Depois de quase 4 horas (na verdade, anos) de espera, consegui baixar um mp3 com a versão da Björk para Travessia. Que coisa… Ainda bem que ela não lançou a música. Não por causa dela, que está bem como sempre (o sotaque dela é algo), mas o arranjo é o típico arranjo a lá Milton Nascimento 😛 Aquela coisa enfadonha que a gente já sente um desconforto quando ouve. Os americanos com certeza iam adorar a música, aplaudir e depois esquecer, mas aqui no Brasil com certeza iria pro Fantástico (“a rainha do gelo se ajoelha diante da supremacia da música brasileira”) e se eternizar. E depois do Sting cantando que fragilidade sem parar nas rádios passar a mesma coisa com a Björk ia ser horrível. Fico decepcionado com o Eumir Deodato: podia ter feito uma pequena obra-prima, que redimisse a música, mas deixou a chance escapar….
Monthly Archives: novembro 2001
O Denis, da Concatenum, lembrou-me uma coisa: quem escreveu o roteiro de Queridinhos da América foi o Billy Cristal. Isso explica as piadas infames.
E falando em coisa infame, olha só o email que eu recebi hoje na lista de fãns do Pato Fu:
Subject: [Fu-List] A placa de mordida
Na análise cefalométrica dos pacientes selecionados seria esperado um padrão de crescimento com rotação anterior da mandíbula. Os movimentos dentários e as mudanças ocorridas foram estudados tridimensionalmente em modelos de gesso e cefalogramas.
Alguém explica?
E uma historinha para fechar o domingo: hoje de tarde, após almoçar, fui lavar a louça enquanto a Márcia se deitava. Lavei, e fui até a casa dos meus pais, para pegar umas coisas. Quando cheguei de novo na casa da Márcia ela me contou essa piada:
Era uma vez um cara que chegava no apartamento dele e tirava as botas. Só que ele não tirava assim, na maior. Ele tirava e jogava num canto, fazendo um barulhão. Isso deixava o vizinho de baixo doido. Era aquele barulho de botas caminhando, daí uma bota batendo no chão, daí outra bota batendo no chão logo depois. E era sempre isso, até o dia que esse vizinho se indignou de vez e foi falar com o dono das botas, explicando que ele sempre acordava por causa do barulho, se não dava para moderar. O cara ouviu e concordou. Só que, de noite, chegando em casa meio borracho, ele entrou como sempre, martelando as botas no chão e tirou uma bota, jogando-a no canto. No que fez isso se lembrou do vizinho de baixo e calmamente tirou a segunda, sem fazer barulho nenhum. Feito isso, foi se deitar. Passado um tempo toca a campainha da porta. Ele atende e é o vizinho de baixo: \”Vizinho, pelo amor de Deus, joga logo essa segunda bota que eu não consigo dormir!\”
Pois é, a Márcia deitou e ficou me esperando, pensando: \”Logo o Charles acaba a louça e vem aqui se deitar e vai me acordar… É, logo ele vem deitar… Mas ele não vem deitar nunca?\” 🙂
Eu e a Márcia acabamos de ver Queridinhos da América. Gostamos. Comédia bobinha bobinha, perfeita para relaxar sábado de noite. Tinha piadas infames, sim, mas deu para rir bastante. Não aponto para nenhuma crítica sobre o filme, já que em todas meteram pau até não poder mais. Só crítico mesmo para esperar um filme sério com o Billy Cristal no elenco…
Ê feriado! Passei o dia todo me recuperando de uma festa que fui ontem de noite junto com uns conhecidos e bebi tudo a que tinha direito. É, fiquei bêbado. E foi bom 🙂 E antes que você se preocupe, achando que tomei uma quantidade indecente de álcool já vou avisando que sou daqueles que ficam bêbados com uns 2 copos de cerveja. Assim, nem ressaca eu tive. E hoje o dia foi de total letargia. E meu olho já está ok. E coloquei um chuveiro novo no banheiro. E por aí vai: nada de muito importante. Aleluia!
Na verdade o dia só não foi perfeito porque não saiu o que eu realmente queria, que era ficar com a Márcia. A idéia era a gente ir no cinema hoje de tarde, lá em PoA, mas não deu, já que ela ia ficar estudando. Bem, consola saber que depois de março ela tá livre. Enquanto isso, vou exercitando a minha paciência…
E eis uma coisinha nova para a minha lista de presentes: Linux 2.4 Kernel Map. Quem me deu a dica foi o Rafa.
Ué! O que houve com o banner da nameplanet que estava aí em cima??? Putz, será que os caras vão botar popups no lugar? 🙁 Se for isso vou ser obrigado a ver um endereço novo para mim. Eu simplesmente ODEIO pop-ups! Queria bater com um gato morto até que o bichano miasse no desinfeliz que criou essa coisa…
Estava demorando… Todo ano, em outubro ou novembro, um dos meus olhos incha. Fica uma coisa muito estranha, e mal consigo abrir ele. Não sei o que causa isso, mas é de fé: todo ano isso acontece. Já fui em vários médicos e nenhum soube dizer o que era. A suspeita é que seja alergia a algum pólen, por causa da época do ano. Houve tempos em que o olho levava quase 2 dias para ficar bom, isso quando o problema não ia para o outro olho. Ultimamente o problema se manifesta durante algumas horas apenas. Ainda bem. Mas o fato é que fora isso eu tenho uma vista perfeita, que tirando uma coceirinha ocasional nunca me incomoda. É realmente muito estranho isso, mas como os médicos viram que isso não prejudica a visão e com o passar dos anos a coisa está cada vez mais fraca, eles disseram para eu não me preocupar. Mas, mesmo assim, é uma coisa muito chata… 🙁
Peraí! Deixe-me ver se eu entendi direito. A estudante que deu uma “florzada” na cara do Príncipe Charles semana passada pode ser condenada a 15 anos de prisão? Que absurdo!
Não quero dizer nada, mas Vespertine é sem dúvida nenhuma a melhor coisa que a Björk já fez. Quanto mais eu escuto mais descubro detalhes para lá de inspirados nele. Confesso que eu meio que estava enjoando um pouco dela. Ela tem uma voz maravilhosa e escondia isso atrás de “modernismos”. Aliás, chegava a ser irônico que boa parte dos remixes que faziam das músicas dela o que era acentuado era a voz dela. E é isso que acontece no Vespertine. É um trabalho para você colocar e ficar desfrutando. Aliás, descobri que programo melhor quando estou ouvindo ele. É uma verdadeira massagem pros meus neurônios. O fato é que parece que a Björk se deu conta que já está naquela fase da vida e não tem que fazer mais nada para agradar os outros, mas a si mesmo. Tanto que o trabalho está extremamente intimista, e de um intimismo que não é chato, tipo um exorcismo público dos demônios internos, mas sim um intimismo sensual e bem humorado. A melhor prova disso é a letra de Heirloom.
Grande trabalho!
Hoje fui na Feria do Livro, em Porto Alegre. Fui sem saber que era o último dia. Deus, quanta gente! Era um circular de lá prá cá e de cá prá lá que espantava. E como sempre quando se fala de Porto Alegre, muita gente bonita. Sempre me surpreendo com a quantidade de gente bonita que tem nessa terra.
E é claro que fiz umas comprinhas. Na verdade cumpri a tradição e fui nos balaios, comprando aqueles livros que eu quero reler, tipo O Perfume, do Patrick Süskind, e O Verde violentou o Muro, do Ignácio de Loyola Brandão. Comprei ainda O futuro começou, do Isaac Asimov e, fora dos saldos, Gauleses Irredutíveis> Causos e atitudes do rock gaúcho, do Alisson Avila, Cristiano Bastos e Eduardo Müller. Tirando esse último, que era lançamento, todos naquela faixa de 1 a 5 reais. Ou seja: para ter bons livros em casa não é necessário gastar rios de dinheiro. Basta ter paciência para procurar.
E quanto ao regime? Bem, como não fui para a casa dos meus pais, que é onde está a balança “oficial”, não me pesei. Mas que eu pequei eu pequei. Não, nenhuma fuga grande, mas que eu comi mais do que eu estava precisando isso eu fiz. Não me surpreende se eu estiver ainda com os mesmos 93 da semana passada. O fato é que estou naquela fase meio ingrata, de quando a coisa começa a encher o saco e eu fico louco para fazer um prato de massa. Por isso mesmo enchi a geladeira de frutas, para rechear os cogumelos fiz uma pasta de berinjela (dessa vez acertei na medida do sal, ueba!) e comprei material para fazer sopa. Assim, vou procurar retomar a rotina da segunda semana de regime.
Aliás, falando em comida, sexta-feira resolvi fazer peito de frango na chapa. Assim sendo peguei um pedacinho refrigerador e deixei em cima da pia para descongelar. Óbvio que fui esquecer da dita lá, e fui dormir. Quando acordo no dia seguinte, a carne estava devidamente congelada e cheia de formigas por cima. Ok, agora a dúvida: de onde diabos sairam essas formigas, para aparecerem num apartamento situado no 13° andar de um prédio? Menos mal que não apareceu nenhuma barata…
Fui ver A Sombra do Vampiro. Olha, sempre achei o Willain Dafoe um ator assim assim, mas tenho que tirar o chapéu para ele nesse filme. O Nosferatus dele dá um banho no do Klaus Kinsky, que com aqueles dentes de rato davam mais pena que outra coisa. Infelizmente ainda não ví o Nosferatus original, de forma que não sei dizer se o cara interpretou bem o Max Schrek. Mas o fato é que ele está muito bem mesmo. A cena em que ele oferece a cadeira para a sua musa sentar é antológica. Isso sem falar nas gozações em cima do método de interpretação criado pelo Stanislavski…