Morreu Guido Crepax
Monthly Archives: julho 2003
Tá chegando a hora…
… de receber amigas muito queridas que estão vindo de longe. Elas estão embarcando para o Rio Grande do Sul hoje de noite. Algo me diz que esse fim de semana vai ser muito legal 🙂
O universo conspira…
Pois é, bastou sair do trabalho e encontrar o Maurício para a gente sair, tomar uma cervejinha e ficar conversando. Daí, quando chego em casa, não dá 10 minutos e chega o Diego, para ficarmos duas horas batendo papo e ouvindo bizarrices musicais, além de Sugarcubes, que ele não conhecia, pobre coitado.
E agora me pergunta se estou com sono…
Bem, enfim, azar. Noites como essas é que que fazem a vida valer a pena 🙂 Assim sendo, vou ver se consigo pegar no sono logo depois de checar os meus emails.
Parece cocaína
Juro que ainda vou entender como eu agüento… De domingo para segunda tive uma crise forte de insônia, de forma que só dormi duas horas (com o detalhe que de sábado para domingo eu dormi 6 horas). E ontem fui na festa Monstro com o povo do Gordurama (aproveitando: gostei muito de Astronautas. Rock nerd legal o desses caras) e novamente dormi poucas horas. Sim, estou com sono, com muito sono. Mas eu sei que, quando eu chegar em casa, vou deitar na cama e todo o sono vai dissipar, desaparecer.
Bem, de qualquer maneira, lá vou eu tentar dormir…
Momento mágico
E eis que na tarde de domingo me deitei do lado da minha sobrinha e deixei ela dormir segurando o meu dedo.
E pensar que por conta do trabalho eu perdi essa fase do meu sobrinho…
Esse garoto vai ser perigoso
Cena: é sábado de noite e você está com o seu sobrinho de 4 anos sentado no colo, os dois brincando de Fórmula 1 no computador. Você fica apertando as teclas de velocidade e ré, e deixa para ele as teclas que controlam a direção. E dá-lhe trombadas nos outros carros, batidas nos muros, fiscais de pista atropelados e risadas por parte do guri.
Como é que vou dar um sermão num garoto tão novo?
Sim, eu quero limites
Hoje estava chegando de Taquara, indo da rodoviária até em casa a pé (as delicias de morar apenas a três quadras do local…) e lá pelas tantas só ouvi o barulho de pneus cantando. Olho para trás e era um mané virando a esquina a trocentos quilômetros por hora, de certo se exibindo para sabe-se lá quem. Nessas horas eu fico desejando ter um revolver, só para apontar pro pneu do carro e obrigar a criatura estúpida que está atrás do volante a ir a 10 km por hora até a borracharia mais próxima. Mas não, eu não tenho revólver, e mesmo se tivesse eu seria bundão demais para ficar fazendo uso dele. Assim só me resta a raiva de ter que agüentar esses idiotas que compram carteiras de trânsito em Tramandaí.
Mas o melhor mesmo foi quando cheguei no prédio onde eu moro. Vou olhar a caixa do correio e o que eu acho? Um folheto querendo me vender um tal de Photo Spray Radar Flash. A coisa é o seguinte: você aplica o spray sobre a placa do carro e isso servirá para impedir que as máquinas fotográficas dos pardais peguem a placa do carro. A desculpa que vem dentro do folheto é que ele serve para \”colaborar no seu direito de não querer ser identificado. Se você não pode deter a criminalidade que, pelo menos, você possa fugir dela.\” Sim, eles querem dizer com isso que é para evitar que bandidos tirem fotos do seu carro e peguem o número da sua placa. Que bela desculpa para não dizer a verdade: \”Passe a toda por detectores de velocidade e não seja multado\”. Olho ese folheto e fico lembrando dos motoristas entrevistados sábado na TV, reclamando da instalação de radares móveis no trânsito de São Paulo; fico me lembrando dos motoristas que reclamam que esses dispositivos de controle não são sinalizados, que é tudo para dar dinheiro para o Estado. Não, os dispositivos não estão ali para pegar quem fere a lei, mas sim para pegar os \”desprevinidos\”. Sei…
É por essas que eu acho que automóveis deveriam sair de fábrica com limite de velocidade. O carro não teria como passar de 80 km/h, a não ser que ele recebesse um sinal via rádio indicando que estava numa área de maior velocidade. E se o motorista fizer uma gambiara para fraudar esse controle não teria choro nem vela: o carro seria apreendido e levado a leilão.
Sim, podem me chamar de ranzinza estúpido. Não me importo.
Coisa de gênio
E eis que nesse fim de semana revi Festim Diabólico, clássico incontestável do Hitchcock. Se você ainda não viu o filme pare por aqui, já que vou comentar sobre o fim do filme.
O que sempre me chama a atenção no final do filme são duas coisinhas: a primeira é que o professor Cadell parece jogar totalmente o corpo fora quando descobre o corpo, livrando-se de toda e qualquer responsabilidade sobre o ato praticado por seus alunos. Contudo, vendo a expressão no rosto dele se vê que ele tem plena consciência de sua responsabilidade no ato, e de como é difícil aceitar isso. Ali estão dois alunos deles, que aplicaram as idéias dele, e ele tem que jogar o corpo fora, se eximindo de toda a culpa, repreendendo-os. Belo exemplo do dilema teoria X prática, no mesmo nível do filme RPM – Revoluções por Minuto, onde o sociólogo teve que abandonar suas idéias pois viu que do ponto de vista prático elas não davam para serem levadas adiante. Só que aí, nessa história, não houve mortos.
E a segunda coisa que me chama a atenção sempre no filme é a forma como o professor Cadell chama a polícia. Ele simplesmente vai na janela e dá uma série de tiros, deixando para a vizinhança fazer a ligação. Imagino se isso acontecesse na Nova Yorque de hoje. Quantas pessoas se dariam ao trabalho de ligar por causa de alguns tirinhos?
Sábias palavras
Na Crocodilo # 2 há uma entrevista com Mike \”Lebowski\”, do Zurich\’s True Beuty, um site dedicado a mostrar fotos coletadas no USGang de garotas se beijando. Ok, podem dizer que é machismo, é sexismo, etc, etc, mas vá lá:
C – Por que o fascínio por lésbicas?
M – Nada é mais sexy que estar numa cama com duas mulheres que também cuidem uma da outra. Acreditamos piamente que todo homem deveria ter essa experiência ao menos uma vez. Só que apenas depois do 50º aniversário. Se for antes ele fica sem objetivos na vida. Acredite: nós já perdemos totalmente nossa perspectiva de vida.
Eta visãozinha curta da vida 😀
Mas, enfim, fica a pergunta clássica: porque a maioria dos homens acham tão bonito ver suas mulheres juntas? Já tentei responder para amigas minhas que me perguntaram isso e até hoje não consegui. Só sei que eu e quase todos os meus amigos concordamos: é algo bonito de se ver sim. Machismo? Pode ser, mas vai segurar como os hormônios correndo pelo corpo?
Gótico?
Sexta-feira fui conferir o que é a tal da Noite Gótica da NEO. E quer saber? Me arrependo amargamente de não ter ido conferir antes qualé que era. Muita música boa rolando, de forma que fiquei umas 5 horas direto dançando. Na pista de cima era música eletrônica, como é o hábito, e na debaixo estava o ouro: muita música dos anos 80, como Echo, Smiths, Cure, Joy Division, Sisters of Mercy, entre outras coisas que me fizeram voltar aos meus 15 anos, assim como boas coisas dos anos 90, como Placebo. Até fiquei conhecendo umas coisinhas diferentes, que fui obrigado a perguntar ao DJ o que era: L\’aulne et la mort, do Collection D\’Arnell ~ Andréa. Nunca tinha ouvido falar dessa banda e foi uma grata surpresa. E como tem gente bonita nessas festas! A sensação que eu tinha era de que o único feio ali era eu. Com certeza virei freguês!
Só que eu fico com a velha dúvida: afinal o que é música gótica? Eu já fiz essa pergunta num artigo para O Apanhador e a conclusão que cheguei na época era a de que qualquer música é gótica, desde que seja triste, soturna. Isso permite que coisas dançantes como as que rolaram sejam consideradas góticas. É gozado classificar um tipo de música em função do estado de espírito que a música produz, não em função do estilo ou de características rítmicas, transformando o estilo em um imenso balaio de gatos. A sorte é que é um balaio de gatos de onde se tira muitas pérolas pop, para a felicidade (?) da galera.