Resoluções

Faço de todas as minhas resoluções de ano novo de 2002 a minha lista de 2003. Na verdade vou reeditar aqui, só que com algumas atualizações…

  • emagrecer, nao importa quanto, mas emagrecer;
  • fazer um diário de atividades no trabalho, de forma que eu possa gerenciar melhor o meu tempo, e se acostumar a usar essa coisa que eu sempre esqueço de olhar que se chama agenda;
  • terminar de estudar Java para obter uma certificação;
  • não me estressar tanto no trabalho;
  • fazer ginástica pelo menos duas vezes por semana;
  • aprender a dirigir, deixando de se ser um analfabeto funcional urbano, e comprar um carrinho, para dar voltas por aí com os amigos;
  • parar de desrespeitar o horário de trabalho: hora de entrada é hora de entrada; hora de saída é hora de saída;
  • se o sono não chegar de noite pegar um livro e ouvir um CD, não ficar na frente do computador;
  • continuar com as minhas contas em dia; 😉
  • parar de pagar aluguel, fazendo financiamento para um apartamento (valhei-me Caixa Federal!!!);
  • comprar um instrumento musical e aprender a tocar, nem que seja só para fazer barulho (estou divido entre uma guitarra, um baixo ou um sintetizador);
  • procurar velhos amigos e reatar alguns laços, coisa que eu não fiz esse ano… na verdade estava mais ocupado fazendo novos amigos e não estava com a mínima vontade de ir para Taquara (desculpe aí velhos amigos, mas não era nada pessoal: eu só precisava de um tempo prá me reestruturar);
  • me dedicar mais ao site do GASLi (esse com especial urgência), do BlogTchê, do RSSficado e do PoaNet (para fazer isso sem me estressar com conexões lentas vou botar ADSL em casa – a linha telefônica eu já comprei). E quanto ao site do Porto Livre? Bem, deixemos ela como sendo uma lista de discussão boa, que a coisa está indo bem…

Pois é, acho que é isso. E que venha 2003!

Vida digital

Pois é… recesso de Natal tem dessas: afasta a gente do computador, faz com que coloquemos a leitura em dia, arrumemos algumas coisas, e principalmente se veja filmes, muitos filmes. Depois de voltar de Camboriú na sexta-feira, passei a colocar as minhas retinas em dia. Primeira atualização: Memento (deu um nó na minha cabeça e fez com que eu ficasse deitado durante horas destrinchando ele – é filme que merece daqui a alguns meses uma segunda olhada, com certeza). Depois Mulholland Drive (não tem lógica, só sentimentos, e isso faz com que ele seja muito bom), Lucia e o Sexo (bom, muito bom, quase uma fábula), A Última Ceia (Monster\’s Ball – que é o filme que tem uma das cenas de sexo mais desesperadoras que já vi na minha vida), Swordfish (que deve ser o pior filme sobre hackers que eu já vi, ganhando até do A Rede) e, last but not least, Quase Famosos, o filme que eu adoraria olhar junto com a Manuela, só para ver a cara dela em algumas cenas 🙂 E para os próximos dois dias estão programados As Virgens Suicidas, Profissão de Risco e AI – Inteligência Artificial. Pois é, é nessas horas que eu começo a acreditar que devo comprar uma TV lá para o meu ap…

E para não dizerem que a minha folga é só maravilhas, fica o registro: sábado eu perdi 2 quilos e meio. Para um gordo como eu seria uma ótima notícia, se não fosse o detalhe que isso foi fruto de uma intoxicação alimentar e que na verdade os 2,5 kg foram de água, não de gordura… Caramba!

Imitação barata

Vi essa lá no Luis e Seus Blue Caps e copio aqui:

Você deseja saber alguma coisa a meu respeito?

Declaro aberto então o Jogo da Verdade. Você pergunta nos comentários, eu respondo nos próximos posts 🙂

Como vou prá praia hoje de noite, só voltando na sexta, você não tem a desculpa de que não teve tempo para pensar o que perguntar… 😉

Dia de compras

Depois de ter festa ontem na casa do Marcos e de ter trabalhado hoje de tarde, o fim do domingo foi numa loja de CDs, onde eu saí com três pérolas:

Coisas boas para ouvir no Natal 🙂 A única coisa que está me deixando chateado é que o CD do QOTSA não está rodando no meu CD-ROM. Só falta o bichinho ter uma dessas ridículas proteções contra cópia… 🙁

Oração de Graças

Senhor,

eu que gosto de música, que gosto de conhecer coisas legais, que gosto de ouvir coisas legais, mas que nunca se lembra de ficar lendo a Pitchfork, a PopList, entre outras coisas, venho através dessa oração agradecer por colocar no meu caminho esse bom amigo, que me apresentou coisas maravilhosas como The Raveonettes e Interpol, e amigos como esses, que me apresentaram a Mogwai e Frank Poole. Aliás, quero especialmente agradecer por ter me apresentado esses bons amigos, que me tiraram da minha letargia e que fizeram com que o ano de 2002 (que tinha tudo para ser um ano horrível) fosse um dos mais legais que eu tive nos últimos tempos, um dos que eu mais pulei, mais dancei, mais agitei nos últimos 15 anos.

E quero também agradecer pelas horas de músicas maravilhosas que passaram pelos meus ouvidos nesse ano através das mãos da Blanched, Viana Moog, Deus e o Diabo, Lagarto a Vapor, Not So Easy, Pata de Elefante, winston, Sensifer, Superphones, Pulse e outras tantas bandas boas que existem nesse Rio Grande do Sul e que tive a sorte de assistir.

Por tudo isso quero agradecer Senhor, e desculpa aí se na maior parte das vezes não acredito na sua existência. Se o Senhor me desse mais anos com boas músicas como esse que passou minha descrença seria menor, bem menor. De qualquer maneira, obrigado por 2002 Senhor.

Amém

Um pequeno tutorial

Estou pensando em fazer um programinha para ser usado aqui no trabalho. A idéia é distribuir ele depois para os colegas do meu setor, e como não tenho conhecimento em programação para Windows (programo basicamente para servidores) resolvi pesquisar para ver uma linguagem free que permitisse a criação de executáveis stand-alone em que fosse fácil fazer um aplicativo para essa plataforma. A resposta? Python usando tkinter. Só que o Python é interpretado, certo? Assim sendo o jeito é converter scripts Python em executáveis win32. Procurei e graças ao santo padroeiro das buscas achei um aplicativo que faz isso 🙂 É tão bonzinho o bichinho que resolvi fazer um pequeno tutorial para os interessados em entrar no estranho mundo dos aplicativos que rodam em clientes:

É a inauguração da sessão técnica do meu blog 😉

Criando uma aplicação Windows em Python

Criar uma aplicação Windows utilizando Python é extremamente simples. A primeira coisa que é necessário é, obviamente, instalar o Python. Feita a instalação cria-se uma aplicação usando o tkinter, que é a biblioteca padrão para GUI do Python. Por exemplo, um Hello World:

# File: hello.py
from Tkinter import *
root = Tk()
w = Label(root, text=\"Hello world!\")
w.pack()
root.mainloop()

Para executar ele basta salvar num arquivo hello.py (para manter as coisas organizadas vamos criar um diretório específico para isso: testpy) e ir na linha de comando. Lá você executa o seguinte comando:

C:\\>cd testpy
C:\\testpy>python hello.py

Nesse momento se abrirá uma janela com o indefectivel \”Hello World\”. Utilizando o tkinter você pode contruir aplicações completas do ponto de vista gráfico sem problemas, e com uma vantagem: são portáveis.

Contudo o que estamos vendo aqui é que queremos construir uma aplicação Windows usando Python. Assim sendo, não tem sentido fazer um aplicativo que você tem que instalar o interpretador da linguagem, caso você queira distribuir tal programa. Assim, o caso agora é instalar o py2exe, um gerador de executáveis win32 para o Python. Feita a instalação é necessário criar um arquivo de configuração para o py2exe poder trabalhar.

Por exemplo, para gerar um executável do nosso hello.py, é necessário criar um arquivo setup.py com o seguinte conteúdo:

# setup.py
from distutils.core import setup
import py2exe

setup(name=\"hello\",
      scripts=[\"hello.py\"],
)

Note que esse é o exemplo mais comum de um arquivo de setup. É aconselhável dar uma boa olhada na documentação para poder, entre outras coisas, atribuir um ícone para o seu aplicativo… Uma vez criado o arquivo entre com o seguinte comando para iniciar a compilação:

C:\\testpy>python setup.py py2exe -w

No caso o parâmetro -w está informando ao py2exe que você está criando uma aplicação Windows, e não uma aplicação que vai rodar dentro de uma janela modo texto.

Feita a compilação você verá que foram criados dois diretórios: build e dist. O diretório build contêm as bibliotecas que foram utilizadas para a compilação do aplicativo, e é interessante manter elas para agilizar o processo de recompilação. No diretório dist está o aplicativo propriamente dito, no caso dentro do sub-diretório hello. Ali dentro você encontrará, além do arquivo hello.exe, os arquivos necessários para a execução do programa. Agora é só pegar o diretório, empacotar e distribuir o seu programa, de preferência com o código-fonte junto, já aqui estamos compilando o código não é para esconder ele, mas sim para simplificar a vida do nosso futuro usuário, não? 😉

Charlibéis

Depois, quando eu digo que eu era muito, mas muito chato, a ponto do meu melhor amigo ficar um ano sem conversar comigo, o povo não acredita:

Na janta do ex-colegas, eu pronunciei o nome do Charles Pilger e os outros lembraram e me surpreenderam que em 1992 havia sido criado o Nível de Chatice, medido em charlibéis, tendo em vista a fama que ele tinha de chato em Taquara. Surpresa porque em 2002, 10 anos depois, o Marcos, eu e a Belle passamos uma madrugada falando coisas como charba, charbeador e Charla Averbuck… Tanto que ele enjoou de ficar ouvindo o próprio nome e foi embora da festa, em São Leopoldo.

Essa pérola aí é lá do blog do Douglas, uma pessoa que eu tenho quase certeza que me acha um chato 😉 Afinal eu consigo aparecer na casa dele nas piores horas e quando eu chego acontece de que eu não sei quando é a melhor hora de sair de lá….

Mas o problema todo é que eu tenho uma predisposição a ser chato desde que ganhei meu nome. A coisa é muito simples: se você pegar o meu nome completo e separar os dois primeiros fonemas você terá Charles Roberto Pilger. Sim, isso mesmo: charopi, o que dá numa pessoa xarope e um pouco errada. Sim, como tudo na vida a culpa é dos meus pais!

Mas falando sério o bom é que hoje já não sou (tão) chato assim. Tenho ainda as minhas manias, mas procuro falar menos, aliás bem menos. Aliás a tempos eu vivo com a situação embaraçosa de não ter a mínima idéia do que falar com as pessoas. Se elas começam um assunto tudo bem, mas eu não consigo começar um sem achar que estou enchendo o saco. Isso se justifica na medida que tinha uma época que eu deixava a lingua solta e quando via estava a meia hora falando coisas como os maias e sua relação com o zero para uma pessoa que não tinha o mínimo interesse sobre o assunto. Aliás, alguém além de mim se interessa pelo assunto? Ou seja: o charlibéis aí de cima se justificava plenamente.

Na verdade o que me apavora é saber se ainda hoje a expressão tem sentido. Bem que alguém poderia inventar uma máquina de simancol…