FINALMENTE !!!!

Até que enfim! Finalmente o redirecionador www.charles.pilger.net voltou a funcionar! Estava me segurando desde sábado para não mandar um email reclamando para a NamePlanet. Afinal, é aquilo: serviço gratuito nem dá para chiar muito. É por isso que espero para ver quando é que eles vão dar a opção de pagar pelo serviço, de forma que eu possa cobrar qualidade.

E a outra boa notícia do dia é que ganhei do site Radar Magazine o último CD do Yo La Tengo. Já é o segundo CD que eu ganho numa promoção online. O primeiro foi um do Letfield, do Bits Da Madrugada.

Por um Estados Unidos capitalista

A idéia me ocorreu hoje de noite, ao conversar via ICQ com o meu amigo Rogério Rauber: porque não fazer uma campanha defendendo a transformação dos Estados Unidos da América num país capitalista. Sim, ou você acha que eles são capitalistas? Pense bem: por definição, no capitalismo, o Estado não intervem na economia, certo? Quer país que mais se mete na economia dos outros que os Estados Unidos? Quer país que mais adota práticas protecionistas? Pois é… Assim sendo, vou amadurecer a idéia e depois, quem sabe, lanço a campanha Por um Estados Unidos capitalista. Taí uma que o Olavo de Carvalho vai adorar. Afinal, se prá ele o FHC é comunista…

Flechas contra o tempo

Eletista, de extrema direita, eis algumas definições que eu já ouvi sobre Janer Cristaldo, jornalista gaúcho que há alguns anos “sofre São Paulo”, como ele mesmo diz. Eu, que gosto de acompanhar semanalmente sua coluna no Baguete Diário, vejo ele como um daqueles velhos humanistas, que não querem saber se o governo (ou desgoverno, no caso) é de direita ou de esquerda, mas sim se o homem, e a sua liberdade de pensar e opinar, estão sendo atingidos. E eis que o homem acaba de lançar uma coletânea, chamada Flechas contra o vento com as suas crônicas, no formato eBook. Vai aí uma palhinha do que tem por lá:

Em julho de 1979, quando presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC paulista, o líder petista Luís Inácio Lula da Silva deu uma entrevista à Playboy, na qual citou Hitler e Khomeiny como duas figuras políticas pelas quais nutria admiração. O então sindicalista elogiou a “disposição, força e dedicação” de Hitler e afirmou: “O Hitler, mesmo errado, tinha aquilo que eu admiro num homem, o fogo de se propor a fazer alguma coisa e tentar fazer”. Durante três eleições presidenciais, foi o candidato mais votado das oposições, sem que nenhum líder – europeu ou cá de baixo – se preocupasse com esta sincera admiração.

Lula, que se saiba, jamais nutriu maiores afetos por tiranos menores, como Pinochet, Galtieri ou Stroessner. Mas gostava também do aiatolá iraniano, “Eu não conheço muita coisa sobre o Irã, mas a força que o Khomeini mostrou, a determinação de acabar com aquele regime do xá foi um negócio sério”.

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Se João Paulo acredita em Deus, não deve ser no mesmo que nos mostra a Bíblia. Jeová regulamenta a escravidão e ordena massacres, guerras de extermínio, sacrifícios cruentos de crianças. Nestes dias em que, num estupro à semântica, até Pinochet é acusado de genocídio, o deus judaico-cristão é o primeiro responsável na história por uma matança das boas. Diante da ira divina, os bombardeios de Clinton à Iugoslávia são obra de aprendiz de genocida. Irritado com a humanidade pecadora, Jeová inunda a terra toda e mata todo ser vivo, salvando apenas Noé, sua família e um casal de cada espécie viva. Pelos pecados humanos, pagaram até as bestas. Quem mata um é assassino, quem mata milhões é conquistador, quem mata todos é Deus – costumava dizer Jean Rostand.

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No entanto, não é raro que uma adolescente, filha de árabes, vivendo em Paris, estudando em Paris com suas amiguinhas francesas, tenha de abandonar a escola para casar com um primo a quem fora vendida ao nascer. Ou que, por ordem dos pais, esta menina insista em freqüentar uma escola laica com um véu cobrindo o rosto. Ou, como também acontece, surge aquele dia entre os dias em que uma sage femme chega em um vôo da Argélia, munida de uma navalha ou cacos de vidro, para executar o trabalho infame que os médicos franceses não aceitam executar. No país em que as mulheres alcançaram um invejável grau de independência pessoal e profissional, uma menina, pelo fato de pertencer a uma cultura muçulmana, é tratada como mercadoria e sexualmente mutilada… só porque uma tradição de brutos do deserto assim o quer.

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Quando ouço falar em cultura indígena, puxo do coldre a História. Se me debruço sobre a Rússia, por exemplo, lá vou beber em fontes como Dostoievski, Kuprin, Scriabin, Eisenstein. Se me viro para a Suécia, lá estão Liné, Lagerlöf, Lagerkvist, Boye, Bellmann, Bergman, Taube. Se rumo à Finlândia, encontro Sibelius, Alvar Aalto, o Kalevala, a Nokia, etc. Se volto pela Alemanha, lá estão Goethe, Schliemann, Nietzsche, Einstein. Viro rumo à “nazista” Áustria, lá me esperam Mozart, Freud, Klimt, Koestler. Na França, tenho desde Rabellais a Balzac, Rodin ou Bizet, Concorde ou camembert. A Espanha deu ao mundo Cervantes, Cela, Goya, Gaudi, Dali, Picasso, flamenco, cante hondo.

Da Itália, nem se fala: Dante, Da Vinci, Rafael, Verdi, Vivaldi, Papini, Puccini, Fellini, spaghetti, Sofia Loren. O festival é tamanho que lá se origina a chamada síndrome de Stendhal, a crise que acomete todo viajante sensível perturbado com as manifestações da arte. Da Grécia, posso trazer um farto legado, que vem de Sócrates e Platão a Kazantzakis, passando por Theodorakis ou Costa Gavras. Mesmo o modesto Portugal, me oferece desde Eça e Pessoa, fados e caravelas, Porto e ginja. Isso sem contar as Notre Dames da vida, os Schonbruns, Versailles, Neuschwansteins e Hermitages. Já nem falo das cidades em si, festas que deslumbram o viajante, nem das arquiteturas, universidades, bibliotecas, museus, tecnologias, transportes, vinhos e queijos, cozinhas.

São estas conquistas humanas que me fascinam, e nisto não estou sendo nada original. Volto-me então para o universo indígena brasileiro. Onde encontrar algo que possa deslumbrar alguém, servir como emulação ou exemplo para gerações futuras?

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Como se pode ver, o homem merece realmente uma lida, nem que seja para se discordar dele.

Mas falando de weblogs… Nimpha, da lista Breinstormi. Uma pérola, assim como a sua antiga weblog, a Du Hast.

E nada do www.charles.pilger.net voltar… 😛 Já passamos de friday e nada…

Se sexo é o que importa, só o rock é sobre amor

Matéria muito interessante no Notícia e Opinião sobre o empresário Oscar Maroni Filho. Ex-psicólogo, virou um dos pornógrafos mais bem sucedidos do país e defensor da liberdade de expressão e o direito da humanidade de “fantasiar, delirar e ser dono da própria sexualidade”. Ok, pode ser outro vivaldino como o Larry Flint (da qual ele é fã, por sinal) que usa esse discurso para ganhar dinheiro, mas mesmo assim não consigo deixar de simpatizar com o cara. Assim como não consigo deixar de simpatizar com o ex-padre Roque Rauber, dono da casa noturna Sofazão.

E a versão em português sai quando?

O autor de um dos melhores artigos que eu já lí sobre software livre, Glyn Moody, acaba de lançar um livro sobre o movimento, mostrando a história e os motivos que levam pessoas a abdicar de uma boa fatia do seu tempo de vida a ajudar aos outros desenvolvendo sistemas livres. O nome do livro? Código Rebelde (Rebel Code). Mais sobre o livro pode ser lido no site da Wired Brasil.

E uma idéia simples mas genial: um site onde é colocada uma foto em preto e branco e as pessoas contribuem com histórias baseada naquela imagem: InkBlot. Por incrível que pareça essa dica saiu da Hard Cyber.

Update em 2014: e pelo visto a resposta para a pergunta do título do post é no dia de São Nunca. Passados 13 anos e nada de tradução, e levando em conta que software livre deixou de ser A Onda acho difícil que algum dia essa saia…

Mensagem de erro

Aconteceu com um colega da lista Netche (e eu que achava que isso era piada de informática) :

From: Sandro Timm
Date: Thu, 15 Feb 2001 08:34:33 -0800 (PST)
Subject: [NETCHE] O que fazer?

Aconteceu hoje com meu computador:

Keyboard failure
Press F1 to resume

Sandro

E aproveitando outra que saiu na lista Netche, aí vai uma lista de mais:

Mais ligado que rádio de preso
Mais curto que coice de porco
Firme que nem prego em polenta
Mais nojento que mocotó de ontem
Saracoteando mais que bolacha em boca de véia
Solto que nem peido em bombacha
Mais curto que estribo de anão
Mais pesado que sono de surdo
Mais nervoso do que gato em dia de faxina
Tranquilo que nem água de poço
Mais amontoado que uva em cacho
Mais perdido que cego em tiroteio
Mais perdido que cachorro em dia de mudança
Mais faceiro que guri de bombacha nova
Mais assustado que véia em canoa
Mais angustiado que barata de barriga pra cima
Mais por fora que quarto de empregada
Mais por fora que surdo em bingo
Mais sofrido que joelho de freira em semana santa
Feliz que nem lambari de sanga
Mais ansioso que anão em comício
Mais apertado que bombacha de fresco
Mais apressado que cavalo de carteiro
Mais arisca do que china que não quer dar
Mais baixo que vôo de marreca choca
Mais bonita que laranja de amostra
De boca aberta que nem burro que comeu urtiga
Mais chato que gilete caída em chão de banheiro
Mais caro que argentina nova na zona
Mais cheio que corvo em carniça de vaca atolada
Mais constrangido que padre em puteiro
Mais conhecido que parteira de campanha
Mais comprido que puteada de gago
Mais comprido que cuspe de bêbado
Mais coxuda que leitoa em engorde
Devagarzito como enterro de viúva rica
Mais difícil que nadar de poncho
Mais encolhido que tripa na brasa
Extraviado que nem chinelo de bêbado
Mais faceiro que mosca em tampa de xarope
Mais faceiro que ganso novo em taipa de açude
Mais faceiro que pica-pau em tronqueira
Mais feliz que puta em dia de pagamento de quartel
Mais feio que briga de foice no escuro
Mais feio que sapato de padre
Mais feio que paraguaio baleado
Mais feio que indigestão de torresmo
Mais firme que palanque em banhado
Mais por fora que cotovelo de caminhoneiro
Mais gasto que fundilho de tropeiro
Mais gostoso que beijo de prima
Mais grosso que dedo destroncado
Mais grosso que rolha de poço
Mais grosso que parafuso de patrola
Mais informado que gerente de funerária
Mais medroso que cascudo atravessando galinheiro
Mais nervoso que potro com mosca no ouvido
Mais quente que frigideira sem cabo
Mais sério que defunto
Mais sujo que pau de galinheiro
Tranqüilo que nem cozinheiro de hospício
Mais gorduroso que telefone de açougueiro
Mais perdido que cebola em salada de frutas
Mais chato que chinelo de gordo

Quem quiser saber o autor leve em conta que quem revela a fonte é água mineral.

E com a determinação legal de que o Napster vai ter que passar a cobrar, o melhor é chutar o pau da barraca e abraçar um file-sharing que use servidores livres, e não os do Napster. A ferramenta que eu recomendo é o FileNavigator: interface boa, estável, rápido e com função de reget (ueba!).

E nada do www.charles.pilger.net voltar… 😛

And the Oscar goes to…

Björk foi indicada para o Oscar. Não, não ao de melhor atriz em Dancer in The Dark, mas sim ao de melhor canção, por “I‚ve Seen It All”. Levando em conta que Hollywood gosta de coisas melosas tipo Celine Dion… Pelo menos esse ano ela está em boa companhia, concorrendo junto com o Bob Dylan, se bem que eu acho que quem vai levar é a musiquinha babaquinha da Nova Onda do Imperador.

E enquanto isso, o NamePlanet ainda está com problemas… Pelo menos o email charles@pilger.net já está ok. O chato é que quem tenta acessar o www.charles.pilger.net acaba encontrando uma página em branco onde está escrito “Exception: Unable to authenticate“. É chato isso 😛

Update: e no fim quem ganhou o Oscar foi o Bob Dylan.

Eu quero é botar meu bloco na rua…

Você já ouviu Sérgio Sampaio? Pois é, eu nunca tinha ouvido falar desse cara antes até essa semana na praia. Aliás, eu não ouvi falar do cara, pois só escutava uma única música dele e a minha namorada e a amiga dela se recusavam a falar de quem era. E lá fui eu, ouvindo n vezes:

Eu quero é botar meu bloco na rua!
Brincar, botar pra gemer
Eu quero é botar meu bloco na rua!
Gingar, pra dar e vender

Mas tudo bem, tudo bem… No fim das contas, o que vale é que foi uma semana ótima, de papo pro ar e de boa vida.

Mas é claro que praia não é só bobeira. O bom é poder colocar a leitura em dia. Ai vão três livros que li nessa semana:

  • Carma-Cola – Gita Mehta: Você já pensou em ir para a Índia encontrar um guru que mostre para você como alcançar o Nirvana? Se sim, é leitura obrigatória, se não, é ótimo para rir de quem entrou nessa aventura. Um relato extremamente cômico (e por vezes desesperador) das frias em que americanos e europeus se meteram quando tentaram absorver de uma tacada só uma cultura milenar, caindo na conversa de gurus picaretas.
  • Leviatã – Paul Auster: Muito, mas muito criativo. É de ler e delirar com os personagens (principalmente a Maria Turner, que por incrível que parece é baseada numa pessoa real) e situações criadas por Auster, que voa mas nunca deixa de ter um pé no chão. Uma história incrível e mesmo assim verossímel.
  • Borges e os Orangotangos Eternos – Luís Fernando Verissimo: livro para se ler numa tacada só. Um jogo feito sobre o estilo de Borges que resultou num livro muito divertido, principalmente para quem já leu Crônicas de Bustos Domeq (escrito por Borges e Bioy Casares).

Não resisti

Estou nesse exato momento na Livraria Navegar, em Garopaba, SC. Aqui tem um cibercafé, onde por R$1,50 você pode acessar a rede por 15 minutos. Tempo suficiente para atualizar essa página…

Na verdade, estar em Garopaba corresponde a um retorno à civilização. Ok, o Farol de Santa Marta não é tão distante assim do mundo, mas é o lugar perfeito para esquecer os problemas, as correrias, as loucuras do cotidiano. Três dias lá foram mais que suficientes para esfriar a cabeça. Detalhe: a cabeça está fria, mas o corpo está quente. Estou uma verdadeira mancha rosa móvel. E isso que fugi o máximo possível do sol, indo tomar banho de mar depois das 18h e usando bloqueador solar fator 20, mas mesmo assim não adiantou. É brabo ser alemon.

E acabo de descobrir que a NamePlanet, que faz o redirecionamento do charles@pilger.net e do http://www.charles.pilger.net, está com problemas. O interessante é que olhei a mensagem de aviso deles dizendo que estão trabalhando no problema e fiquei na boa. A uma semana atrás eu já estaria subindo pelas paredes, por não estar recebendo meus emails, por que o pessoal não teria como acessar minha página, essas coisas. Incrível o que alguns dias de praia já fazem com o nosso astral.

Em Taquara City

Sexta-feira, as 23h30, peguei um ônibus para Taquara. Foi chegar na cidade uma hora e meia depois, trocar de roupa e ir na casa da namorada , para a festa para o meus compadres. Cheguei tarde, já que os dois já tinham ido embora, mas mesmo assim a festa não tinha acabado, e teve uma esticada na piscina na casa do pai de um amigo e um chimarrão as 4 da madruga sob as estrelas na estrada para São Francisco.

No sábado fiquei dormindo até as duas e meia da tarde, quando um amigo me ligou e saímos para jogar uma sinuquinha em Rolante. Como é normal, levei um vareio. Leve-se em conta que ele passou 20 dias de férias com a esposa, que sempre jogou bem, treinando… Mas mesmo assim: Ê vidão! Só ficamos falando bobagem e nada mais.

E acompanhando eles fui ver O 6° Dia, com o Schwarzenegger. Até que é bonzinho o filme. A idéia de clones que podem ser alimentados com a memória do corpo original é boa e rende algumas discussões bem interessantes sobre a imortalidade, próprias para mesa de bar. Mas nada além disso…

E hoje? Bah, hoje fiquei o dia todo de bobeira, olhando TV… Caramba, como é estranho ver essa coisa: não tem absoutamente NADA que preste. É por isso que eu não me entusiasmo muito para comprar um aparelho de TV pro ap em São Leopoldo. Já não basta não ter nada que preste, tem que ter a velha mania de explorar o sangue alheio. O que não faltam são flashes sobre o acidente com o Herbert Vianna. O pessoal da TV bem que poderia respeitar um pouco a família do cara, e não ficar forçando entrevistas…

E amanhã deverei à tarde pegar a estrada e ir para o Farol de Santa Marta, junto com a minha namorada e uma amiga dela