Políbio tomando na cuia

Se tem coisa que eu não aguento é mal humor.E parece ser sintomático: pessoas que se levam a sério demais geralmente não sabem rir de quem ri da cara deles. Assim sendo, quando ví o Políbio Braga, do Jornal Gente, metendo pau no Tomando na Cuia, não resisti e mandei para ele o seguinte email:

Caro Políbio

> Outros jornalistas, como Rogério Mendelsky, Diego Casagrande,

> Gilberto Simões Pires, Hélio Gama e Érico Valduga, de uma relação
> muito mais ampla, sofrem as mesmas pressões e além disto é-lhes
> sonegado o material informativo do governo (press releases), suas
> demandas por entrevistas são repelidas, autorizações de publicidade
> canceladas são atribuídas à presença deles na mídia (pressão
> indireta a favor de seus expurgos do emprego) e sicários a soldo
> do que existe de pior na vida política do RS chegam ao ponto de
> criar sites especialmente para desonrá-los (veja www.cuia.cjb.com).

Bem, não tenho nada a ver com o site em questão, mas o fato é que a liberdade de opinião tem que ser aceita, mesmo quando essa opinião vai contra certas pessoas. É fato que o nomes acima citados (onde, entre eles, está incluído o seu) fazem oposição ao atual governo, governo este que ganhou uma eleição decidida pelo voto direto. Assim sendo, é mais do que natural que apareça esse tipo de página na Internet, atacando quem ataca o voto alheio. Assim sendo, tal site tem que ser aceito como uma manifestação diante de um quadro que alguns consideram injusto.

A crítica que o site Tomando na Cuia faz é exagerada, de mal gosto? Sim, é. Mas o fato é que ela tem que ser aceita, assim como tinham que ser aceitas durante o governo militar as baixarias promovidas pelo jornal Pasquim. Os autores do site se escondem atrás do anonimato? Sim, mas convenhamos que as pessoas que eles estão atacando (como os Sirotski e os Gerdau) são extremamente poderosas. Assim, o que temos aqui é a reedição de uma tática que era usada até por atuais integrantes do PMDB durante a época da ditadura e que atuavam na clandestinidade quando faziam as suas críticas. O anonimato aqui se reveste de medida claramente preventiva. Ou seja: você pode até não gostar da crítica que é atribuída a sua pessoa, mas tem que aceitar, dentro do jogo democrático que o senhor tanto preza.

Aliás, aproveitando, é ridículo ver, por exemplo, o Diego dizendo que o referido site é patrocinado pela FARC, como ele fez em seu site no endereço

http://www.diegocasagrande.com.br/ponto_de_vista_16_mar_01.htm#parte7

De repente, eu posso não concordar com as posições defendidas por um dos jornalistas acima citados. Se eu fizer uma página anônima na Internet quer dizer que isso me caracteriza como agenciado da FARC? Ou vocês estão querendo dizer que o pessoal do Tomando na Cuia não estão brincando, mas sim falando sério quando da realização das suas críticas?

Aliás, o endereço do site é http://www.cuia.cjb.net

Abraços

Charles Roberto Pilger – charles@pilger.net
http://www.charles.pilger.net – ICQ: 636464
Editor da Poanet – http://www.poanet.com.br

Vamos ver se ele responde. Acho difícil… A não ser que me responda como faz o Diego Casagrande, que praticamente chama os leitores dele de idiotas. Hmmm… não, acho que o Políbio não teria uma reação dessas. Para começar ele é um político, e um político reagir de forma idiota a críticas é assinar atestado de incompetência.

E mudando de saco prá mala, eis a prova do amor do pessoal da Ferrari pelo Michael Schumacher. Brincadeira enviada pelo caro amigo Paulo Antônio Mangabeira Brochado, da Panela.

A diferença é o que importa

Ninguém consegue entender bulhufas do que eles estão falando. Não é inglês nem irlandês. É uma lingua toda própria. O russo fala inglês. O chicano fala inglês. Todo mundo fala inglês, só os ciganos que não. Na verdade até falam, mas chamam o cachorro de “my dag”. E é justamente por isso que ninguém confia neles: não se sabe o que se esperar deles. Você pode ser um “tratador de porcos”, um falso judeu, um ex-agente da KGB, enfim, de todos se sabe o que esperar, mas não de um cigano. Ele não é globalizado, não tem moradia fixa, não se sabe onde estará amanhã. Ninguém presta, mas só os ciganos realmente fazem o inesperado. Essa é uma das “morais” que podemos tirar de Snatch – Porcos e Diamantes, filme de Guy Ritchie (o mesmo de Jogos, Trapaças e Dois Canos Fumegantes). É uma comédia genial de humor negro, onde temos uma história excelente embrulhada numa edição delirante. Muito, mas muito bom mesmo! Um filme realmente diferente, seja nos personagens, seja na forma como a história é contada. A cena do acidente com os três carros é um primor de deslocamento temporal, por exemplo. Fui ver sábado e eu e a minha namorada já acertamos que vamos ver de novo. Vale a pena cada centavo do ingresso! 🙂

Que Lester Bangs que nada!

Reclamei feito um doido por ter me comprometido em escrever algo sobre o Cocteau Twins pro Douglas, da MusicZine, e mesmo assim, depois que entreguei o artigo, acabei aceitando escrever outro, dessa vez sobre o Ruído Rosa, do Pato Fu. Pensei: vai ser fácil, afinal sou fã do grupo. Daí que me toquei a droga que é ser crítico: para um artigo sair bem é preciso apontar os defeitos. Lester Bangs era especialista nisso: ele simplesmente destruía as bandas através das páginas da Rolling Stones. E sinceramente eu não quero destruir os patins… Gosto demais deles para ficar procurando defeito. A sorte é que o CD está muito, mas muito bom, mas aí temos outro problema: como escrever algo elogioso sem ficar parecendo babação? Socorro! É nessas hora que eu me lembro porque eu estudei informática, e não jornalismo…

E falei, falei mas nada de mostrar o texto que mandei. Ok, aí vai: Cocteau Twins, sons sobre tesouros. Esse foi o texto que foi enviado, com 5200 caracteres, não o publicado, com 3500. Sinceramente, acho que assim maior ficou melhor. E agora com licença que eu tenho que escrever um artigo, que o meu prazo tá só uma semana estourado 😉

Ah, sim, claro, um último comentário antes de ir: mas como fumam essas gurias hoje em dia! Pelo menos as blogueiras gaúchas (a Viv, a ChemicalSister e a Mariana) mandam ver nos canudinhos geradores de câncer. Só falta a Cris fumar também pro encontro das blogueiras gaúchas virar literalmente fumaça … Não sei se é impressão minha, mas hoje em dia quem mais fuma são realmente as mulheres. Para cada homem fumante que eu conheço há duas conhecidas pra pedir fogo. Muito estranho isso, já que fumar sempre foi vendido como sendo algo viril (o que é extremamente irônico, já que cigarro pode causar impotência). Como é que a mulherada acabou caindo na armadilha?

Sobre mortes e problemas que se tornam nulos

Morreu um tio da minha namorada ontem. Hoje de manhã ela e sua mãe vão para o enterro em Xangri-lá. Ontem de noite (na verdade a 5 horas atrás) o pessoal da LinuxPOA se encontrou e lembramos da Marina. Anteontem fiquei sabendo que roubaram o carro do pai da Marina a uma semana atrás. O que é perder um carro depois de perder uma filha? Hoje a minha namorada vai no carro dela levar a “sogra” pro enterro. Tentaram roubar o carro da “sogra” semana passada. Hoje vou ligar para a dona Magda e ver se amanhã de noite posso passar na casa dela para separar os livros da Marina que serão doados pra biblioteca da universidade. Essa semana me lembrei do Etamar, um amigo meu que morreu lá em 1995/6 na piscina da casa dele. Não lembro de quando ele morreu, mas me lembro das conversas que a gente tinha e das idéias malucas que brotavam daquela cabeça incrível que ele tinha. Eu tinha um amigo que era um gênio. Eu tinha uma amiga. A minha namorada tinha um tio. Agora só temos a saudade. E estou escutando Portishead.

E assim, com a morte fazendo sombra, chega a conta do cartão de crédito. Já estou negativo no banco, mesmo tendo recebido a quinzena ontem. Tenho ainda que pagar o telefone e o condomínio. Gastei demais: Páscoa, dia das Mães, presentes para duas famílias, presentes de aniversário. Acabei me afundando. Na verdade não me arrependo: fiquei feliz em dar presentes. É bom dar presentes. E sabe? Ficar endividado é pouco, é pequeno. Um ou dois meses de ajuste de contas, de economia e já estarei bem de finanças de novo. Melhor: me programo para não sair mais gastando feito um louco, me programo para parar de comprar revistas como a da MTV, Trip, etc, etc… Me programo para não comprar mais CDs a torto e a direito. Me programo para ver como posso fazer para financiar o meu apartamento, para ser vizinho dos meus amigos . Um ou dois meses afundado, até porque metade do décimo terceiro já está chegando… A minha namorada está um pouco pior que eu: até agora a faculdade onde ela trabalha não está ajudando a pagar o pós dela. É chato ficar sem dinheiro… Mas o que é isso diante da sombra? Nada, absolutamente nada. É só um contratempo, assim como a gripe foi um contratempo. No fim das contas passa, se dá a volta por cima, e segue-se levando a vida, levando a carga de mais uma ferida para ser cicatrizada.

Blogueiros gaúchos uni-vos!

A vizinha Cristina Camargo está querendo reunir a gauchada que tem weblog. Bem, eu sou paranaense, mas moro aqui no RS desde os 5 anos de idade. Acho que já dá para dizer que sou da terrinha… Mas já que ela tocou no assunto, aqui vai os blogs que eu conheço que é de gente daqui:

E um blog que não é blog mas é blog (não entendeu? vá dar uma olhada) é o ParkLife, da Carmela Toninelo e da Manuela Colla (que aliás tem um weblog, mas que tá desatualizado e cujo endereço infelizmente não achei), editoras da Viés. Muuuuito legal. Aliás, falando em Viés, bonita a pequena homenagem feita à Marina: “em memória a menina que queria voar, Marina Simon Becker nossos agradecimentos por todos os ensinamentos.”

E a minha mãe acaba de chegar aqui na sala querendo saber o que estou fazendo. Mais uma vez decidi não dizer, que ela não tem nada que ficar querer lendo meus emails sobre os meus ombros. Ela diz que tem medo que eu ainda entre numa fria, já que se estou fazendo alguma cisa que não posso mostrar para ela é sinal de que estou fazendo algo errado. Caramba! Já estou com 30 anos e ainda não tenho direito à privacidade?

Paixão tem dessas coisas

A vizinha Viviane, da Antropomorphica, resolveu chutar o pau da barraca e colocar umas fotos dela no log onde ela dá uma de Eva. Não, nenhuma baixaria, só um pouquinho de nudismo. Mas o que me chamou a atenção foi que eu via as fotos e ficava pensando na minha namorada, em ir na casa dela, levar um vinho, botar um CD de música celta e ficar a meia luz. Não, não pensei apenas em sexo, mas em ficar abraçadinho, se aconchegando, sentindo o calor um do outro, passando a mão pelos cabelos, ouvindo ela me falando como foi o seu dia… Interessante isso: a gente vê uma mulher nua e logo pensa em outra. Isso sim deve ser paixão.

Meu TC…

Fui hoje buscar a cópia do meu TC que era para ter ido para a biblioteca da universidade, mas que acabou não indo. Porque não? Por que a universidade resolveu que não valia a pena guardar os trabalhos. Assim, a coordenação do curso de informática mandou um aviso pra galera: ou os autores iam buscar ou as cópias seriam colocadas à disposição de quem quisesse. E se ninguém quisesse, virava cinza. Como eu não estou muito a fim de ver o meu TC rolando por aí, até porque eu entreguei ele com bugs, fui lá pegá-lo. Aproveitei e peguei o da minha namorada e de um monte de colegas de trabalho.

Mas o me chama a atenção nessa história toda foi a conversa que eu tive com a coordenadora do curso. Ela me falou que na grande maioria das vezes não valia a pena ler um trabalho de conclusão. Um TC na verdade valia a pena quando tinha uma boa bibliografia associada a ela. Olho então para o “grande” trabalho que eu fiz, com a sua bibliografia mixuruca (infelizmente não havia muito material sobre implementações de listas de discussão por aí…) e me dá um desânimo isso. Se não fosse o fato de que o meu trabalho era uma implementação, logo o foco estava na definição do sistema e na sua codificação, eu ficaria realmente chateado.

Mas, mais uma vez mudando de assunto, deve ser por causa disso que tem tanto gaúcho que se muda pro Rio: Copacabana é fêmea. Eu da minha parte tenho a minha prenda, adoro frio e trabalho no que eu gosto, apesar de alguns pesares. Ou seja: RS rulez.

Festas e mais festas

Esse fim de semana está agitado. Eu e a minha namorada acabamos de voltar de Lomba Grande, onde fomos comemorar o aniversário da minha chefe, a Sônia. Foi num café colonial (Café da Colônia, acabei não pegando o nome direito) e estava muito, mas muito bom. A qualidade era algo… A única coisa que não estava perfeita era o suco de uva, que tinha muito açúcar, mas só isso também. No mais, tudo muito bom. Por exemplo, os doces não eram enjoativos como se costuma ver por aí… (Minha namorada acabou de ler isso e disse “Ai, por que você não falou que tudo são eles que fazem?”, Ok…) São tudo produtos feitos por eles.

Mas na verdade, a grande festa do fim de semana foi ontem. O irmão da minha namorada resolveu fazer uma festa para me “receber” na família, já que o namoro tá mais que confirmado. Ok, lá vamos nós pra casa do homem: na entrada, uma faixa onde estava escrito “Charles – Welcome to family”. A minha “cunhada” e o namorado dela, além da esposa do meu “cunhado” e a “sogra” estavam na porta apitando para me saudar. Entro na casa e no meio da sala aquela caixa enorme com “Para o Charles” escrito. Olho pros lados, e cadê o “cunhado”? Sim, óbvio, só podia estar lá dentro. Assim, enquanto a “cunhada” não tirava a foto (ela meio que se atrapalhou com o flash) eu fiquei balançando a caixa, mexendo nela, só para deixar o homem meio tonto. Acho que exagerei na dose, já que de lá de dentro saiu o Pitibicha. Sério! Meu “cunhado” se deu ao trabalho de revirar o guarda-roupa da mãe dele para achar uma camisa cor-de-rosa, foi numa loja de 1,99 comprar um óculos com lentes cor-de-rosa e pintou suíças e bigode no rosto. Estava idêntico! E não bastasse toda a produção que ele fez nele, ainda fez para me dar de presente uma cueca de couro. Simplesmente inacreditável. O cara quando quer animar uma festa ele realmente consegue. Então foi aquilo, muita gargalhada, muita piada, e um churrasco de primeira na noitada. Mas só ele mesmo para fazer uma dessas…

Ah, é claro: a minha namorada comeu (ontem e hoje) com moderação… Ela ainda tá meio dodói 🙁

Tá dodói…

Shhh… deixa eu teclar baixinho que a minha namorada não tá legal 🙁 Dor de estômago… Ela está nesse exato momento dormindo. Volta e meia acorda e vou lá na cozinha buscar chá de alcachofra. Aliás, ela acaba de acordar e disse que está bem, e não precisa de chá. Também, ô chazinho amargo!

Revista nova para a mulherada

Olhei e não resisti: comprei a Revista TPM, ou Trip para Mulheres. Está muito, mas muito legal mesmo, com matérias que são o cúmulo do besteirol somados a coisas mais ousadas (como um casal que resolveu mostrar fotos de seus momentos mais íntimos). Ou seja: a velha e boa Trip, só que mais voltado para as grrrrrls.

E falando em Trip, eles responderam ao meu email desaforo, onde eu xingava eles por causa do lance do CD. Disseram que vão me mandar ele e pediram o meu endereço, dando junto uma desculpa para lá de furada. Dei o endereço e continuei xingando. Oras, onde já se viu ficar fazendo a gente de bobo? Depois coloco uma cópia do email aqui no log…

E a POANet vai mal 😛 Simplesmente a Freedon To Surf é muito lenta e não tá aguentando o tirão. Ok, tá certo que o serviço é gratuito, mas mesmo assim é de se esperar um pouco mais de estabilidade… Assim, a idéia é nos próximos meses comprar um dos PCs populares, colocar um HD e transformar a criança num servidor web. Local para botar o computa eu consigo (espero). Enquanto isso vou analisar melhor o sistema e ver onde posso fazer otimizações.