Pois então ontem teve o
Festerio Gordurama. O que posso dizer sobre a festa? Bem, teve uma hora, depois que acabou o show da
Walverdes, que eu estava praticamente surdo e até agora os meus ouvidos estão zunindo. Foi muito massa o show, e não digo isso sozinho, mas sim com o aval de uma galera que pulou enlouquecida durante o show o tempo todo (aliás que o Maurício se comporte com a namorada dele: guria que poga daquele jeito deve bater que é uma maravilha numa briga). E sobre a
Stratopumas? Bem, digamos que eles não conseguiram tirar uma reação tão enérgica do pessoal, mas deu para fazer festa. Aliás, aquela
versão bizarra de Smells Like Teen Spirit que eu toquei durante o show deles, quando eles trocavam a corda arrebentada da guitarra, era
Dokaka. Aliás, a hora que a banda tá resolvendo esse tipo de problemas é perfeita para tocar essas tosquices. É melhor botar um som para deixar a galera rindo que algo massa que a qualquer momento vai ser cortado, já que nunca se sabe quanto tempo vai se levar para trocar a corda. Além disso sempre há o risco de você tocar algo melhor que a banda que tá tocando. Daí desmoraliza…
Tá, ok, e agora, se a gente for parar para pensar que essa foi a primeira festa que eu promovi, o que posso dizer? Bem, aprendi que primeiro é bom fazer as coisas com bastante prazo: confesso que semprei achei estranho essa coisa de em abril já estar com um show marcado para julho e agora eu consegui entender. Tivesse a gente mais prazo e a toda a parte de divulgação teria saído melhor, mil vezes melhor. Deu uns 150 pagantes, mas poderia dar, bem mais, e quanto mais gente, mais festa. E sejamos sinceros: se tô meio que reclamando é porque o tal do Casarão Hall é MUITO grande. Público como esse no BR-3 teria lotado a casa. O que reforça ainda mais a questão da divulgação. Divulgar é preciso, sempre.
Outra questão delicada diz respeito ao transporte do pessoal aqui para São Leopoldo. Tenho que me conformar com o fato de que São Léo, apesar de ser da região metropolitana de Porto Alegre, não é assim tão grudado em Porto Alegre. Pelo menos não para uma banda que tem que carregar um monte de parafernália. E dá-lhe aluguel de van… A questão do equipamento (amplificadores, bateria) também é delicada, mas felizmente nesse ponto deu tudo certo. Outra coisa: se o equipamento de som para o DJ for um computador para ele tocar MP3s vale a pena levar uma série de listas prontas do tipo o que encaixa com o quê. Não havia como ouvir uma música enquanto outra tocava e o negócio foi depender da memória para ver o que dava certo. Teve horas que não deu… Aliás meu sonho de consumo é ter um laptop e um MP3 player. Enquanto eu escuto num o que vou tocar deixo o outro fazendo o serviço. Outra coisa: não dá para ser DJ e operador da mesa de áudio ao mesmo tempo, não quando essa mesa está atrás da bateria. É a segunda vez que isso me acontece e é a segunda vez que eu não consigo, depois do show, ouvir o que estou colocando para tocar e a que volume. A primeira foi num show da Not So Easy em Esteio. O resultado é que botei tanto volume no John Spencer Blues Explosion que estourou a caixa de som. Dessa ez só não aconteceu isso porque o pessoal da Walverdes se encarregou de fazer o serviço (brincadeira, mas que chegou perto chegou). Enfim…
E ficam os agradecimentos pro povo da Stratopumas e prá Walverdes. Aliás cabe registrar que o povo da Walverdes é muito, mas muito massa. Uma das melhores bandas do país e uns dos caras mais prezas que existem. E fica público o agradecimento pro pessoal da Nowhere Records, pela ajuda na divulgação, e pro Mac da Viana Moog, pelo empréstimo da bateria. Muito, mas muito obrigado velhinho.
Diego Fernandes analisando o entrevero: Tudo isso só prá mim? PREZA!
E o que tem o Diego? Ora, para quem não sabia os motivos para essa festa toda eram as seguintes: ver se dava para abrir um espaço a mais em São Leopoldo para shows de bandas massa (pela reação do pessoal do bar acho que deu), divulgar um pouco o zine (creio que o fato de ter saído na coluna Remix da Zero Hora foi o resultado mais positivo) e
principalmente fazer uma festa de despedida porque o Diego, o autor intelectual desse crime chamado
Gordurama, está indo para Londres, onde vai ficar uns tempos. Assim sendo o lance é dizer pro Diego
boa viagem. Londres não vai ser a mesma depois que você passar por lá velhinho 😉 E leve em conta que se a gente não foi se despedir no aeroporto é porque
você liberou a gente da tarefa ingrata de acordar cedo após a seqüela! Tá, ok, eu queria ter ido, mas não houve Cristo que me tirasse da cama antes das 5 da tarde. E eu bem que tentei não dormir até as 7 horas da manhã…
Ah, e não inventa de voltar com alguma frescura do tipo \”indie é o novo pop\” que aqui é Detroit mano! Nunca esqueça disso!
E para registrar: as fotos são da sempre querida, meiga e amada Nay. No que você falar sim eu caso contigo na hora guria!