Liga prá mim! Não, não liga prá ele…

Li no blog do Rippieraitec o seguinte post dele:

QUEM GANHA E QUEM PAGA?

O governo pretende subsidiar serviço telefônico para familias de baixa renda (Veja a notícia aqui). Com isso os excluidos da telefonia (hehehe) poderão fofocar o dia inteiro, na falta do que fazer (eles estão desempregados mesmo…) sem pagar nada para tal prazer.

E quem será o grande beneficiado? Acertou se respondeu as telefônicas

E quem pagará o pato? Acertou quem respondeu o contribuinte, mais uma vez…

Como ele ainda não tem cometários, reproduzo o que enviei para ele por email pois acho interessante fazer uma correçãozinha:

Oi Ripirraitec 🙂

Bem, vou meio que contestar o que você colocou lá no teu post por causa do que está publicado nesse trecho da notícia:

No caso das famílias de baixa renda, o Fust
pagará metade da assinatura básica do telefone
fixo. A outra metade e o valor das ligações
efetuadas serão pagas pela família.

Certo? Como você pode ver o que será custeado pelo governo será a \”assinatura básica do telefone\”. Na verdade isso é um eufenismo para
\”instalação de linhas telefônicas\”. Veja que o foco de atuação são as comunidades carentes e as rurais, justo as comunidades que são deixadas de
lado pelas empresas telefônicas, já que são ações onerosas e que dão pouco lucro. Para que colocar uma linha telefônica via cabo cuja ligação custa R$ 0,09 o pulso se eu posso cobrar R$ 0,90 por minuto colocando uma antena de
telefone celular em tal lugar? É o que estava acontecendo e o que explica, em parte, porque tanta gente de baixa renda comprou celular pré-pago em 36 prestações. Assim sendo é justo tal financiamento.

Agora o que não é justo é o seguinte: quando da privatização da telefonia no país foram definidas uma série de regras, onde havia, inclusive, que as empresas que entrassem no ramo teriam que investir para levar linhas telefônicas justamente para essas comunidades carentes. Mas o tempo passa, o tempo voa, morre o ministro das comunicações que estava coordenando tudo isso com uma doença misteriosa e pufff… foram-se os investimentos para
prover telefonia para essas comunidades. Seria o caso de chegar nas empresas telefônicas e dizer para elas fazerem o seu papel no combinado? Sim, mas sabe como é… As empresas telefônicas no Brasil estão em crise, coitadinhas, não dando lucro, de forma que elas não podem fazer seu papel social. Tadinhas delas, né? Assim o governo federal, tão bonzinho, que repassou as companhias telefônicas com o caixa praticamente sem dívidas, já que saneou a contabilidade dessas empresas para que elas fossem bons
negócios com o dinheiro dos nossos impostos, vai dar uma forçinha. Isso sim é extremamente injusto.

Mas, enfim, eu tenho esperança que pelo menos a população das vilas e do campo tenham am sua linha telefônica. Fornecendo tecnologia para as pessoas elas tem chance de melhorarem a sua vida, de abrir seu próprio negócio, de
se virarem melhor. Se esse dinheiro não for desviado e for realmente investido na instalação de tal infaestrutura telefônica eu já fico feliz.

E espero que o cara coloque logo o sistema de comentários dele lá… Pô, o cara pelo jeito resolveu fazer um sistema para blogar do zero! Porque não usou um b2? Bem, sempre há uma certa dose de masoquismo nas pessoas 😉

Birra

Não, não adianta crianças… Quanto mais emails vocês me mandarem dizendo que o Brasil está à beira do abismo, que o Lula é um analfabeto sem experiência administrativa, que ele não está preparado para ocupar o cargo, mais vontade tenho de votar nele. Vocês podem até estar certos, mas ficar enchendo a minha paciência e a minha caixa-postal só faz com que eu fique surdo ao choro de vocês.

Onde estou politicamente?

Há um teste muito interessante na Internet que é o Political Compass. Respondendo uma série de perguntas se vê se você pende mais para o anarquismo ou para o fascismo, mais para o comunismo ou mais para o neo-liberalismo. Você pode ter uma idéia de como a coisa funciona olhando esse gráfico:

Pois bem, obviamente fiz o teste, e o resultado foi bem próximo do que eu imaginava que eu seria. Detalhe: eu vi o gráfico acima depois de fazer o teste, junto com o resultado, não antes. Assim ninguém pode dizer que eu forcei para ficar tão próximo da posição política do Gandhi 🙂