E nessa história de feio e bonito me lembrei que o Wander Wildner vai apresentar o show Eu sou feio mas sou bonito esse fim de semana no Bar BR-3, que fica aqui do lado de onde moro, em São Leopoldo. Se eu vou? Nem que a vaca tussa 🙂 Não gosto da Wander desde que ele fazia parte dos Replicantes e não vai ser agora que vou passar a gostar. Aliás, essa é uma das tristezas do rock gaúcho: quase não existem cantores bons. São poucos os que se salvam, e mesmo esses são aqueles que interpretam a música, e não que propriamente a cantam. Ou seja: é mais uma questão de estilo do que de gogó. Antes que achem que estou falando de forma negativa, é só lembrar que o rei nessa área é o Brian Ferry: o cara canta pouco, mas o que canta é O show. Atualmente o melhor cantor por aqui, que segue justamente essa linha, é o Pedro Veríssimo, do Tom Block.

Essa é boa: saí no top of the pops, um blog que tem como “missão” meter pau nos outros blogueiros. Ele falou do encontro de blogueiros gaúchos e me citou como “exemplo de falta de beleza” :)))) Vê se eu agüento! :))) Bem, só posso dizer que nunca disse que me acho bonito 🙂 Sei que não sou nenhum filhote de cruz-credo, mas sei também que se dependesse de beleza para sobreviver eu estaria em maus lençóis :)) O lado bom da coisa é que devido a fome eu já seria magro, e não precisaria fazer regime 🙂

[UPDATE]: Estava vendo agora nos meus emails que um monte de gente que participa da BlogTchê ficou indignada com o que foi escrito. Tem gente até pensando se isso não é caso de processo por danos morais. Bem, eu da minha parte não me senti atingido e prefiro ser chamado de feio a viver num mundo onde uma pessoa não pode se expressar. Assim sendo, deixa o cara falar. Eu da minha parte me divirto 🙂 Até porque eu tenho a leve impressão de quem escreve nesse blog é justamente um dos criticados… Acredite: Anti-marketing rende.

Essa deu na lista InfoETC:

Date: Sat Nov 24, 2001 8:42 pm
Subject: Malditos americanos!

Todos nós já ouvimos falar que os americanos querem transformar a Amazônia num parque mundial com tutela da ONU, e que os livros escolares americanos já citam a amazônia como floresta mundial…

Pois chegou a nossas mãos o livro didático “An Introduction to Geography” do autor David Norman, livro amplamente difundido nas escolas públicas americanas para a Junior High School (correspondente a nossa 6º série do Ensino Fundamental).

Olhem o anexo e comprovem o que consta a pagina 76 deste livro e vejam que os americanos já consideram a Amazônia uma área que não é território brasileiro, uma área que rouba território de oito países da América do Sul e ainda por cima com um texto de caráter essencialmente preconceituoso…

Vamos divulgar isso para o maior número de pessoas possível a fim de podermos fazer alguma coisa ante a esse absurdo…

O detalhe interessante é que o livro “An Introduction to Geography”, de David Norman, não consta do catálogo da Biblioteca do Congresso Americano. Muito, mas muito estranho isso. É de suspeitar que a imagem, e o texto, sejam uma montagem…

UPDATE: acabo de ver no Relatório Alfa que mapa da Amazônia como sendo “área internacional”, separada do Brasil, é falso. Agora quero ver quantos “jornalistas” vão acreditar nesse mapa e publicá-lo…

Fim de semana agitado. Sábado saí às compras e comprei uma cama nova, além de 2 camisetas e 2 calças. Para quem me conhece isso é um fato e tanto, já que eu odeio ir fazer compras (quanto mais pesquisa de preços, caso da cama). Aiás, um fato para registrar: eu comprei uma calça da mesma marca da que estou usando atualmente, que é a menos folgada (e que estava ficando apertada). Pois é, o número dela é 56. A da calça nova: 52 🙂 Até cinto novo fui obrigado a comprar, que já não tinha furo suficiente 🙂 Por conta dessas até me permiti um miojo hoje, para matar as saudades 🙂 E a caixa de Bis na geladeira ainda resiste… :))

E de noite fui lá na Liquid, na festa dos blogueiros gaúchos. Estava muito bom 🙂 Quem foi foi, e se divertiu bastante. Quem não foi… Bem, fica para a próxima 🙂 O fato é que festeeei, cheguei em casa e dormi o dia inteiro. Ô coisa boa!

Uma dica: se você achar em uma banca de revistas a edição número 52 da revista Cult compre sem hesitar. Por quê? Porque junto vem um CD com as 23 primeiras edições da revista. Mês que vêm é para vir com as edições 24 até 50. E como se sabe, cultura nunca tem data de expiração.

E agora faltam pouco menos de 24 horas para Double Party:



Não vai me dizer que você está por Porto Alegre esse fim de semana e não vai?

Calor, calor, calor. Calor de ficar com a pele grudenta, calor de te deixar de mau humor. Calor. Só quem pode ir prá praia e ficar lá 3 meses gosta de calor. Os demias tem que aguêntar. Arghs!

E faltam menos de 48 horas para a Double Party, a festa das Delícias Cremosas e dos blogueiros gaúchos. Vai ser sábado de noite, a partir das 22 horas, na Liquid. Eu já garanti o meu ingresso 😉

E o caso da apresentadora Soninha está mesmo dando o que falar… Hoje eu li no jornal ela declarando que dificilmente vai voltar a apresentar um programa para jovens, pois agora vai conviver com o estigma de maconheira. Bem, se a gente pegar a última edição da revista Trip e for ver quem é que já fumou (só experimentando ou consumindo de forma mais constante) vemos nomes como Marta Suplicy, Washington Olivetto, Caco Barcellos, Juka Kfouri, Luciano Huck, João Ubaldo Ribeiro e Fernando Henrique Cardoso. Oras, se até o presidente já fumou (diz ele que tragou e não gostou, mas mesmo assim fumou), não duvido que logo logo ela esteja apresentando outro programa…

Se alguma orquestra resolver um dia tocar Aurora, da Björk , por favor me avisem. Vou correndo assistir. O mesmo vale se for um quarteto de jazz.

 




“I tried to visualize

the delirium of
love, comparable to

that one of drugs.

The images represent
the emotional state

of someone who‚s
falling in love and

feels the fear of

giving her body
and her soul to
the other, but they

don‚t have to be
‚read‚ in their
literal meaning.
Falling in love
does not only
involve sweetness
and tenderness, but

also fear and

suffering: you lose
independence
and rationality.”
 
 
              Björk


        about Pagan Poetry video

Teve gente que me escreveu reclamando do que eu falei sobre o Milton Nascimento e o arranjo dele de Travessia. Ok, ok, desculpe, mas o fato é que eu simplesmente enjoei do negócio. Milton é um grande cantor? É. Tem uma voz tão bonita que dá vontade de jogar as cordas vocais no lixo, mas o fato é que Travessia simplesmente chora. Simplesmente enjoei do negócio de um jeito tal que entendo perfeitamente porque o pessoal do Pato Fu renega o Clube da Esquina.

E a vida segue besta. Ando lendo bastante, mas naquele esquema: uma página de um livro, um capítulo de outro, assim, simultaneamente. Brincando brincando devo estar lendo uns 10 livros. Nenhum ruim, mas nenhum que me prenda realmente a atenção. Com “A Sociedade do Anel” foi diferente: embarquei no livro, e mesmo assim levei mais de um mês para ler ele. O caso mais gritante de paixonite literária foi quando li os 4 volumes d”As Brumas de Avalon” em apenas uma semana e meia. Trabalhava de dia e de noite ficava lendo. Os dois primeiros dias nem dormi, no terceiro capotei e no quarto em diante adotei uma rotina de 2 horas de sono. E até hoje lembro perfeitamente da história. Foi realmente algo, assim como foi algo ler O Perfume. Mas esses livros são catarses. Prazer mesmo encontro em dois autores: Asimov e Borges. São autores que eu mergulho nas idéias deles e vou lendo com calma, sem pressa. E ainda tem o Bukowski, o Mempo Guiardinelli, o Alexandros Evrimidis, o… bem, tem muitos muitos. Mas deve haver muitos outros que eu não conheço e não acho. Sinto falta de bons livros, de coisas que absorvam. E tenho medo dos clássicos, aqueles que todo mundo diz que leu.