor clipe feito em 2006 ia ser do Ok Go com o Here It Goes Again eis que o U2 aparece nos 45 minutos do segundo tempo com essa pérola de simplicidade e beleza que é Window in the Skies:


É de ficar se perguntando quanto foi pago de royalties para uso de imagens aí nessa brincadeira… Afinal está quase todo mundo que importa ali. Quase, já que não achei Beatles em lugar nenhum. Mas o detalhe, a cereja do bolo, é ver o pessoal do U2 no meio da galera, vendo o show. Isso sim é legal.

Update: pois é, ainda não achei os Beatles ali no meio, mas tenho a impressão que é o George Harrison ali nos 00’59” …

Juntos novamente

Folha de São Paulo: Morre pai do Scooby Doo, Flintstones e Jetsons

Aos 95 anos, Joseph Barbera, co-fundador da empresa de desenhos animados Hanna-Barbera, morreu nesta segunda-feira (18), de causas naturais, em sua casa em Los Angeles, ao lado de sua mulher Sheila, informou o estúdio Warner Bros., sem fornecer mais detalhes.

Ele foi um dos criadores de personagens dos desenhos animados, como Tom e Jerry, Scooby Doo, os Flintstones, os Jetsons, Dom Pixote e Zé Colméia, entre outros.

Barbera fundou a Hanna-Barbera com William Hanna em 1957. A empresa cresceu e se tornou uma das marcas mais famosas de Hollywood no ramo da animação.

Hanna morreu em março de 2001, aos 90 anos. Entre 1943 e 1952, a dupla ganhou sete Oscar. A série “Os Flintstones” foi um grande sucesso de audiência nos EUA. Entrou no ar em 1960. Foi a primeira série de animação a ocupar o horário nobre. Segundo a Warner Bros., atualmente é exibida em mais de 80 países.

Antes de se dedicar exclusivamente aos desenhos, trabalhou em um banco, chegou a ficar desempregado e passar dificuldades financeiras, antes de se tornar uma lenda da animação. Barbera nasceu em Nova York no dia 24 de março de 1911. Ele tinha três filhos (Jayne, Neal e Lynn).

Pois é, a dupla Hanna-Barbera está junta novamente. E nós, pobres mortais que somos, só podemos esperar que lá onde eles estão eles façam mais desenhos e personagens legais, sob medida para a gente quando a nossa hora chegar.

Valeu Hanna, valeu Barbera. Vocês foram grandes.

No more InterRegional

Ontem de manhã eu e a Taila fomos para Taquara visitar meus pais, já que eles vão essa semana para a praia e só vão voltar ano que vem. Isso quer dizer que pegamos um ônibus da Citral às 6h35m da manhã. Sim, é esse horário que a Citral coloca ônibus semi-direto de São Leopoldo para Taquara no domingo de manhã. No mais, só ônibus pinga que leva quase duas horas para fazer um percurso de 70 kms passando por tudo que é cafundó do Judas possível e imaginável. Assim sendo, no que chegamos em Taquara fomos dormir um pouco, já que acordar cedo e ônibus dá mais sono ainda, de forma que não olhei o jogo do Internacional.

Mas afinal eu queria olhar o jogo do Internacional? Na real não. Futebol realmente não me agrada, sou colorado mais por uma questão familiar (meu pai é colorado e meu sobrinho é o goleador da escolinha do Inter de Taquara) do que por qualquer outra coisa. Geralmente gostava de ver as tirações de sarro que havia entre os times, as piadas, e me surpreendia como o pessoal podia ser criativo. Óbvio que há piadas em cima dos adversários que são totalmente sem graça, preconceituosas (chamar colorado de macaco com fortes conotações racistas é o que mais tem) mas esse ano me envolvi mais. E porquê? Por causa do fator Paquito.

Paquito é o apelido de um colega de trabalho que é um gremista fanático. E à medida que o Internacional ia se destacando mais gremista ele ficava, e mais e mais ele pegava no pé dos colorados aqui onde trabalho. Simplesmente o que era uma brincadeira entre torcedores foi ficando algo muito chato, e chegou um ponto que eu estava realmente torcendo pro Internacional ser o campeão mundial, só para ver com que cara ele ia ficar. Confesso que quando o Internacional ganhou a Libertadores o sofrimento no rosto dele era tão evidente que até fiquei com pena, mas enfim, o caso é que ainda havia o mundial pela frente.

E eis que o Internacional ontem se tornou o Campeão Mundial Interclubes. Primeiro clube gaúcho campeão com o reconhecimento da Fifa. E hoje, na hora de tirar a foto do setor com todos os colorados lá estava ele, o Paquito, junto, levando na boa, usando uma camiseta do Grêmio, dizendo que já que era a foto dos campeões do mundo ele tinha que estar lá. Óbvio que no fim das contas ele não saiu da foto, o pessoal disse que nananina, ali ele não ia ficar, mas no fim das contas venceu o bom humor.

Então, em homenagem ao Paquito, eis uma foto dele, tirada quando ele tava tirando sarro do Inter no ano passado e ficou brincando com a bandeira do time:


Camera digital de celular é um perigo, não? 🙂