Acabo de chegar de Porto Alegre, onde assisti, no Opinião, o Dead Kennedys. Showzaço!!!! Muito, mas muito bom. O detalhe é que a banda é sem o Jello Biafra no vocal, mas sim com outro carinha. E quer saber? O cara mandou o recado muito bem. Olha, dá prá dizer que foi o melhor show que já assisti. Fechou o fim de semana com chave de ouro!

E falando em fim de semana, sexta-feira de noite teve jantar de confraternização do setor onde trabalho. Sim, com amigo secreto como sempre. Eu pessoalmente não gosto muito de amigo secreto, mas tenho que confessar esse ano me diverti bastante. Só lamento que tive que dar um vale CD para a pessoa que eu peguei, já que ela não se manifestou em nenhum momento dizendo o que queria… Já o presente que eu ganhei foi bem o que eu pedi: o livro O Atlas Proibido, de Alfred Bosch. Não sei se o livro é bom, mas ao vê-lo na livraria achei muito interessante. Parece ser um livro perfeito para ler na praia…

E meu pai trouxe a bicicleta ergométrica que estava lá em Taquara para cá. Agora vou poder pedalar de noite, depois que eu chego do trabalho 🙂 O problema de morar em qualquer cidade maior é que caminhar de noite se torna inviável. Houve uma época em que em Taquara dava para caminhar sossegado, sem precisar se preocupar com assaltos. Mas, infelizmente, essa época já passou. Como eu geralmente saio do trabalho de noite, não há academias abertas. Assim, eu ficava nessa de não ter onde fazer uma caminhada ou uma ginástica. Agora não: é só chegar em casa e sair pedalando.

Mas continuando com o fim de semana, assisti Os Outros sábado de noite. Opinião? Bom filme, nenhuma obra-prima, mas nada que te faça arrepender-se de ter gastado com o ingresso. Um que outro susto, mesmo já dando para desconfiar de qual é o fim da história lá pela metade do filme. O fato é que vale a pena ver o filme, sem se preocupar com o que um e outro crítico ranheta vai falar sobre ele.

        

If I were a work of art, I would be M. C. Escher‚s Lizards.

I am a bizarre juxtaposition of the real and the unreal. Based in the realm of mathematics, my two-dimensional appearance belies a complex and free-willed behaviour which both delights and confuses people.

Which work of art would you be? The Art Test

Bah, eu adoro Escher! 🙂 É o primeiro “testes de personalidade” desses via Internet que eu faço e acho que o resultado tem a ver 🙂

É numa hora dessas que fico feliz em ver que a PoaNet (que era para ser uma Slashdot sobre a Grande Porto Alegre) não deu certo: a Freedom2Surf (que era onde eu hospedava os scripts PHP e a base de dados da Poanet) mandou um email avisando que dia 28 de fevereiro de 2002 ela vai parar com a hospedagem gratuíta. Assim, quem quiser continuar por lá vai ter que pagar, e o preço não é lá dos melhores. Ou seja: se tivesse dado certo eu estaria agora procurando um servidor web para mim. Na verdade eu teria duas opções: ou a Faccat, que é onde eu hospedo a página do Porto Livre, ou a Novah, que tem uns preços muito bons. Mesmo assim teria o stress de ficar mudando base de dados, adaptando scripts, etc, e sinceramente não estou com saco para fazer um troço desses. Se bem que, se o negócio tivesse dado certo, talvez eu olhasse com outros olhos tudo isso…

Pois é, e eis que os deputados aprovaram as mudanças na CLT. Se passar no Senado o adicional noturno será menor, não haverá mais equiparação salarial para duas pessoas que exercem a mesma função e o aviso prévio será menor, entre outras coisas. Dizem que isso vai dinamizar o comércio e a indústria, já que diminuirá os custos de operação. Em fez de diminuir os juros e a carga tributária, o governo resolve agir sobre o salário dos trabalhadores. E porquê? Por que não interessa ao governo e aos grandes grupos econômicos diminuir tanto os juros como a tributação. Desde que começou o Plano Real os bancos tem feito a festa no país graças às taxas de juros. E os grandes grupos sabem muito bem diluir os seus lucros, de forma que paga uma baixa tributação. Detalhe: não fazem nada de ilegal, e sim aproveitam brechas da lei. O único nessa história que não tem poder nenhum é justamente o trabalhador, e é para cima dele que o governo parte. Assim sendo, guarde os nomes dos deputados gaúchos que votaram a favor das mudanças, para que nas próximas eleições você não vote neles:

  • Darcísio Perondi – PMDB
  • Júlio Redecker – PPB
  • Luis Carlos Heinze – PPB
  • Nelson Marchezan – PSDB
  • Telmo Kirst – PPB
  • Yeda Crusius – PSDB

E a cada dia que passa sinto mais a necessidade de comprar um instrumento musical. Uma guitarra, um teclado, um baixo, sei lá, mas algo para tocar, fazer um barulho. Vi esses dias uma guitarra meia boca e quase comprei. Meia boca sim, mas que dá prá fazer um barulho. Mas o que eu gostaria mesmo é de um teclado. Só que teclado meia boca não dá: tem que ter no mínimo interface MIDI, e tem algum teclado baratinho com isso? Não achei ainda. Mas o fato é: tenho que comprar algo que permita que eu faço um solo da Crosseyed and Painless, do Talking Heads, que permita eu tocar uma música do Edgar Scandurra, que permita eu brincar um pouco com sons e ruídos. E que me afaste um pouco da frente desse vício chamado computador.

Ufa! Depois de alguns dias sem servidor de ftp funcionando, eis que volto. Não que alguém tenha notado a minha falta… 🙂 Como deu para notar, fiz algumas pequenas mudancinhas no site. Nada demais, só uma pequena fuga da cara manjada que eu vinha mantendo para este blog desde que ele entrou no ar. É uma obra-prima do design? Claro que não. A proposta desse blog sempre foi ser meio descompromissado com a aparência, de forma que ninguém jamais pensaria em votar em mim na categoria página pessoal do iBest. Mas deixemos de papo e vamos pro que realmente interessa.

Acabo de ler Gauleses Irredutíveis – Causos e Atitudes do Rock Gaúcho, de Alisson Avila, Cristiano Bastos e Eduardo Müller. O livro é feito de trechos de entrevistas (no total 127 pessoas foram entrevistadas), com pedaços agrupados por temas, contando a história do rock gaúcho através de um mosaico. Dizem que é parecido com Por favor, matem-me!, mas não posso dizer, já que não li este ainda. Há algumas histórias bem interessantes lá, permitindo algumas risadas, mas nada além disso. Infelizmente o livro tem um erro grave: parte do princípio que quem lê conhece o rock gaúcho, principalmente os seus personagens. Ok, há figuras carimbadas como Frank Jorge, Humberto Gessinger, Edu K, mas também há figuras como Zé do Trompete. Você já ouviu falar em Zé do Trompete? Pois é… Fez falta um histórico alí, apresentando os personagens antes de sair largando eles direto na falação.

E ontem assisti ao Harry Potter e a Pedra Filosofal. Não, não levei meu sobrinho no cinema, fui sozinho mesmo. Um adulto de seus 30 anos perdido num mar de crianças. Crianças incrivelmente caladas, de olhos pregados na tela do cinema. E com os olhos presos por um bom motivo: o filme é ótimo. Sim, é a velha luta do bem contra o mal. É o velho maniqueísmo do órfão coitadinho que tem titios malvados. É o velho chavão de que sendo uma criatura predestinada tudo irá correr bem. Sim, tem tudo isso, mas mesmo assim é bom. Divertido, bonito e bem feito, perfeito para esquecer o mundo durante alguns minutos e viajar num mundo fantástico. Gostei muito do filme, gostei mesmo, tanto que até estou pensando em ler o livro para ver o quanto a história foi fiel.