Arati

Hoje de noite tenho um show da Tida, uma amiga lá de Taquara, para ir. O som que ela faz é MPB e vou lá no Zelig em Porto Alegre dar um conferida. E ainda vou perguntar para a minha caroneira se ela está a fim de pegar algo mais barulhento depois:


😉

O Véio Máximo

Estava esses dias lendo o blog do Zack quando vi ele escrevendo sobre os shows que abriram para o Placebo. Pois bem, eis o que ele falou sobre a Superguidis:

Começou com a Superguidis, um time que veio bem, jogando bem, mas quando chega na cara do goleiro, assim, pra marcar, vem o ponto fraco, as letras. Me diz pra que fazer música boa e colocar letras com um refrão “pq cargas d’água, os cabelos que cresciam na cabeça agora crescem na orelha” ? Pra que não ser levado a sério? Talvez não existisse ali um ar de arrependimento pois acho que nem eles esperavam ir tão longe com esse papo de banda, mas que tentaram ser mais sérios que o normal tentaram, time perfeito, mas saiu no 0X0 por detalhe, que mesmo que pequeno, importante, as letras.

Ok, andei fazendo outros comentários lá, mas enfim é sobre essa letra que eu quero falar mesmo… E já vou avisando que não sou fã da Superguidis, acho uma banda legal e olhe lá, mas enfim, fui lá e comentei o seguinte:

Parece absurdo, mas a letra “pq cargas d’água, os cabelos que cresciam na cabeça agora crescem na orelha?” tem muito sentido. É só se colocar na pele de uma pessoa que está com os seus 50, 60 anos (afinal esse expressão “cargas d’água” é usado por pessoas dessa idade) e vê o seu corpo entrando em decadência. Não é a tôa que o nome da música é O Velho Máximo e eu acho essa letra foda, muito foda 😉

Confesso que a primeira vez que ouvi o refrão dO Véio Máximo eu achei medonho. Só depois, ouvindo a música de novo e prestando atenção na letra, é que fui me tocar que ela realmente tem seus méritos, conforme coloquei no comentário. Na real o problema é a dicção do Andrio, que faz com que a gente não entenda direito 😀 Ok, ok, não resisti a oportunidade de pegar no pé dos guris… Mas enfim, eis a letra da música:

O Véio Máximo

Brigas, picuinhas, incomodações
Recheiam o seu dia
Que é igual ao outro que o antecedeu
E mudará bem pouco os outros que virão

REFR.: Por quê cargas d’água
Os cabelos que cresciam na cabeça agora crescem na orelha?! (2x)

O mundo mudou
O tempo da rua do amor passou
As coisas não são mais como um dia foram
E a noite já chegou

REFR.: Por quê cargas d’água
Os cabelos que cresciam na cabeça agora crescem na orelha?! (2x)

Vai dizer que não é legal?

(Já imagino o Diego lá do outro lado do Atlântico dizendo “Não, não é!!!”. Bem, enfim, não dá para agradar a todo mundo…)

Birthday

she lives in this house over there, has her world outside it. grapples the earth with her fingers and her mouth – she’s five years old. thread worms on a string, keps spiders in her pockets, collects fly-wings in a jar scrubs horse-flies and pinches them on a line. she got one friend he lives next door, they listen to the weather, he knows how many freckles she’s got, she scratches his beard. she’s painting huge books and glues them together, they saw a big raven, it glided down the sky – she touched it. today’s a birthday – they’re smoking cigars, he’s got a chain of flowers, sows a bird in her knickers, they’re smoking cigars, lie in the bathtub, a chain of flowers.

Pois é, tava legal a festa ontem, mesmo com o pessoal da Singles levando a sério os pedidos e tocando quase duas horas. Medo! Aliás, me deu pena da banda: de todas as pessoas que estavam lá só umas 7 não eram conhecidas minhas. A banda ia ter uma platéia mínima… Mas tudo bem, eles tiveram público, o pessoal dançou bastante, a discotecagem depois fluiu delícia, deu para se divertir 🙂

Hey DJ!

Pois é, esse fim de semana vou dar uma de DJ em duas festas: primeiro na sexta, dia 22, quando vou junto com a Fergs discotecar para os amigos da Deus e o Diabo, Laranja Freak e Irmãos Rocha!, além da banda carioca Pic-Nic. A função toda será na Dissonante (Rua Plínio Brasil Milano, 75 – POA) e o ingresso até as 23h30 será de R$ 8,00 (R$ 10 depois):

E no sábado dia 23 tenho a honra de discotecar na festa de lançamento do CD da Superphones. A festa será no Garagem Hermética e custará R$ 10, com direito a uma cerveja:

Quem puder apareça 🙂

2 * 17

Não sei de nada especial remetendo ao número 34. Nada. Nadica de nada. É um número que para mim não fede nem cheira. Pelo menos até o dia 20, já que no dia 21 estarei saindo da idade de Cristo e entrando nos 34 anos. 34 anos! Sabe o que é isso? Definitivamente não sou mais um garoto de 17 anos mesmo. Pior: eu já tenho idade para ser pai de um garoto de 17 anos! Isso muito bem poderia ter acontecido, se eu tivesse sido um adolescente menos apaixonado e mais irresponsável…

Bem, enfim, que seja: fica então o convite para os amigos aparecerem no Casarão Rock Café no dia 20 de abril, quarta-feira. Primeiro vai tocar a banda Singles, que é banda de cover de Red Rot Chilli Peppers, Jamiroquai e por aí vai e que já tinha acertado a noite com o bar, e depois tem discotecagem minha e do Gramo. Talvez o André, do Ateliê Zumbi, dê uma palhinha também na discotecagem… De qualquer maneira quero ver o povo todo lá, e dançando.

Ah, quanto vai custar o ingresso? Aí não sei. Acho que uns 5, 6 reais. Mais de 10 não deve ser não…

Aliás, falando em aniversário, não dá para esquecer: Feliz Aniversário Nay! Feliz Aniversário Amanda! Vocês com certeza são das borboletas que cruzaram o jardim da minha vida duas das mais bonitas. Espero ver as duas lá no Casarão para comemorarmos juntos 🙂

De volta às armas

Eis uma notícia de hoje do jornal Tribuna de Imprensa, que não tem arquivo online (ou seja, amanhã esse link aí vai apontar para outra notícia). Os negritos-itálicos são meus:

Tribuna de imprensa: Ministro defende população armada
Vice-presidente do STM chama de “absurdo jurídico” referendo sobre proibição da venda de armas

BRASÍLIA – O vice-presidente do Superior Tribunal Militar (STM), Flávio Bierrembach, considera “um absurdo jurídico” a aprovação e a implementação do referendo sobre a proibição de venda de armas e munições no Brasil. Segundo o ministro, os instrumentos do plebiscito e do referendo só podem ser aplicados para definir direitos coletivos ou direitos difusos, e não para estabelecer vetos a direitos individuais.

“O cidadão de bem tem o direito de possuir uma arma para se defender dos criminosos”, disse ele. O projeto de decreto legislativo que prevê a realização do referendo, em outubro, seguiu direto da Comissão de Segurança Pública da Câmara para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

O ministro afirmou que, se pudesse, organizaria uma campanha que se chamaria “uma garrucha para cada mendigo”, e explicou: “se aqueles mendigos que foram massacrados em São Paulo tivessem uma arma, não teriam sido mortos; se aquelas pessoas chacinadas na Baixada Fluminense tivessem uma garrucha, ainda poderiam estar vivas”.

Relator do projeto que convocou a Assembléia Nacional Constituinte, como deputado federal pelo antigo MDB de São Paulo, Bierrembach sustenta que “uma sociedade em que apenas a polícia e os facínoras podem estar armados não é e nem será uma sociedade democrática”.

Bierrembach acha que a campanha do desarmamento, realizada pelo governo federal desde o ano passado e a possível proibição de venda de armas no País, faz com que “os bandidos se sintam muito mais seguros para atacar os pobres, os trabalhadores e os homens de bem, porque sabem que provavelmente irão enfrentar pessoas desarmadas”.

Segundo o vice-presidente do STM, que participou de debate no Canal CNT de televisão, faltou ao governo Fernando Henrique Cardoso, e falta também ao de Luiz Inácio Lula da Silva, “uma efetiva política de segurança pública”. Agora, concluiu, se for aprovado o referendo para proibir a comercialização de armas, num ambiente de desespero popular pela falta de segurança, o País terá, na realidade, um retrocesso difícil de ser superado no futuro. “O juiz, quando julga, sempre pergunta a quem interessa o caso em questão. Eu acho que o maior interesse na proibição de venda de armas é das empresas de segurança privada, as que mais crescem no Brasil”, afirmou.
Acordo

O projeto de decreto legislativo foi desengavetado esta semana, após dez meses sendo boicotado na Comissão de Segurança Pública da Câmara pela chamada bancada da bala. Graças a um acordo entre o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, o presidente da Câmara, Severino Cavalcanti (PFL-PE), e a bancada do governo, ficou decidido ontem que o projeto seguirá direto para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) por ter cumprido o prazo regimental de dez sessões sem ter sido votado na comissão anterior.

Da CCJ, o projeto seguirá direto à votação no plenário, até o final deste mês ou início de maio, com a pergunta original: “O comércio de armas de fogo e munição deve ser proibido no Brasil?”. O referendo está previsto para 2 de outubro em todo o território nacional e, pela proposta, será obrigatório para os 130 milhões de eleitores brasileiros.

A Justiça deu prazo até o início de maio para que o projeto seja aprovado a tempo de preparar a estrutura de votação, programação e distribuição das urnas eletrônicas. O TSE vai aproveitar a ocasião para testar o novo título de eleitor, com foto e leitura digital do polegar dos votantes.

Pois é… como é que alguém pode dar ao Estado o monopólio do uso de armas? Principalmente num país onde a polícia sobe atirando em morros e mata quase 30 numa briga entre grupos de extermínio? Não dá, simplesmente não dá.

E é claro: não dá para liberar o uso de armas sem exigir que a pessoa que a está comprando não tenha treinamento. Vamos pegar o caso da Suíça, que é um dos melhores exemplos sobre o uso consciente de armas por parte da população. O que é feito lá? Todo jovem tem que servir o serviço militar e apenas pode votar quem serviu (assume-se por lá que é cidadão quem está disposto a dar sua vida para a pátria). Após servir, o jovem entra na reserva, onde vai permanecer até os 50 anos, e recebe do exército um fuzil automático para levar para casa, assim como munição. É óbvio que o ex-soldado recebe todo um treinamento de como usar a arma, de como noções de cidadania, da importância da democracia, da importância dos plebiscitos comunais e de como usar sua arma para defender esses valores.

Tal treinamento democrático é o que falta por exemplo nos Estados Unidos, onde é dado a todo cidadão o direito de uso de armas, mesmo não demonstrando ter tido um programa de instrução do que é ser um cidadão armado. Quem viu Tiros em Columbine sabe muito bem do que estou falando, e é justa a guerra santa que o Michael Moore tem feito contra o fato de ser extremamente simples se conseguir uma arma nos Estados Unidos, tão simples que até um adolescente idiota, que não tem as mínimas noções sobre o uso adequado da arma, o pode fazê-lo. Além do que o Exército Americano é um formador de máquinas de guerra, não de cidadãos.

Ou seja: desarmando a população você coloca ela em risco de ser dominada por um grupo armado, seja esse grupo ligado ao Estado (ou aos militares, numa situação de golpe), seja esse grupo ligado ao crime. Ao mesmo tempo deixar o cidadão armado sem ter nenhum treinamento do uso da arma é também um perigo. A solução? Pois é, eu olho para a Suíça e me parece que lá eles acharam a resposta, que é uma velha conhecida nossa e que a gente sempre deixa em segundo plano: EDUCAÇÃO.

Só para não esquecer

Da coluna de hoje do Cláudio Humberto:

Suspeita
O juiz do IPM sobre a explosão do foguete VLS em 2003, em Alcântara (MA), enviou à procuradoria da Justiça Militar relatório dos especialistas Ronaldo Schlichting e coronel Roberto de Oliveira denunciando sabotagem.

Alguém tem alguma dúvida que não tem dedo dos nossos irmãos do norte aí nessa história? Valeu ao Doutor P.A.M.B. por chamar a atenção para a nota.

Ai que nojo! Uma rachada!

Zero Hora: Movimento gay racha na Capital
Parada Livre deverá ser realizada em duas datas este ano

Pela primeira vez, a Capital deverá ter este ano duas paradas gays em vez de uma. O motivo é a divisão do movimento homossexual porto-alegrense em duas facções que disputam a organização do evento. Como as duas alas se mostram irreconciliáveis, cada uma decidiu realizar o próprio desfile.

De um lado da queda-de-braço se encontram os grupos Nuances, pioneiro na defesa dos direitos dos homossexuais no Estado e tradicional organizador da parada, e Igualdade. Do outro, um conjunto de sete entidades reunidas no Fórum Municipal de Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgêneros.

A ruptura na militância gay da Capital começou a se intensificar em 2003, quando os integrantes do fórum passaram a cobrar maior participação na organização da chamada Parada Livre.

– Aceitamos prestar auxílio em 2003 mediante compromisso de participar da organização em 2004, mas o Nuances acabou rompendo o acordo. Não fizemos um evento paralelo para não dividir o movimento, mas agora não tem jeito. O dia do orgulho gay não pertence a um grupo – diz Gustavo Bernardes, advogado do grupo Somos – Comunicação, Saúde e Sexualidade.

Nos últimos dias, o conflito explodiu na forma de cartas abertas enviadas por e-mail e publicadas em sites. O Nuances sustenta que o grupo desafiante busca partidarizar o movimento, tornando-o palanque.

– Nós os convidamos a participar, mas eles querem fazer uso político disso. Vários dos militantes são assessores de políticos e participam da passeata nos caminhões com seus candidatos – afirma o líder do Nuances, Célio Golin.

Em razão dessas acusações, o Somos promete entrar na Justiça nos próximos dias por injúria e difamação. No ano passado, as entidades do fórum já haviam recorrido ao Ministério Público Federal para tentar forçar caminho até a organização da parada, mas o processo acabou arquivado.

Sem acordo possível, serão realizadas duas caminhadas. No dia 5 de junho, deve ocorrer a passeata liderada por Nuances e Igualdade. Dia 19, duas semanas depois, o desfile dos dissidentes sob o nome de Parada do Orgulho GLBT (gays, lésbicas, bissexuais e transgêneros).

Para isso, as duas correntes também travam uma disputa pelos recursos públicos que financiam este evento em várias cidades brasileiras. O valor do auxílio governamental, por meio dos ministérios da Cultura e da Saúde, deve ficar entre R$ 50 mil e R$ 100 mil.

As entidades ligadas ao fórum, que conseguiram apoio da Secretaria Estadual da Saúde – que costuma referendar os projetos apoiados pelo ministério -, estão mais próximas de obter a verba. A definição deve sair nos próximos dias, mas o Nuances garante a realização da nova
edição do evento mesmo sem os recursos federais.

É impressionante a quantidade de piadas e trocadilhos infames que passaram pela minha cabeça ao ler essa notícia. A primeira? Ora, que bem que podiam fazer uma Parada Livre dos ativos e outra dos passivos. Ok, eu sei que não tem tanta graça assim, mas que a notícia é bizarra é!

Constantine não é Constantine

Acabo de voltar do cinema onde vui ver Constantine e juro que ainda vou entender a lógica dos produtores de filmes que pegam um personagem e uma história que são interessantes e transformam tudo isso numa coisa que não tem nada a ver com o original. Não, não estou falando do fato do Constantine nas histórias ser loiro e pegarem o Keanu Reeves para fazer o papel dele. Isso é só um pequeno detalhe. Assim como é um pequeno detalhe ver Chas, o eterno capanho, ser transformado num herói. Ou que o Meia Noite tenha se transformado num amigo do Constantine. Isso são detalhes. De-ta-lhes.

O que eu estou falando que não tem nada a ver com a história é o fato de que transformaram o Constantine num bundão.

Para quem leu Hellblazer salta aos olhos o desejo de Constantine ir para o Paraíso, de ser redimido. Ora, nada pode ser mais distante do que a história original! Constantine em Hellblazer nunca se interessou pelo Paraíso. Aliás ele encarava o Paraíso como sendo uma tirania celestial. O detalhe é que Constantine também não estava nem um pouco interessado em ir para o Inferno, lugar onde com certeza iam fazer picadinho dele. Num mundo com duas opções ele queria uma terceira, particular, de forma que em Hallblazer o que Constantine fez foi peitar o Inferno, a ponto de garantir a imortalidade. Sim, afinal se ele morresse o Inferno entraria em conflito e a tríade que o governava ia se aniquilar. Assim, o homem se colocou no fio da navalha para se salvar. Não, ele não fez um gesto redentor e não passou a fumar tabletes de nicotina, caro espectador que não leu a história original.

E o que me deixa mais indignado é que se mudassem o nome do filme (logo, o nome do personagem principal) esse filme seria bom, muito bom. Mas não, esse pessoal lá da Califórnia tinha que apelar…