F É R I A S ! ! !

Férias!!! Volta ao trabalho, só na primeira quarta-feira de março. Dia 07/03/2001!!! 30 dias! Praia! Estrada! Trago! Dormir até tarde! Uhu!

A idéia inicial era ir para Montevideo, mas com o câmbio do jeito que está não vai dar. Mas tudo bem: Santa Catarina tá aqui do lado e vou passar uns dias lá. E vou ficar uns dias na casa dos meus pais, curtindo o meu sobrinho de 2 anos. Periga até eu fazer um curso de observação de pássaros em São Francisco de Paula!

Vai dar até tempo prá ficar pensando se vale a pena gastar 400 paus no computador popular que o governo nacional vai lançar. Montar uma rede em casa, por que não? Deixo o K6 pros trabalhos sérios e o novo para acessar a Internet… Mas vou pensar nisso depois. O importante agora é esfriar a cabeça e curtir 🙂

Vamos cantar

Fui na casa do Renato Velho hoje. Ele tem uma empresa, a Vamos Cantar, e vou fazer o site dela. Gostei de ver que ele quer uma coisa do jeito que eu gosto: simples, sem frescuras. Foi legal conversar com o Nato, sair prá tomar um chopps e comer uma pizza com ele e esposa. Deveria ser feita uma campanha pelo governo: O Ministério da Saúde adverte: sair com os amigos faz bem pro coração.

E amigo é o que não faltou para o maestro Zé Pedro, lá da Unisinos. Infelizmente ele faleceu, junto com dois de seus filhos, domingo num acidente de carro. Não se sabe bem ao certo o que aconteceu, se ele dormiu na direção ou se teve um mal súbito. Na verdade isso não importa. Importa que ele foi uma pessoa incrível. Nunca vou esquecer como fiquei conhecendo ele: estava parado, na frente do meu computador, olhando prá tela, quando de repente alguém segura a minha cabeça e dá um beijo na minha bochecha. Levei o maior cagaço com o susto, enquanto ele caía na risada. Não entendi nada na hora… Quem era aquele doido? Que história era aquela? Depois é que fui ver que ele era daquele jeito mesmo: irreverente, agitado, sempre procurando chocar um pouco os outros com a sua alegria. E além de tudo um ótimo maestro. Inesquecível a vez em que, ele regendo, deixou o palco e desceu à platéia, para assistir junto o espetáculo… É Zé Pedro, não preciso dizer vá com Deus, pois certamente já estás batendo um papinho com ele.

E já que é para falar de alegria, aliste-se na A.L.A.J – Associação dos Libertadores dos Anões de Jardim e ajude esses pequenos seres a serem felizes.

Update em 2010: acabei não fazendo o site. Estava com tão pouco tempo que não deu para fazer 🙁 Devo essa pro Renato até hoje. 🙁

Coisa de doido

Quem sou eu para julgar o que passa pela cabeça das pessoas? Na verdade, cada um pode fazer o que quiser consigo mesmo, desde que não machuque outra pessoa por mim tudo bem. Mas, mesmo assim, confesso que é difícil aceitar o que o pessoal que pratica body modification faz. Cortar a lingua ao meio para parecer uma lagartixa, encher o corpo de ganchos e ficar pendurado por eles… Não, não é para mim. Mas cada um cada um…

E num esquema mais light, ainda não sei se vou ou não tatooar um código de barras com a minha data de nascimento. O efeito seria interessante, mas o que me desanima é a idéia de que aquela coisa é algo meio que permanente. Ok, tem cirurgia laser para remoção, mas mesmo assim deixa marcas. E como eu não gosto de nada que eu não possa mudar de lugar ao meu bel prazer, não me animo. É por essas que eu acho que quem faz tattoagens na verdade é meio conservador.

Atenção desligada

Luz cortada em casa. Me distraí e esqueci de pagar a conta de luz de dezembro e de janeiro. Fui correndo no caixa automático aqui perto de casa, que faz leitura de bloquetos com código de barras e paguei os dois. Avisei a companhia de luz e daí veio a facada. Se eu quisesse ter luz ainda esse fim de semana deveria pagar 19 reais. Senão, luz só na segunda. Paguei, me xingando de tudo que é nome, maldizendo essa droga de falta de atenção que eu tenho. O lado positivo da história (tem que ter um, para manter o bom humor) é que limpei a geladeira, que estava com uma camada grossa de gelo no congelador.

Minha namorada veio aqui em casa na quinta. Cervejinha gelada e muito papo madrugada adentro. Uma noite ótima, comprovando que Cocteau Twins (principalmente) serve perfeitamente como uma trilha sonora para momentos agradáveis. O único problema foi trabalhar no dia seguinte, mas nada que um café reforçado não desse uma mãozinha. E o pessoal do Fórum Mundial Social dormiu no ponto e não registrou o endereço www.forumsocialmundial.org. Mas o Instituto Século XXI não e foi lá: criou uma página criticando o fórum, principalmente os gastos feitos pelo governo do Estado com os convidados. Chega a ser engraçado, devido ao tom irritado e aos colaboradores (principalmente o Olavo de Carvalho, o "filósofo" que consegue chamar o maior capacho neo-liberalista do mundo - Fernando Henrique Cardoso - de marxista sem ficar com a cara vermelha). Mas, apesar disso, acho a iniciativa válida: sempre que há o poder tem que haver a crítica ao poder, senão vai pro espaço a democracia. E é lamentável como a gente nunca ouve falar de algumas pérolas. Você já ouviu falar do Anima? Pois é, até hoje de manhã eu também não. Mas foi com alegria que fiquei conhecendo e comprei o CD Especiarias, composta de músicas que vão do século XIII ao século XVI, canções populares e composições próprias. Muito, mas muito bom de ouvir, além do que a caixa do CD é um espetáculo a parte. Aliás, como é que um grupo de tão bom gosto tem uma homepage tão feia ??? E pior: desatualizada, argh!!! Mistério...

Cumpadi

O irmão da minha namorada casou ontem. Para a minha surpresa fui um dos padrinhos de casamento. É uma sensação estranha uma pessoa confiar a você o direito de poder opinar sobre a vida dela, ver que ela me deu passe livre para que, se um dia houver uma discussão boba com a esposa dele , eu possa chegar e dizer: “Larga a mão de ser besta, meu!”. Agora, se ele vai me ouvir ou não são outros quinhentos…

E outros quinhentos é sair de novo com a cunhada bêbada. Brinde de champanhe no aeroporto pros noivos até vai, mas… Bem, teve uma hora que eu só disse: “vou no banheiro” e saí de perto, que a zoeira já estava grande. Sei não, mas tenho a impressão que a noiva , do jeito que é, não vai perdoar a cunhada tão cedo pelo mico. Ou vai voltar da lua-de-mel e cair na gargalhada lembrando a cara do pessoal em volta enquanto eles ficavam cantando. Sei lá. Só sei que ela hoje deve ter ficado o tempo todo falando: “Não, eu não fiz isso! Capaz! Não, não fiz!“. E dá-lhe ressaca!

Pensando bem, na hora da zoeira eu queria sumir, mas se eu estivesse um pouco mais alto teria me divertido prá burro. Acho que o caso aqui é eu meter um pouco mais de álcool no sangue e deixar de parar de me preocupar com que os outros estão pensando. E dá-lhe festa.

Update em 2014: esses dias encontrei meu cumpadi, separado. O casamento infelizmente não durou, mas resultou numa menina linda linda.

Carro 107

Estação Unisinos do Trensurb. O metrô chega na estação e pára. A porta fica bem na minha frente. Observo o passageiro que está dentro do trem, pronto para descer. Ele está com a cabeça para baixo, olhando o chão… Lentamente a levanta e olha para mim através do vidro da porta. Ficamos nos olhando, parados um na frente do outro. Canso de olhar para ele e viro minha cabeça em direção à cabine do condutor, distante. Não vejo nada. Olho novamente para a pessoa parada na minha frente. Não sei como está a minha cara, mas deve estar como a dele: cara de quem não está entendendo nada. O metrô começa a andar e parte. Meio pasmo ainda, só escuto o fiscal do metrô falando no walkman: “alô, o carro 107 saiu sem abrir as portas!”. Porque tenho a impressão que só comigo acontece uma coisa dessas?

E para quem ainda não sabe, já tá na rede o trailer do filme O Senhor dos Anéis.

Cada jornalista…

Argh! Se sendo um joão ninguém eu já tenho dor de cabeça com jornalistas, imagina se eu for famoso um dia (hipótese muuuuito pouco provável, graças a Deus). Saiu uma matéria sobre mim no Enfoque Campus (jornal experimental do curso de jornalismo da Unisinos). Para começar, a guria que conversou comigo falou que era um trabalho de aula, e não que ia ser uma matéria publicada. Mesmo assim, tá lá, com direito a foto (horrível, por sinal - posso até ser feio, mas o que tá alí é um exagero) e tudo. O brabo é ver ao lado do artigo uma coluna chamada "Dicas do Charles". Mas como eu posso dar dicas de sites que eu nunca visitei? Nunca acessei o site da Ananova, não me interesso por Wap, então como vou dar dicas sobre isso? Ok, até acho o Banheiro Feminino divertido, mas tem coisa mil vezes melhor na rede para ficar sugerindo. Queria saber como é que a guria sai por aí dizendo que são dicas minhas... Cada uma!

Duas faces do não ter nada para fazer

Não ter nada para fazer… Pode ser algo tanto ruim como bom. Depende apenas de onde e do estado de espírito que você está. Por exemplo: sábado de noite cheguei em Taquara e foi aquilo: nada, absolutamente nada de interessante para fazer. Acabei indo parar no Saturno Blues Bar e fiquei alí com alguns amigos, justamente reclamando do quê? De que não havia nada para fazer na cidade. E domingo de tarde vou visitar o Veraneio Hampel, em São Francisco de Paula. Nada para fazer, mas num astral completamente diferente, curtindo a chuva na Serra e o frio. Outra coisa que me chamou a atenção: em nenhum momento sábado de noite se falou em agitar algo por conta própria. Ninguém propôs nada. Só ficamos lá, reclamando, reclamando... Não é a cidade que está num marasmo. Ela só é um reflexo da pasmaceira de vida que vamos levando. E falando em Taquara: novo prefeito e tendo que governar sem ter telefone ligado na prefeitura, já que a CRT cortou o mesmo por falta de pagamento. Me pergunto: será que o Tito (o prefeito anterior) também está com o telefone cortado na casa dele? Sinceramente duvido muito.

Calor animal

O meu projeto de um site à lá Slashdot tá se arrastando… Hoje era para eu estar programando, mas quem disse que me animei? Tanto hoje como ontem cheguei em casa e nada… Hoje, por exemplo, em vez de sentar e programar um pouco fui no Factory tomar uma cervejinha. Tá certo que tá quente, mas isso não é do meu feitio. E assim fiquei lá, curtindo a música ao vivo… Tenho que fazer isso mais vezes, só que sem parar no balcão: é constrangedor toda hora ter que dizer não pro garçon quando ele pergunta se você quer mais um copo. Da próxima vez pego uma mesinha e fico lendo a minha revista lá… De qualquer forma o meu deadline é dia 15/01… Tenho que me mexer se eu quero ver esse projeto sair no prazo.

Mudando de assunto, um amigo meu (Carlo Marraschin), que está morando na Suécia, apareceu na Unisinos, onde éramos colegas de pesquisa. Depois de anos foi buscar o diploma dele e aproveitou para dar um oi. Foi legal ver que o cara continua o mesmo e que não ficou esnobe por se dar bem na vida, ao contrário de muito idiota que eu conheço por aí…


Update em 2010: e o tal site não acabou saindo…