Lembranças

Marina, como você conheceu o Linux?

Só para constar o amigo ali sou eu… A doida inventou de formatar o hd dela, mesmo eu avisando: particiona, que você vai precisar acessar a Internet prá matar umas dúvidas. Mas não, ela foi lá, meteu bala, e após arrancar os cabelos acabou fazendo esse tutorial, que um monte de gente já disse que é um dos mais simples e melhores que tem por aí prá quem tá penando prá acessar a rede.

Aliás, falando em tutorial, se você quer aprender alguma coisa sobre TCP vale a pena ver a monografia que ela fez para o pós em administração de redes e que foi aprovado com distinção. Nada mal para uma relações públicas, não?

Marcando touca

Não, eu sou um herói mesmo… Era para mim estar agora lá em Novo Hamburgo, olhando um show da Blanched, mas eu fiquei trabalhando e quando vi já tinha passado das 22 horas. Resultado: não tinha mais um terminal de banco disponível prá tirar dinheiro para poder ir no show! 😛

Que droooooooogggggaaaa!!!! Odeio quando dou umas rateadas dessas. Com isso perdi um show que deve estar sendo muito legal e com uma galera que eu gosto muito.

Trouxa!

BR3 Studio Bar

Quinta-feira de noite fui no BR3 Studio Bar, aqui do lado de casa, depois de ter voltado de um encontro fracassado do BlogTchê em Porto Alegre. Estavam se apresentando no bar o Wonkavision, o Leela e o Walverdes. Gostei muito do som dos dois primeiros: power-pop de primeira, para dançar e curtir.

Já o último não dá prá dizer que eu gostei… Muito pauleira, muito hardcore, contudo não posso negar que muito bem feito. Respeitei os caras! Para quem quer ter uma idéia do que é o som do Walverdes pense em Television com toneladas e toneladas de peso em cima. Simplesmente animal.

Carácoles!

Hoje o Google liberou o arquivo de 20 anos de posts da Usenet, e não é que eu achei um post meu de 1994? O post é justamente um pedido de inscrição para participar de uma lista sobre fractais. Como isso foi parar num newsgroup eu nem imagino. Aliás, encontrei a prova que precisava para mostrar que desde 1996 eu uso o nick Tuddy :)) Vou ser obrigado a mostrar isso pro Tudy do canal #linux da Via-RS 🙂 Quem sabe assim ele para de me encher o saco dizendo que usa o nick a mais tempo que eu…

Mas o que me surpreendeu foi ver que a mensagem de inscrição na fract-l é a quarta mensagem mais antiga na Usenet onde aparece o nome da universidade onde me formei. A primeira foi um evento da universidade divulgado num boletim da SBPC em 11/01/1994. Já a segunda, a terceira e a quarta ocorrência foram todas no mesmo dia: 17/08/1994. Interessante, não?

E interessante também é ver a primeira referência à Björk em outubro de 1989. Já a primeira referência ao Pato Fu é de novembro de 1996. Eu poderia ficar procurando outras coisinhas, mas melhor deixar isso de lado e ir dormir 🙂

Três semanas de dieta

Três semanas de dieta e já perdi 8 quilos! Ueba! Agora estou com 95 kg e, o que é melhor, me acostumando a fazer a minha própria janta só com verduras e legumes. Estou descobrindo que dá para fazer muita coisa boa sem botar um miligrama que seja de farinha. 🙂

Ah, e ando quebrando o regime que me impus? Sim, ando quebrando. Ontem comi churrasco duas vezes, ao meio dia na casa dos meus pais e à noite na casa do Alexandre, irmão da Márcia. Deixei de lado todas as gorduras, mas o fato é que é uma quebra do regime sim… Leve em consideração que na tarde de ontem ainda tomei um Yakut, que tem açúcar. E hoje comi ao meio dia comi uma porção de carreteiro e agora de noite um pouco de queijo. São pecados graves? Não, creio que não. Pior é ficar com a vontade doida de comer e depois, quando o regime acabar, recuperar boa parte do peso de supetão, devido à ansiedade de comer tudo o que não se podia antes. Além disso é fim de semana e grava mesmo seria se eu comesse uma pizza com mouse de chocolate de sobremesa, oras pois! :))

Depois de um bom tempo

Depois de um bom tempo sem chegar perto de uma balança, hoje me pesei: estou com ingratos 105 kg 😛 Isso com 1m70 de altura 😛 Ou seja: amanhã, segunda-feira, dia internacional do começo do regime, começa o meu. Dessa vez vou estabelecer como meta ficar abaixo dos 100, nada de coisas impossíveis do tipo perder 20 kg em um mês, até porque, além de ser praticamente impossível perder tanto em tão pouco tempo, dificilmente consigo manter uma dieta tanto tempo. O plano? 5 refeições por dia: saladas, legumes, frutas, uma carne ocasional e nada de massas e cereais. Café sem açúcar. Nada de refrigerante, mesmo light/diet, assim como bebidas alcóolicas. E procurar sair mais cedo do trabalho e ir fazer caminhadas. É, infelizmente não existe receita mágica para perder peso 😛

Ai minha mãe minha mãe: é a mulher do meu pai…

Ai minha mãe minha mãe: é a mulher do meu pai… já cantava o Falcão. E eu com certeza sou o filho da minha mãe. Depois de gozar da cara dela por que ela promoveu uma festa de aniversário prá minha irmã e não avisou ela, agora sou eu que virei piada lá em casa, e com justiça. Ok, tudo bem, eu lembrei do aniversário dela, comprei flores para dar de presente e descubro, quase tarde demais, que o dia do aniversário dela era realmente dia 7, mas que o dia 7 não era no domingo, mas sim no sábado. Ainda bem que eu liguei de noite pro meu pai para ver se a mãe estava organizando alguma coisinha e eu pedi para a Márcia darmos uma passadinha lá antes de irmos no aniversário de um amigo dela em São Leopoldo. Foi o que salvou a minha pele de ter que agüentar a Dona Marlene me cobrando até os fins dos tempos o fato de ser um filho desligado, relapso, que não se importa com ela… O chato é que tínhamos combinado com a irmã e o cunhado desse amigo que iríamos junto com eles na festa e no fim eles foram sem a gente. Eu na hora até fiquei na dúvida se ia ou ficava (afinal a Márcia tinha já marcado o compromisso), mas no fim das contas acabamos ficando mesmo. Sei que a Lorena não lê esse blog, mas aí vai o meu pedido de desculpas por causa dessa confusão toda.

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E agora, que tal falar um pouco sobre censura na rede? Discordar das opiniões de uma pessoa é algo permitido dentro das regras da liberdade de expressão. Discorda-se e se contra-argumenta. Se a opinião emitida por uma pessoa é caluniosa e difamatória, para isso existe a justiça. O que não dá é ameaçar alguém de levar umas porradas ou coisa pior. Fernando, eu acho que você volta e meia exagera no Pato de Borracha, mas isso não justifica as ameaças que te fizeram. Vai em frente velhão e bota a polícia atrás desses caras!

E deu no New York Times: Pelotas: de gays e gaúchos (e brasileiros “gauches”). Peraí! E sobre Campinas? Não falam nada?

Uma coisa muita legal: The Theory.org.uk Trading Cards. Quem disse que o estudo de teorias tem que ser necessariamente sério?

E em se tratando de diálogos bizarros, vale a pena dar uma olhada no primeiro volume d‚As aventuras da Liga Extraordinária, de Alan Moore (sim, o gênio de “O Monstro do Pântano”, “V de Vingança” e outras coisitas mais) e Kevin O‚Neill. É uma história criada com vários personagens célebres tais como Mina Harker (de “Drácula”), Alan Quatermain (de “As Minas do Rei Salomão”) e Capitão Nemo (de “20000 Léguas Submarinas”). Ao investigar uma série de adolescentes grávidas em um colégio interno, descobre-se que elas estão não sendo fecundadas pelo Espírito Santo, mas sim sendo estupradas por Hawley Griffin (de “O Homem Invisível”). Após observarem um desses estupros, consegue-se capturá-lo e Mina revela para a administradora da escola feminina (Srta. Coote, de “The Yellow Room”, um clássico da pornografia vitoriana) que não é uma mãe de uma futura aluna, mas sim uma agente da coroa inglesa, e completa:

– Mas há uma garota ferida…

E a garota logo diz:

– Oh, eu estou bem, Srta. Coote. Mesmo tendo sida atacada por aquele demônio, estou decidida a me manter otimista.

Nome da aluna: Pollyana. Isso sim é otimismo a toda prova…

Campo pop

Qual é o jeito mais fácil de tornar um objeto invisível? Segundo Douglas Adams, do Hitchhiker’s guide to the galaxy, é utilizando um campo pop. E o que é um campo pop? Pop, nesse caso, significa “problema de outra pessoa”. Assim sendo, se uma pessoa olha para um objeto e vê nele um problema, e se der conta que este é um problema que não diz respeito a ela, ela simplesmente vai ignorar o problema, deixar para outro resolver, afinal o problema é dele.

E por que estou escrevendo sobre isso? Bem, quem acompanha o que eu escrevo já reparou que eu me meto em brigas fáceis. Não brigas de se pegar no tapa, mas sim de ficar discutindo, xingando, etc. É o que aconteceu esse fim de semana com o Políbio Braga, com a revista Trip, enfim, com um monte de gente… Mas é que é aquilo: se eu vejo uma coisa que não acho certa, mesmo que não diga muito respeito à minha pessoa, eu fico indignado, chateado, mordido enfim. Não manifesto 100% das minhas mordeduras, mas volta e meia me sinto tentado a botar as manguinhas de fora.

E é justamente pensando no campo pop que eu leio o texto Não sou voluntária, sou militante!, onde a Gislene Bosnich, da novae, se coloca contra o projeto “Amigos da Escola” e outros projetos de voluntariado. O argumento? Que projetos voluntários estimulam o desemprego, já que trabalhadores gratuitos tiram o trabalho de pessoas especializadas. Sinceramente, é ver a situação de forma muito rasa… Posso dar um exemplo pessoal, já que eu participei de um projeto voluntário, dando aulas de informática para pessoas carentes. Se não fossem aquelas aulas, dificilmente tais pessoas teriam acesso à informação que eu dei, visto que elas não tinham condição para fazer um curso na área. Assim, o meu trabalho voluntário ajudou a alguns alunos a arrumarem empregos, e sem tirar o trabalho de ninguém, já que o público alvo aí era justamente aquele que nunca é visto como consumidor, pois não tem como consumir. E quanto a desempregar professores, não consigo acreditar que o projeto “Amigos da Escola” consiga fazer isso. Para começar, o trabalho de volutariado não é algo confiável em termos de mão de obra: o amigo da escola se compromete a ir tal dia na escola, não está assinando nada que diz que ele estará de qualquer maneira (tirando problemas de saúde ou acidentes) lá, como é o caso de um profissional. Os Amigos da Escola trabalham mais dando aulas em pequenos cursos, ou dando reforço escolar, nunca substituindo o professor. Aliás, esse projeto é uma das poucas coisas boas que eu vejo que surgiram no governo FHC, já que há uma parceria alí da Rede Globo com o Comunidade Voluntária… Mas, enfim, é mais fácil simplificar e tapar os olhos, não vendo que há trabalho para ser feito e falta gente para fazê-lo. É que é facil fechar os olhos e não se aprofundar, afinal isso tudo nada mais é que um problema de outra pessoa.

Mas como não podemos nos entregar pros home, mas de jeito nenhum, amigo e companheiro, convido o vivente para ouvir Peleia, do Ultramen. Tá lá no site deles, disponível em mp3

Eu? Tomando na Cuia?

Ontem eu postei a cópia da mensagem que eu havia enviado pro Políbio Braga. Pois bem, abro hoje a minha caixa-posta e eis que tem uma resposta dele. Assim sendo, segue abaixo uma cópia da minha:

Caro Senhor Políbio Braga

At 11:28 03/06/01 -0300, you wrote:
> Quem é você, Charles Pilger ? O que você faz ? Quantos anos tens ?

> Qual o teu nível de instrução ?
> Por que você não abre o jogo e diz que você é a favor do anonimato
> de uma vez, como forma de atingir e matar o adversário político,
> como fizeram na Rússia e fazem em Cuba ? Abra o jogo, cara !
> Acho uma pusilaminadade e uma covardia inominável defender o anonimato
> para atacar moralmente as pessoas. Só um filho da puta muito grande
> faz isto. E eu vou enfiar na cadeia estes vagabundos, pode estar
> certo. Já contratei os drs. Carlos Souto e Paulo do Couto e Silva
> para isto, estou com ação em juízo, a Polícia Federal tenta pegar
> estes canalhas e, se você me permitir, vou anexar esta porcaria que
> voce me mandou aos autos do processo, para que mais gente saiba do que
> é capaz uma pessoa como você. Escreva-me para me dizer se autorizas,
> porque por enquanto estou considerando a tua carta como coisa privada.
>
> Aliás, quem é voce ? O que você faz ?

Como já coloquei no email anterior, não tenho relação alguma com o site “Tomando na Cuia”. Sou apenas leitor, assim como sou leitor da sua coluna, da do Diego Casagrande, do Barrinuevo, do … enfim, sou leitor de jornais, gosto de navegar na Internet lendo sites informativos, e fiquei conhecendo o “Tomando na Cuia”, que achei engraçado. Uma baixaria? Sim, mas é engraçado. Pode não ser engraçado para o senhor, mas o site é, fazer o quê? Assim sendo, creio que acrescentar o meu email aos autos do processo não vai adiantar em nada, já que não é a mim que você está procurando. Mas se você quiser acrescentar, sinta-se livre e vá em frente. Caso me chamem para depor no que quer que seja, vou simplesmente dizer a verdade: “Não tenho qualquer vínculo com o referido site”. Aliás, do que uma pessoa como eu sou capaz de fazer? Sinceramente estou na dúvida. Afinal, o que eu fiz quando acessei o referido site foi achar engraçado, rir. Ou será que isso é crime?

E quanto à privacidade de minha correspondência, quero que fique claro que eu escrevi para o jornalista Políbio Braga, na qualidade de leitor da coluna assinada por tal jornalista. Assim, desde o início, a mensagem é de carater público, tanto que eu já havia colocado da mesma em minha página pessoal (em http://www.charles.pilger.net ). Assim sendo, sinta-se livre para utilizar essa mensagem como quiseres, desde que a mantenha na íntegra, assim como vou publicar na íntegra essa resposta que estou enviando em minha homepage.

Quanto ao anonimato, deixe-me lembrar ao senhor que não é só em Cuba e na Rússia que ele é empregado. O anonimato serve de arma política na China, onde protestos contra os massacres promovidos no Tibete são denunciados. É utilizada em países islâmicos, por pessoas que protestam contra o lado mais retrógrado da sua fé. Nos Estados Unidos, a polícia aceita denúncias anônimas apontando traficantes de drogas e outros criminosos, assim como aqui no Brasil a ABES aceita denúncias anônimas contra empresas que utilizam software pirata. Ou seja, como pode ser visto, o anonimato pode ser usado por pessoas de todas as matizes ideológicas possíveis. Na verdade, o anonimato se caracteriza como sendo a única forma segura de expressão e de combate, dependendo do poder do inimigo. Eu, por exemplo, como não tenho nada a temer, não fiz uso dele e mandei uma mensagem diretamente para o senhor, com o meu nome. Por que os caras do “Tomando na Cuia” usam o anonimato? Sei lá! Isso é lá com eles.

Aliás, pelo que ví é grande a sua curiosidade quanto a minha pessoa. Pois bem, não sei o que tais informações vão mudar no valor das opiniões emitidas, mas lá vão: meu nome é Charles Roberto Pilger, tenho 30 anos (nasci em 21/04/1971) e sou bacharel em Análise de Sistemas pela Unisinos, onde atualmente trabalho como webmaster e desenvolvedor para a Internet. Como trabalho num setor ligado à área de comunicação, foi por meio de colegas jornalistas que tomei conhecimento do “Tomando na Cuia”. E imagino que o senhor deva ter curiosidade quanto a minha posição política… Pois bem, defino-me como sendo de centro-esquerda, sendo filiado no PT desde 1989. Não sou ligado a qualquer corrente do partido, até por que procuro ter a maior independência de pensamento possível dentro do partido. Aliás, cabe chamar a atenção que as minhas opiniões não refletem o pensamento nem da empresa onde eu trabalho, nem do partido a qual eu sou filiado. Sou pequeno demais para ser porta-voz de tais entidades. Coloco esse lembrete para que não tomem as minhas opiniões como reflexo tais entidades pensam… Bem, acho que basicamente, sobre a minha pessoa, é isso.

Ah, claro: fico surpreso que o senhor e outros leve um site que é escaradamente uma gozação, uma brincadeira, tão a sério, chegando a ponto de divulgá-lo. Se eu fosse a vítima de tal brincadeira ficaria quieto e deixaria por isso mesmo. Na verdade os senhores estão se comportando como aquele cara que leva uma torta na cara e depois mostra o vídeo para todo mundo dizendo: “Pode uma coisa dessas?” Mas como cada um cada um, me limito a achar essa história toda mais engraçada ainda.

Abraços

Charles Roberto Pilger – charles@pilger.net
http://www.charles.pilger.net – ICQ: 636464
Editor da Poanet – http://www.poanet.com.br