Acesso para todos

Segundo dia do Fórum Internacional Software Livre 2001. A manhã basicamente se resumiu ao debate “As grandes marcas e o Software Livre”, com representantes da IBM, Intel, Sun, HP, Dell, Borland, Apple e Conectiva. Como as iniciativas que as grandes empresas americanas fazem no mundo do software livre vivem aparecendo nos jornais (apoio da IBM ao projeto Apache, desenvolvedores da Intel ajudando sempre no desenvolvimento do kernel do Linux, HP adotando o Linux no lugar do HP-UX, etc…) fui para ver o que a Conectiva está fazendo. O Sandro Nunes mostrou o quanto a empresa cresceu nos últimos anos (de 43 mil cópias vendidas em 1998 para 1,1 milhão no ano passado), assim como outras empresas que adotaram o modelo de código aberto: citou uma empresa paulista que em um ano e meio depois de passar a distribuir de graça o seu sistema – cujo valor de venda praticamente só cobria os custos de produção – o número de contratos de manutenção foi duplicado em relação aos 10 anos anteriores de operação.

Fui então acompanhar o Workshop Software Livre. A sessão era “Migração, Laboratório e Gerência de Recursos”. Foram mostradas experiências feitas em universidades no que se refere à gerência dos recursos computacionais utilizando software livre. A experiência mais interessante foi a da UFPR, onde nos laboratórios de informática se partiu para uma solução de reaproveitamento de equipamento já que a opção foi fazer o software rodar no servidor da rede e o usuário passaria a usar o computador como um terminal gráfico. A volta do mainframe? Pode até ser, mas o detalhe é que eles estão conseguindo reaproveitar até 486s. Segundo o palestrante (Marcos Castilho) utilizando-se um 486 como terminal gráfico o Star Office “abre” em questão de 5 segundos. É que o 486 na verdade não processa nada: o importante aqui é a placa de vídeo e a placa de rede (Ethernet de 100Mb). Foi colocado que os usuários estão satisfeitos com a solução, pois computadores extremamente lentos ficaram “rápidos”. A descrição do parque computacional pode ser vista aqui. E se é para falar em volta do mainframe, na UCS, de Caxias do Sul, utilizando um sistema chamado Tarantella (que não é livre), eles trabalham com aplicativos Linux, Windows e Netware utilizando navegadores web rodando sobre o Linux. É óbvio que dependendo do aplicativo é melhor ter uma solução baseada em estações de trabalho. É o caso de editoração eletrônica e CAD, por exemplo. Mas para trabalhar com o Word, Excel, etc, essa solução se revelou muito boa. Ah, por que a UCS não está usando direto o Star Office no Linux, como é o caso da UFPR? Deve-se à política de abandonar gradualmente a cultura Windows, de forma que não seja desconfortável para os usuários. Outra solução interessante é a da UPF (Passo Fundo), onde se utiliza software livre para gerenciar imagens de disco no laboratório de informática. Mais ou menos o que se faz aqui no local onde trabalho com o Ghost, só que o sistema verifica se a configuração do sistema está corompida e automaticamente faz o download da imagem correta e instala. Aliás, usando esse sistema foi possível criar um menu de opções, onde o usuário pode escolher o sistema operacional que ele quer rodar: Windows 95, 98, NT, Linux, etc… Segundo o Frederico Goldschmidt, o processo de carregamento de uma imagem não passa de 5 minutos. Pena que a Márcia não pode ficar e olhar todas as experiências relatadas, já que ela tinha que voltar prá Taquara para trabalhar.

A tarde acompanhei a apresentação “NASA: Utilizando software livre na terra e no espaço”, com o Marco Figueiredo, brasileiro que trabalha numa empresa que presta serviços pra NASA (o que é normal: praticamente 80% dos empregados da NASA são terceirizados) que apesar do nome não foi tão interessante assim. Basicamente falaram do projeto de levar para os satélites o Linux, visando acabar com o uso de vários sistemas operacionais em satélites, e do projeto Beowulf, que é uma distribuição Linux utilizada para transformar uma rede de computadores num computador paralelo. O Figueiredo aproveitou a apresentação para falar de uma concepção nova de desenvolvimento de computadores, que é o ConfigWare, que não vou me aventurar a tentar explicar, já que hardware definitivamente não é o meu forte.

Acompanhei ainda a “Mesa Internacional UNESCO Presente!”, onde foi colocado o objetivo da UNESCO de criar uma rede latino-americana de desenvolvimento de software livre. Não acompanhei toda a palestra, já que estava mais interessado em ver a palestra paralela “As universidades e o Computador Popular”, onde foi apresentado o projeto do PC Popular (que é um PC que custará em torno de US$ 250,00) e como esses computadores podem ser utilizados em escolas e universidades. Interessante aqui é que não apenas mostraram o projeto do computador, mas também outras alternativas como o “Meu Computador Virtual” (onde haveriam centros de informática, com “discos virtuais” permitindo o acesso de dados em outros locais, para as pessoas de baixa renda). Mas o fato é: o governo federal está apostando no Linux como solução para dimuinuir as barreiras de acesso à tecnologia. Para quem quiser saber mais sobre o que levou o governo a financiar esse projeto uma leitura obrigatória é o “Livro Verde”, que está disponível na rede, em formato html e PDF.

E já que estamos falando em software livre, eis a mensagem que eu recebi via do meu amigo Gustavo de Souza:

Na onda do free software, resolvi baixar os 70Mb do Staroffice 5.2… Qual a minha surpresa diante de um programa que tem acesso aos mais diversos Bancos de dados, traz embutidos os softwares do Office Professional, Frontpage, mais Corel Draw! e Photopaint DE GRAÇA com uma interface muito intuitiva!!!
Abandonei o tio Bill, nessa. Só falta o SO. 🙂

Assim sendo, o dia só não foi muito bom por dois motivos: o primeiro foi que o pessoal do Apache foi crackeado, o que é muito chato para o movimento como um todo… O detalhe é que nem foi culpa do servidor Apache, mas sim do serviço de ssh.

E o segundo e mais importante motivo é que a Márcia passou mal hoje. Aliás, eu pisei feio na bola com ela 😛 Ela me ligou avisando que não estava bem e eu tanzo do jeito que sou nem me toquei que poderia ter pegado o ônibus no local onde trabalho prá Taquara e ter ficado com ela. Está certo que eu, quando fico doente, quero é ficar sozinho, só dormindo, totalmente isolado do mundo. Mas isso sou eu, não a Má, tanto que ela me ligou pouco depois da meia-noite me perguntando por que eu não fui lá na casa dela… 🙁 De qualquer maneira, ela já estava melhorzinha e pelo jeito ela vai poder ir ver comigo o resto do evento 🙂 E fica o aprendizado: eu tenho agora uma namorada que gosta que eu fique por perto quando ela está doente. Vou repetir mil vezes para gravar bem: eu tenho uma namorada que gosta que eu fique por perto quando ela está doente, eu tenho uma namorada que gosta que eu fique por perto quando ela está doente, eu tenho uma namorada que gosta que eu fique por perto quando ela está doente, eu tenho …

Universo Paralelo

Fui hoje no primeiro dia do Fórum Internacional Software Livre 2001. A primeira palestra foi com o Timothy Ney, executivo da Free Software Foundation. Boa parte da apresentação dele foi um histórico da FSF, explicações sobre o que é o GNU e qual é a diferença entre a licença GPL e as demais ditas Open Source (BSD, Apache, Mozilla, etc…). Para quem não sabe, todo código sob a GPL, quando copiado, torna o código que recebe a porção do código em código GPL também: isto é, você pode pegar pedaços de códigos abertos para colocar no seu projeto, mas esse projeto passa a ser aberto também. Outra coisa: caso você faça uma alteração no código do software e for redistribuir essa alteração, deve ser fornecido o fonte junto. Um detalhe que é muito importante é que se for feita alguma mudança e essa mudança for apenas para uso interno da sua empresa, a distribuição do código alterado não é obrigatório. Ou seja: podemos continuar usando código-fonte alheio nos nossos projetos, mas temos que levar em conta que caso queiramos distribuir um desses projetos temos que distribuir o código-fonte junto. Sinceramente? Nada mais justo. Não podemos simplesmente agir como parasitas e ficar pegando código dos outros sem dar nenhuma contribuição. O problema é explicar isso pro departamento jurídico da empresa onde a gente trabalha…

Logo após saí para almoçar com o Rubens Queiroz de Almeida, da Dicas-l, e com o Alessandro de Oliveira Binhara, coordenador do GU OpenSystem, de Curitiba. Eu não sabia, mas esse grupo de usuários tem mais de 1.000 inscritos. Caramba!!! Foi muito legal da parte dele me repassar dicas sobre como formar um grupo e como levar um projeto desses adiante. Já entrei em contato com o pessoal da LinuxPOA para ver se eles estão a fim de almoçar quinta-feira com o cara (se ele aceitar, é claro). Foi engraçado ver o espanto do Queiroz com a quantidade de pessoas que estão inscritas no GU. Nem parecia que ele é o coordenador de uma das maiores listas técnicas do Brasil… 🙂

A segunda palestra foi com o Kenneth Coar, um dos coordenadores do projeto Apache, e que foi contratado pela IBM só para continuar trabalhando para o Apache Group. O ponto principal da palestra dele foi explicar que o desenvolvimento do Apache é baseado num sistema distribuído, onde qualquer um pode mandar contribuições. Essas contribuições serão analisadas por outros desenvolvedores e acrescentadas ao projeto, caso aprovado. O interessante é que para ter poder de voto você deve primeiro se mostrar merecedor de tal privilégio, e para isso você deve primeiro enviar contribuições para o projeto. Depois de um tempo, além de ter poder de voto você pode ainda se tornar membro do “core team”, participando da definição de tarefas do grupo. A isso eles chamam de meritocracia. Outro aspecto importante é que o Apache é distribuído sob a Apache Licence, baseada na licença BSD, e não sob a GPL. Segundo o Coar, o pessoal do Apache Group não se importa se alguém pegar o código deles e criar um produto baseado nesse código. Salientou que eles ficarão chateados, é verdade, mas vão respeitar a vontade da pessoa. Mas ele destacou que o sucesso do servidor Apache tanto em termos de qualidade como em números de usuários se deve ao fato do seu código ser aberto.

A terceira palestra foi sobre Caos Criativo, com o Rubens Queiroz, o Eduardo Maçan (do grupo de desenvolvedores do Debian) e o cantor Lobão. O Rubens explicou como surgiu a lista Dicas-l. Mostrou ainda o sistema Rau-Tu, que se destina a ser um espaço onde voluntários explicam para novatos com dúvidas “como fazer” (how-to, em inglês). O sistema Rau-Tu é distribuído sob a GPL, e foi feito o convite para todos baixarem e testarem. Logo em seguido o Maçan explicou como se dá a distribuição peer-to-peer de arquivos utilizando sistemas como o Napster, o Gnutella e o Freenet. Chamou a atenção que, com execessão do Napster, pode-se trocar todo e qualquer tipo de documento eletrônico, fugindo da forma tradicional via www. Aí entra o Lobão, que falou não apenas de MP3 mas de formas alternativas de divulgação, assim como da estrutura atual de distribuição de discos aqui no Brasil. Pode não parecer nada a ver com software, mas tem muito a ver com uso de tecnologia para divulgação fora dos grandes esquemas tradicionais.

A quarta e última palestra foi com representantes de universidades gaúchas, falando sobre o uso que está sendo feito de software livre. Mereceu destaque a Univates, de Lageado, que está migrando os seus sistemas administrativos para sistemas feitos in-house e disponibilizados depois na Internet sob a licença GPL. Assim, além de informatizar os seus laboratórios com Linux, eles estão desenvolvendo o Sagu (Sistema Aberto de Gestão Unificada), o GNUTeca (para bibliotecas) e o GNUData (um banco de dados regional), entre outros projetos. O representante da Univatis chamou a atenção que o desenvolvimento contou com a ajuda de programadores de outras instituições de ensino, o que ajudou a criar um software bom a um preço baixo para a instituição. Outra coisa importante: graças à liberação do código-fonte, a universidade passou a ser conhecida nacionalmente, o que acabou tornando os projetos em poderosas ferramentas de marketing para a instituição. Pois é, meios alternativos num universo paralelo.

Mas merece destaque o fato de ter cruzado com uma série de pessoas conhecidas esse ano. A figura mais legal é o Eugênio Hansen, que conheço desde o tempo da Poanet quando ela era hospedada na UFRGS. Outro com quem cruzei foi o Luciano Goulart, um dos criadores do GU Tchê Linux. Além disso, na sessão de perguntas da palestra sobre Caos Criativo, uma das participantes se identificou como sendo a Carla Schwingel, estudante do programa de pós-graduação de comunicação da UFBA. Ops, Carla Schwingel??? A Carla da lista Cibercultura? Pois é, depois de ficar trocando emails com ela durante anos finalmente fiquei conhecendo pessoalmente a figura, que reza a lenda foi a primeira gaúcha a ter uma página pessoal na Internet. Muito legal ela, me contou algumas coisas bem interessantes, tais como o bafafá que uma mensagem minha provocou lá na UFBA ano passado. É que eu andei criticando o pessoal já que eles ficavam lendo muito figuras como o Pierre Levy sem se dar ao trabalho de ouvir as pessoas que são os agentes da cibercultura, como o Richard Stallman. É gozado saber que uma mensagem me deixou com a fama de ranzinza por lá :)))

I might be wrong

Ops, essa eu não sabia: já estão disponíveis no Hollywood & Vine todas as músicas do novo disco do RadioHead, Amnesiac.

E o seu ambiente de trabalho anda muito estressante? Que tal decorá-lo com essas placas? Perfeito para ter certeza se aquele teu colega mal-humorado é obtuso também.

E o Denis do Concatenum pode chiar, mas eu copiei a lista do controle remoto dele sim 😉 Só que organizei conforme o meu gosto. O chato é que esteticamente falando tá feio, mas quero ver se nos próximos dias dou um jeito nisso…

Mas hoje na lista Palíndromo o André Forastieri veio com a pergunta: Qual é o papel que o Brasil pode ocupar na nova ordem internacional de geração de riqueza? Eis a minha resposta (re-editada, pois na original havia um erro básico bastante sério):

Olha, qual é o papel que o Brasil pode ocupar eu não sei, mas o que ocupa já dá para dizer. Uma das matérias-primas básicas para a indústria aero-espacial, sendo utilizada na construção de cápsulas espaciais, mísseis e foguetes, além de ser utilizado na construção de reatores nucleares, é o nióbio (elemento atômico 41 – sigla: Nb). Ele é dos elementos básicos para a criação de ligas de grande rigidez, dureza e estabilidade térmica. É um elemento bastante raro, que não é encontrado em estado livre. Ele aparece combinado na forma de niobita (niobato de ferro e manganês). Na crosta terrestre participa com 0,002% em peso.

Até a descoberta quase simultânea de depósitos de pirocloro no Canadá (Oka) e no Brasil (Araxá), na década de 1950, o uso do nióbio era limitado pela oferta limitada (era um sub-produto do tântalo) e custo elevado. Com a produção primária de nióbio , o metal tornou-se abundante e ganhou importância no desenvolvimento de materiais de engenharia. Os principais depósitos de nióbio encontram-se no Brasil, Nigéria, Canadá e EUA. O maior produtor é o Brasil, que responde por 98% da produção mundial do minéro.

Assim, o Brasil, através da oferta proporcionada pelas empresas CBMM (de propriedade do Grupo Moreira Salles (55%) e a Molycorp Inc., uma subsidiária da Unocal Corporation – USA) e a Mineração Catalão de Goiás S.A., responde pela quase totalidade da oferta mundial de nióbio – basicamente ferro-nióbio, atendendo a demanda proporcionada dos EUA, Japão, Europa Ocidental e outros países com menor participação, compondo um mercado com forte dependência aos produtores brasileiros. Só a CBMM é responsável por 65% da demanda mundial de ferro-nióbio. De sua produção total, aproximadamente 5% atende toda a demanda brasileira e 95% é exportada para 250 usinas siderúrgicas em 42 países do mundo. O valor das exportações do ferro-nióbio da CBMM é da ordem de 100 milhões de dólares anuais. Assim sendo, só a CBMM responde, sozinha, por 63% da produção de uma matéria-prima de extrema importância para a criação de artigos tecnológicos.

Entende-se o pavor que um Itamar Franco ou um Lula provocam quando dizem (ou insinuam) que vão declarar a moratória. Afinal, é o pagamento da dívida externa o principal motivo pela qual esse e outros minérios igualmente importantes, como a tantalita, são exportados. O Brasil tem papel central no atual mundo que vivemos.

Agora, um pouco de teoria da conspiração: a maior reserva mundial de nióbio se encontra em São Gabriel da Cachoeira, AM. A cidade tem uma área total de numa área de 112.255 km². Há, alí, várias reservas indígenas, se destacando a Yanomami, que dos seus 1.573.100,00 ha (157.310 km²) pertence ao município. Dá para dizer que não é a tôa que os americanos trabalham tanto no lobby de uma nação indígena fechada… O que será que o Sting diria sobre isso? 😉

Aliás, segundo a página 10 coisas que todo brasileiro deveria saber, o Brasil exporta minério de ferro a 8 (oito) dólares a tonelada. E depois é só estatal que a gente tá dando a troco de banana pros gringos…

Peleia

E se é para falar de brigas (principalmente brigas estúpidas), nada mais apropriado que lembrar as regras do Clube da Luta:

  • The first rule of fight club is you do not talk about fight club.
  • The second rule of fight club is YOU DO NOT TALK ABOUT FIGHT CLUB.
  • The third rule of fight club is when someone says ‚Uncle‚, goes limp, taps out, the fight is over.
  • The fourth rule of fight club is only two guys to a fight.
  • The fifth rule of fight club is one fight at a time.
  • The sixth rule of fight club is no shirt, no shoes.
  • The seventh rule of fight club is fights will go on as long as they have to.
  • And the eighth and final rule of fight club is if it‚s your first night at fight club,
    you have to fight.

Ah, porque Clube da Luta? Bem, deve ser porque não tem filme mais estranho que eu já tenha visto. Até hoje não sei dizer se gostei ou odiei. Mas o fato é que é bom, muito bom (você não precisa gostar para achar bom). Aliás, tenho um amigo que me pediu esses tempos um CD do Professor Antena emprestado. É que no colégio onde ele dá aula os alunos resolveram formar um clude de lutas. Sim, eles olharam o filme e não entenderem que aquilo lá é justamente uma crítica à vida organizada e planejada, não uma aula de violência. Coisas da idade. Mas o fato é que esse meu amigo pegou o CD e repassou pro professor de português para ele mostrar numa aula, assim como quem não quer nada, a letra de uma música. Espero que os mais espertos tenham se ligado… 😉

E já tinham me falado que o McDonald‚s americano era uma porquice, mas isso é exagero!

All your base are belong to us! Ou, se preferirem, Marketing Hacker. Vale a pena visitar.

Viva o coletivo!

Como se não bastasse ser chamado de baderneiro, sem-vergonha, etc, etc, por um que outro ignorante pelo simples fato de ser filiado no PT (justo eu que não gosto de bagunça), esse fim de semana tive que aguentar uma pessoa me acusando de ser conivente com o preconceito sexual em função de um comentário que foi colocado por outra pessoa num weblog coletivo da qual eu fazia parte e que eu não cheguei a responder. Além disso, quando outra pessoa no mesmo weblog colocou uma mensagem claramente homofóbica, tive que ouvir que só coloquei a minha posição contra o preconceito sexual em função de haverem outros weblogs se manifestando contra tal posição. Primeiramente eu nem sabia que haviam tais comentários. Segundo, eu tenho uma opinião bem clara sobre o sexo, que é o seguinte: se o que está sendo feito por uma pessoa, sozinha ou acompanhada por uma ou mais pessoas, não envolve coação nem ameaça a integridade física e psicológica da(s) pessoa(s) envolvida(s), ninguém tem absolutamente nada que se meter! De forma que me senti obrigado a responder pro cara no weblog. Botei o que eu penso sobre o assunto e ainda tive que aguentar a acusação de gente que eu nunca ví na minha vida dizendo que eu só estava agindo daquela maneira para me mostrar um cara sem preconceitos. Como se eu não tivesse coisas mais importantes para me preocupar. Assim sendo, já que estavam colocando metendo pau em mim em função do comentário infeliz de outra pessoa, resolvi chutar o pau da barraca e deixar de fazer parte de todos os weblogs coletivos onde eu estava inscrito. Posso até um dia voltar a fazer parte de um, mas só se eu conhecer bem as pessoas que estão contribuindo no mesmo, já que eu não quero ficar me estressando com o que outras pessoas estão escrevendo. A idéia do weblog coletivo é muito boa, mas para funcionar você no mínimo deve conhecer bem as pessoas com quem você está postando, senão dá nisso.

E dá para entender perfeitamente o do porque odiar o Bill Gates. Fui obrigado a reinstalar o meu Windows esse fim de semana. Fui desinstalar um programa (o discador do Ig) e minha pilha TCP-IP foi pro saco. Que culpa tem o Bill nisso? Quem manda ele botar no mercado um sistema operacional que permite que um programa feito por um terceiro consiga bagunçar toda a tua configuração de rede?

Mas tirando esses pequenos percalços, o fim de semana foi muito bom. Dormi bem, comi bem, namorei bastante. Só não fiquei mais com a Márcia por que ela precisava estudar. Pós é realmente algo pesado 😛 Pior é que às vezes eu paro e fico pensando em fazer um mestrado de novo. Não apanhei ainda o suficiente para desistir dessas engronhas logo de uma vez… De qualquer maneira, se eu for tentar fazer outro mestrado será de forma totalmente diferente que eu fiz dessa vez: dedicação exclusiva, me informando previamente muito bem sobre a área que estarei estudando e sobre os professores que estarão ministrando as disciplinas. Nada contra os professores que eu tive (ok, havia alguns raladores, mas nada tão inesperado assim), mas sim com a área em que andei me metendo, que foi Inteligência Artificial. Digamos que eu não me identifiquei muito com o assunto… Enfim, passei pela provação e aprendi um bocado de coisas, seja em termos profissionais, seja em termos de vivência.

Para o ACM e o Arruda

Brasília, DF, 23 de maio de 2001 - Estudantes que protestavam a favor da cassação dos mandatos de ACM e Arruda mostraram as nádegas para policiais que estavam  em frente ao Congresso Nacional.

Brasília, DF, 23 de maio de 2001 – Estudantes que

protestavam a favor da cassação dos mandatos de

ACM e Arruda mostraram as nádegas para policiais

que estavam em frente ao Congresso Nacional. (Terra)


Aliás, o Arruda renunciou há pouco mais de uma hora. Ele argumenta que é injusto que ele, que não roubou o patrimônio público e nem matou, possa vir a ser cassado. De fato, até onde se sabe ele não roubou e matou ninguém, mas isso não torna o seu comportamento menos indigno. O que ele fez foi um desrespeito às regras do Senado, justo o Senado que tem que servir de exemplo para o resto do país. Se este poder, junto com o Congresso, hoje causam vergonha aos brasileiros, é caso de retirar todos os que mancham o nome dessas instituições. Essas instituições tem um papel grande demais para ser denegrido por um bando de políticos safados e dissimulados. O povo tem mais que ir prá rua, mostrar a cara, protestar. Ontem mesmo de noite tinha um pessoal aqui na frente da universidade distribuindo folhetos metendo a boca na situação atual, dizendo que estava na hora de pararmos de fazer papel de palhaços. O detalhe: estavam todos com a cara pintada de palhaço, com direito a nariz de bola e tudo. Não dá para ficar olhando os poderosos fazendo as suas safadezas e não soltar um pio sobre o assunto, só por ter medo desses caras. Tá certo o Jehsse:


Covardes morrem ajoelhados

E o Políbio Braga, que vive metendo o pau no linux (inclusive ele já chegou a levar uma bela de uma espinafrada de um professor da UFRGS em razão de umas besteiras que andou escrevendo…) , botou na página dele uma enquete: “Você é a favor ou contra o software livre para uso na sua empresa ou escritório?”. Até o presente momento 88,89% respondeu que é a favor, 4,76% que é contra e 6,35% “em termos”. Será que essa adessão pesada ao software livre, na página dele, vai fazer ele mudar de discurso? Bem, de qualquer maneira, para deixar o seu voto é só clicar aqui.

Complexo de Davi

Pois é, acho que estou com complexo de Davi… Calma, calma, já explico: Complexo de Davi é aquele sentimento que a gente tem quando vê um Golias se dando mal, se estrebuchando, caindo da cadeira, se ralando, etc. É o que eu sinto quando vejo o ACM tendo que rebolar no Senado para convencer os outros senadores a não votarem na cassação dele, é o que eu sinto quando fico sabendo que a prá lá de arrogante América Online está tendo prejuízos na América Latina, é o que eu sinto quando vejo que a Microsoft está perdendo tudo que é processo em que tenha a palavra monopólio envolvida, enfim é o que eu sinto quando vejo que o mundo não é só dos grandões, dos que mergulham na grana. Pode ser que pros pequenos faça pouca diferença, mas é bom saber que diminuindo a sombra dos grandes haverá sol para os menores. E no meio de tantas notícias anti-gigantes, hoje apareceu mais uma: o Conar acata pedido do Terra e bane nova propaganda do UOL da mídia. Ok, o Terra não é nenhum pequerucho, mas em compensação não fica por aí espalhando que é o maior provedor do Brasil, que mais da metade dos internautas brasileiros acessam por ele. Aliás, por que tanta ênfase no número de usuários? Afinal, quanto mais usuários num provedor mais congestionamento no backbone do provedor, menos linhas disponíveis, etc, etc, etc, que vantagem há em ser a que mais tem usuários? Sindrome de Maria Vai com a Outras? Xí, olha outra pseudísse psicológica aí!