Só para constar…

Atualização de status: me pesei hoje e estou com 105,6 kg. Ou seja: desde o dia 09/12/13 já foram 25 quilos. 🙂

E o interessante é que com isso estou com o mesmo peso que eu tinha em 30/09/2001. O interessante é que na ocasião eu resolvi fazer uma dieta extremamente restritiva, que fez com que eu perdesse em 5 semanas 12 quilos. Bom, né? Não, não foi bom. Eu estava com alteração de humor, cansaço e outros problemas, além de que não aguentava mais as restrições alimentares. Assim, quando entrei em depressão por conta do fim de um relacionamento, rapidinho recuperei tudo além de ganhar um pouco mais.

Bem, não digo que estou imune ao efeito-sanfona, mas o caso é que dessa vez não estou me restringindo. Confesso que há algo de magia negra no fato de eu ir a uma churrascaria, me empanturrar de carne e no dia seguinte ao me pesar ver que me mantenho com o mesmo peso (isso quando não perco peso). Não tenho passado nada de fome, tenho feito quebras nas dieta que não a comprometem e que acabam com aquela ansiedade que eu já vivi em n dietas. Fico olhando o histórico aqui do blog na época que fiz a minha dieta mais radical e fico pensando em como eu conseguia me manter em pé. Muito, mas muito absurdo.

Que puxa…

Há 3 semanas tive uma derrota moral: tive que ir comprar roupas em uma loja para tamanhos especiais. Sim, roupas para quem está muito, mas muito gordo, gordo de uma forma que nunca estive antes. Gordo a ponto de temer pela própria vida e lembrar o que eu escrevi isso no primeiro post desse blog em 2001:

Que fique anotado: estou com 1m71 e 96kg e essa situação tem que mudar. Estou praticamente entrando na casa dos 30 e até hoje não me preocupei em tornar-me uma pessoa mais saudável.

Isso foi há 12 anos, e o que aconteceu de lá para cá? Mantive minha altura, mas em compensação consegui ultrapassar os 130 kgs. Sim, em vez de ter perdido aquele excedente de 16 quilos que eu tinha para a minha altura na época o que eu fiz foi engordar  de forma absurda. Como isso?

Não é fácil responder. É meio que uma mistura de relaxamento da minha parte, stress por conta das pressões do meu trabalho, médicos onde não pude continuar com o tratamento por problemas financeiros, depressão, médicos que me receitaram remédios errados (em vez de perder gordura perdi massa muscular magra) e por aí vai. Não é uma resposta simples, mas de qualquer maneira sinaliza um fato: para mim os anos 00 foram divertidos, mas não deveriam ter sido divertidos na mesa.

E agora? O que fazer? Depois de comprar aquelas roupas me senti elegante, porém com aquela sensação de que eu estava tapando o sol com uma peneira. Eu não deveria me sentir elegante, eu estou longe de estar elegante, eu estou na verdade em uma condição perigosa que não afeta só o meu visual mas sobretudo a minha saúde, eu tenho que fazer alguma coisa para mudar isso.

E resolvi fazer algo. Já consultei vários médicos, já recebi dietas e mais dietas (acompanhadas ou não de remédios) e me recuso a uma medida extrema do tipo tirar uma parte do meu estômago. Assim, seguindo a sugestão de conhecidos, resolvi aproveitar o fato de que não gosto muito de massas e congêneres e resolvi adotar uma dieta low-carb, no caso a Dieta Dukan. E por que justo essa? Basicamente porque ela tem dois pontos que achei interessante:

  1. tirando uma fase inicial de poucos dias não busca emagrecer rapidamente, mas sim ser um processo constante até chegar no peso ideal;
  2. uma vez chegado no peso ideal ele não acaba, mas prossegue até a consolidação desse peso, evitando assim o efeito sanfona.

Além disso, há outros aspectos que eu gosto, tipo não ser muito tolerante com gorduras (como é o caso da dieta paleolítica) e não restringir a quantidade de alimentos.

Então, decidida a dieta, calculei qual seria o meu peso ideal (87 kg, o que daria um IMC acima do peso), o tempo que levaria para chegar até ele e o resultado foi esse:

dukan-crp

Sim, 731 dias. Olhei para isso e nada me restou a fazer do que dar um suspiro e dizer “é, não tem jeito…”. Afinal, se eu não levar em conta o período de consolidação o que vai acontecer é o que aconteceu nesses 12 anos de dietas recomeçadas: o efeito sanfona vai ser mais forte e meses após algum regime vou constatar que estou mais gordo do que antes.

E agora é dia 17/12. Já passei pela fase de ataque, onde fui de 130 para 125,6 quilos e já estou na fase de cruzeiro. Tenho uma caminhada longa pela frente, e os primeiros passos já foram dados.

Xis-Salada na madruga

Pois é, ontem foi um dia estranho. Depois do trabalho cheguei em casa, tomei um banho e fui no Factory tomar uma cervejinha. Pelamordedeus, como sou fraco prá álcool! Um copo de cerveja e meia hora depois já tava estrebuchado na cama, dormindo com luz acesa, roupa e tudo mais… Acordei as 2 da madruga com um gosto amargo na boca e morrendo de fome. E a maior chuva lá fora… Foi sorte não me molhar todo quando fui jantar lá no triângulo. Xis-salada na madruga. O legal da história foi ficar conversando durante uma hora com o Luís Brasil, figuraça aqui de São Léo. Não tem um bar ou restaurante aqui na cidade que não tenha um quadro dele pendurado na parede.

E pensar que eu prometi para mim mesmo ser menos perdulário. Foi só ir no shopping terça-feira tirar dinheiro para sair com três CDs de lá. Não um, mas TRÊS! Uma coletânea do Pixies, o do Bidê ou Balde e um da Lisa Gerrard (vocalista do Dead Can Dance). O cara da loja de CD consegue ser cruel comigo. Só me chamou e disse: “Ouve isso”. Bastou. Pior é que quem vê acredita que tô mergulhado na grana … Que nada. Tô é vendo que mais uma vez vou passar minhas férias em Taquara, já que vou estar sem dinheiro. O plano de ir prá Montevideo? Esquece. Eu precisaria de pelo menos uns 600 reais para ir prá lá e aproveitar a viagem. Fica prá outra, quando o câmbio estiver mais favorável. Mas mesmo assim valeu a pena comprar os CDs… Depois do stress que foi a divulgação do Listão do lugar onde trabalho na Internet, bem que eu merecia uma música relaxante.

202 e faltando…

Ao todo são 202 CDs que tenho aqui em casa. Acabo de colocar todos eles em ordem alfabética por artista. Para os casos em que havia mais de um CD do mesmo artista, coloquei em ordem cronológica. Trilhas sonoras de filmes foram separadas, com excessão de trilhas feitas com músicas de um só artista (Home of the Braves, da Laurie Anderson, por exemplo). Foram separadas também as coletâneas e CDs promocionais com só duas músicas. Ainda foram colocadas a parte os CDs mais estranhos, que não se encaixam no quadro geral, mas que eu gosto, como As 10 melhores do Ronco do Bugio. Os artistas que eu tenho mais CDs são, na ordem, Björk (17), Nick Cave (8) e Cocteau Twins (8, sendo um sem capa, comprado num balaio). Tenho todos os do Pato Fu, todos do Radiohead. E tinha todos do The Cranberries, mas infelizmente eu perdi o “No need to argue” (a capinha tá aqui do meu lado, vazia, sem nada). Já olhei o preço e custa 23 paus, mas acredito que se procurar numa daquelas loja do centro de Porto Alegre periga eu achar até por 15 … De todos, o meu favorito é Ok Computer, do Radiohead, seguido por Aion, do Dead Can Dance, e Victorialand, do Cocteau Twins. 202 CDs, e isso sem contar o que estão na casa dos meus pais (também, é lá que eu deixo as bombas) e os que estão por aí, emprestados. Nada mal para quem a 5 anos atrás ganhou o seu primeiro CD de presente dos pais, junto com um Diskman da Sony. O CD? Los 3 tenores (esse é um que ficou na casa dos meus pais). Levando em conta que há muitos CDs importados, é uma boa pista de porque volta e meia eu entro no cheque especial. Creio que está na hora de eu começar a ser mais seletivo e deixar as obras menores para as pesquisas em balaios.

Mas não é só em CD que eu desperdiço o meu rico dinheirinho. As extravagâncias que cometo volta e meia ajudam um bocado. Hoje, por exemplo, saí da estação São Leopoldo do Trensurb e em vez de ir prá casa decido ir jantar na Cia do Bauru. Nada demais, se não fosse o fato que ao lado tem um restaurante japonês que a muito tempo eu queria conhecer. E estava aberto. Olho e mando o bauru prás cucuias e me mando prá cima do sushi, do sakê e de um monte de coisa que nem imagino como é o nome… Resultado da brincadeira: 29 reais. Na hora de pagar me lembrei de uma vez que estava em São Paulo e fui num restaurante japonês com duas colegas de trabalho. Foi a refeição mais cara da minha vida até hoje: 50 reais por pessoa. Só que o jantar valeu cada centavo, já que a comida era maravilhosa. Já o sushi de hoje… bem que o peixe poderia ser mais fresquinho. Mas mesmo assim valeu a pena a experiência.

Update em 2014: é engraçado ler os valores levando em conta a inflação de 13 anos. Além disso, levando em conta a melhora no meu nível de vida, pagar 120 reais por uma refeição não é algo de todo absurdo (mas é, confesso, para raros momentos). E quanto aos CDs, quem compra CD ainda? São poucos os CDs aí desses 200 que eu não acho no Rdio ou no Deezer. O que não tem geralmente são CDs de remixagens ou de bandas independentes, e mesmos estes geralmente se acha para download.