Primeira vista

É incrível como as coisas acontecem… Duas pessoas: uma pela qual eu nutro um carinho e um desejo enorme; outra que me é muito querida, alguém que eu levo no peito como sendo uma pessoa muito, mas muito especial. Apresento uma para a outra e o que acontece? Paixão fulminante à primeira vista. E agora? Agora só posso torcer para que tudo dê certo entre essas duas pessoas que eu quero muito bem e ficar observando essa história de longe. E fica a lembrança: aproveitem o momento crianças. Nada mais é maravilhoso do que a paixão.

Sim, cupido eis o que sou. Agora só tenho que aprender a acertar as flechas que atiro para mim.

Taty strikes again

Eu tinha visto no blog da Walverdes e esqueci de comentar:

t.A.T.u: “Nós não somos lésbicas”

O duo pop russo t.A.T.u. finalmente admitiu: Lena Katina e Yulia Volkova não são lésbicas. Quando surgiram no cenário pop no ano passado, elas causaram frisson ao trocar beijos e se abraçarem nos shows, clipes e performances na televisão. Seu primeiro hit ganhou uma versão em inglês, “All The Things She Said”, que as transformou em sucesso imediato.

Agora, Lena admite que tudo não passou mesmo de armação e que as duas têm namorado em Moscou. A cantora disse ainda que já tem planos de deixar o t.A.T.u. em março para partir em carreira solo e que ainda não tinha comunicado Yulia.

“Nós estamos de saco cheio uma da outra e cansamos de bancar as lésbicas”, explicou. “Acho que será um choque para os meus amigos, minha família e também para Yulia. Mas não vejo a hora de me livrar desse uniforme escolar que usamos nos shows e tudo o mais que lembra o t.A.T.u.”

No Gordurama eu já tinha dito que era tudo um grande jogo de marketing, exploração sexual em cima da imagem de ninfetinhas se beijando, etc, etc… Ok, óbvio que eu não fui o único que disse isso. Já tinha um monte de gente que tinha sacado de cara qual era a da dupla. Mas devo ter sido um dos poucos que viu com bons olhos essa história toda… Bem, enfim, até que o teatrinho tava durando tempo. E sacanagem por sacanagem o que realmente me deixa triste é que o filme delas não saiu! Pô, como é que o Ivan Shapovalov me dá uma mancada dessas?

Silenzio. No hay banda.

Palhaçada. É horrível dizer isso mas é essa a palavra que resume o show de hoje da Deus e o Diabo e da Blanched. Não, não foi porque as bandas tocaram mal, porque a qualidade do som era sofrivel, porque um dos integrantes de uma das bandas resolveu sair no tapa com alguém. Não, nada disso, afinal estamos falando de duas bandas sérias, que não são chegadas em ficar fazendo baixarias. O problema foi o que dono do Basttidores Bar (um tal de Teodoro) fez e que foi uma total falta de respeito para com os artistas e o público.

A noite estava indo bem. Ok, ok, a Thiane me falou que os vídeos que estavam programados não iriam ser mostrados por problemas técnicos mas tudo bem, a gente deixa por isso mesmo, afinal o importante era o que ia acontecer no palco. E o que dá para dizer do show da DEOD? Apenas isso: foi ótimo, maravilhoso. Hoje havia um entrosamento perfeito entre os membros da banda, entrosamento esse que não teve no show anterior lá no Dr. Jeckyll (e que a própria banda chegou a comentar no blog dela). Além disso as participações mais que especiais do pessoal da Monodia no violino e no violão foram extremamente felizes. E o que foi a música nova (Silêncio)? Boa, muito boa mesmo. E, ao mesmo tempo que se lamenta o fato dela não estar no CD que logo estará saindo, se comemora por se saber, desde já, que o CD posterior contará com uma música daquelas. Assim sobre o show da DEOD só posso dizer que quem não foi perdeu.

E daí veio a Blanched, que começaram tocando Ter estado aqui. Até aí tudo normal. O problema começou durante a execução de Tristes dos que procuram dentro de si respostas, porque lá só há espera. Foi quando o tal de Teodoro foi falar com o pessoal da DEOD num estado bastante alterado. No que acabou a música foi o cara junto com o Guilherme, baixista da DEOD, falar com o Leonardo. A banda então baixou o volume dos instrumentos, dando as tintas do que estava acontecendo. Detalhe: o som não estava alto, estava normal. A banda começou a tocar, dessa vez Mandrágora, e o cara do bar foi falar com o Muriel, que tava no canto do palco na dele, esperando a vez dele voltar a tocar. Peraí, eu disse falar? O cara meteu a boca no Muriel, isso sim. E de uma forma bastante agressiva, descontrolada.

Acabada Mandrágora, mais uma vez o cara pediu para que o som fosse baixado. E nesse ponto insisto: não estava alto, não estava MESMO. Eu estava sentado bem na frente da banda, e o volume que eles estavam tocando nem se compara com o de outros shows, onde se saia com os ouvidos zunindo. Os membros da banda conversaram e concluíram que não havia condições de tocar, afinal abaixando mais ainda o volume isso descaracterizaria o som deles, e então de forma lacônica se despediram do público. Acompanhando depois o desenrolar da coisa toda ouvi o dono do bar argumentando que havia recebido dois telefonemas de pessoas reclamando da música (ou seja: duas pessoas no telefone tem mais poder de voz que todo o público de mais de 50 pessoas que estavam dentro do bar), que aquilo lá não era o que tinha sido combinado (?), que a “Cachorro Louco” (sic) botava 500 pessoas lá dentro (olha, duvido que caibam 500 pessoas dentro daquele caixotinho) e não tocavam tão alto. Ou seja: nada que justificasse o desrespeito ao trabalho que estava sendo mostrado lá. Lamentável, simplesmente lamentável.

Ok, o que eu achei da atitude da banda? Achei acertada, plenamente justificável. E não, não falo isso por ser amigo dos integrantes da banda nem nada, mas como ouvinte, alguém que conhece o trabalho da banda e sabe que distorções fazem parte do trabalho feito. Eles poderiam ter baixado o som mais ainda? Sim, mas não seria mais a Blanched, e sim uma sombra pálida da banda, de forma que de qualquer maneira o público sairia perdendo. E lá se foi uma noite que tinha tudo para ser bela, com duas das minhas bandas preferidas tocando junto. Fiquei na hora brincando, até para não deixar o desânimo imperar de vez, que isso ia pros anais da Blanched, que ia fazer parte daquelas lendas que todo grupo coleciona, etc, etc, mas o caso é que foi triste ver o abatimento do pessoal da Deus e o Diabo, que tinha programado uma senhora noite (aliás, merece destaque o trabalho do material distribuído nas mesas com as letras das músicas, com certeza uma boa idéia) e viu tudo naufragar, a tristeza do pessoal da Blanched, que teve seu show abortado, e a tristeza do público, que de repente ficou sem ver o show que queria. E tudo isso por causa de um idiota. Um grande idiota…

Silenzio. No hay banda. No hay banda.

Foi como quebrar os dentes

A idéia era simples: primeiro eu iria ver a Tom Bloch no Ocidente e depois eu iria ver a Pata de Elefante no Dr. Jeckyll. Era para ter sido isso, se os meus caros colegas do Gordurama (verdade seja dita: o Diego até queria ir na Pata, mas sem gente para ajudar na gasosa no way) não tivessem dado para trás e resolvido ficar em casa. Assim, sem carona para voltar o jeito foi assistir apenas ao primeiro show. Mas, enfim, o consolo é que foi um belo show. Para quem queria ir e não conseguiu o setlist foi o seguinte:

  • Ali
  • uma nova cujo nome desconheço
  • Trema, com Bel (Irmãos Rocha) no baixo
  • Nossa Senhora
  • Pela Ciência, com Frank Jorge no vocal
  • I Want To Be There
  • Jardim
  • O Amor (Zero Sobrevivente), com Serginho Moah (Papas da Língua) no vocal
  • Sorte, com Mauren no vocal
  • No Surprises
  • Questão de Tempo, com Grazi (Wonkavision) no vocal
  • Gigantic, com Grazi de novo
  • Ontem
  • Poderia Ser Eu, com Mini (Walverdes) na guitarra
  • Grace
  • Moonage Daydream
  • Nessa Casa, com Diego Medina (Video Hits) no vocal
  • Difícil Reconhecer, com Marion Velasco no vocal

Estava anunciado que o Thedy Corrêa do Nenhum de Nós também ia participar, mas para a sorte de todos o cara deu o cano. Na minha opinião a melhor participação foi a da Marion Velasco (aliás parece que a musa de Nossa Senhora é ela, o que já é um mérito – se isso é verdade ou não já é outra história…), o que me faz lamentar profundamente o fato de nunca ter ido num show da Plastic Dream ou da Adventure. Na época em que ela era cantora eu estava mais interessado em ficar ouvindo Björk na frente de um computador do que sair por aí para fazer festa, de forma que muita coisa que aconteceu em Porto Alegre eu perdi.

Aproveitando, o Frank Jorge lançará disco novo agora em setembro. A essas alturas do campeonato deve todo mundo estar sabendo, mas enfim fica aí a nota.

E o toque inusitado da noite ficou por conta do setlist, onde em vez de Mini estava escrito Minnie. Nada como antigos companheiros de banda para ficarem sacaneando…

Golfinhos e tubarões

Sábado passado, durante a festa, conversei com o Douglas sobre tubarões. Ele estava impressionado com a selvageria do bicho e estava falando que ele era praticamente invencível. Foi aí que eu me lembrei e contei para ele que golfinhos matam tubarões, coisa que o Galera chamou a atenção que pode ser lenda. Pois bem, fui atrás de informações e achei a seguinte afirmação feita por Fernando L. Martins, instrutor de mergulho:

Como são grandes predadores, os tubarões não possuem muitos predadores naturais. Alguns exemplos poderiam ser as orcas (Orcinus orca), cachalotes raramente (Physeter macrocephalus), algumas espécies de crocodilos (particularmente na Austrália) ou outros tubarões. Golfinhos podem matar tubarões, mas não com o propósito de alimentação e sim de proteção, então não são considerados predadores.

nessa página vi que são necessários apenas 5 golfinhos para se defenderem de 90 tubarões: os golfinhos quando ameaçados se organizam de forma que, enquanto alguns deles distraem os tubarões, outros atacam, dando um golpe no peito ou mordendo-o (sangrando o tubarão é atacado por outros tubarões). Só que o fato da página ser uma daquelas moralistas, querendo transmitir uma “mensagem”, não dá muita confiança para levar tal informação a sério, de forma que se alguém souber alguma bibliografia séria sobre o assunto eu agradeço.

De qualquer maneira, uma coisa que eu fico imaginando que deve ser a briga é um pega entre um crocodilo e um tubarão. Uh!

Benzadeus!

Não basta a Hafdis Huld cantar super bem, de forma suave e sensual, e ela ainda é uma gata… O que é que a Islândia tem?

Aliás, vale conferir o som do Production Club, banda onde ela vem fazendo algumas participações especiais (na verdade é na faixa Rid Of You, que você não encontra na página, mas que tem nos p2p da vida). Outros trabalhos que ela vem fazendo desde que saiu do Gus Gus podem ver vistos aqui.

Charles para Rei Momo

Pois ontem não sei o que me deu na cabeça e depois de anos fui pular carnaval. E pior: no Clube Comercial de Taquara, clube à qual eu era associado e que foi onde um dia, a uns 15 anos atrás, eu indignado rasguei minha carteirinha na frente do porteiro por causa de uma injustiça feita com um amigo (dois palhaços brigaram e o cara, que não tinha nada a ver com o assunto, foi expulso da festa). Pois é, eu fui pular carnaval e no Clube… Eu, que geralmente torço o nariz para esse tipo de festa, até fazendo trenzinho, com direito a dedinho para cima, fui visto. E pior: hoje só não vou porque dormi o dia inteiro e estou sem dinheiro para a cerveja básica lá no salão, que é tão quente que parece a ante-sala do inferno. Ainda não sei dizer se isso – ficar pulando carnaval sem atucanações – é decadência ou uma evolução…

Mas, enfim, me diverti, enchi a cara (mesmo que de – argh – Kaiser) e até uma pessoa que gostaria de ver eu vi, sendo que ela me cumprimentou com alegria, sinal de que entre nós dois está tudo em paz. Isso sim foi muito bom. Ô isquindô isquindô!

Como? Eu sou um fato relevante de 2002?

Por ICQ o Rafa manda essa:

olha o cara entrando em retrospectiva
http://www.magnet.com.br/bits/especiais/2002/12/0005

Vou lá dar uma olhada e dou de cara com isso:

Charles Pilger e mais um grupo de programadores ganham terreno com o RSSFicado, uma agregação milagrosa do melhor da mídia brasileira e de uma tecnologia simples e interessante.

Tu vê. Meu nome entrando numa retrospectiva é mais uma prova para a teoria dos 15 minutos de fama do Andy Warhol… Aliás é gozado criar fama em cima de um padrão criado por outras pessoas. A única coisa que eu faço é tentar difundir o formato no país, nada além disso. E mais uma vez chamo a atenção: o projeto RSSficado nasceu graças ao Kenji, que saiu por aí tentando convencer o pessoal a RSSficar seus blogs… Ele sim é que deveria levar o crédito.