Pois é, eis que acabou o festival de cinema de Gramado acabou e deu um piripaque no Rubens Ewald Filho:

Filhas do vento, também com seis láureas, ficou com o de direção e coroou o talento dos intérpretes negros: Milton Gonçalves e Rocco Pitanga, entre os homens, e Ruth de Sousa e Léa Gracia, Taís Araújo e Thalma de Freitas entre as mulheres.

Uma escolha que, diz o próprio presidente do júri, o crítico de cinema Rubens Ewald Filho, não foi baseada apenas em critérios cinematográficos. Depois da entrega dos prêmios, um tanto desgostoso por ter sido, com todo o júri, esquecido nos agradecimentos dos vencedores, ele comentou:

– Foi uma premiação totalmente planejada e nem assim eles reconhecem. Não houve concessões, claro. Mas o prêmio foi planejado por nós. Ou alguém acha que foi à toa que demos prêmios para seis atores negros em um estado como o Rio Grande do Sul, que sempre foi acusado de desprestigiar o negro. Eles agradecem a todos e não se lembram de nós – explicou o crítico, referindo-se à consagração do elenco de Filhas do vento, uma história que resvala no preconceito racial, dirigida pelo também negro Joel Zito, revelado com A negação do Brasil.

Ein? Como é que é? Ficou todo dodói porque não agradeceram ao júri? Ora, desde quando é obrigatório se agradecer alguma coisa a um júri? Ok, pode-se de fez em quando fazer um que outro agradecimento, até por uma questão de gentiliza, mas… Bem, o que é triste nessa história é que, se for real o que o Rubens falou, se mostrou que o prêmio foi uma marmelada. Tão marmelada que a própria equipe do filme, indignada, quer devolver os Kikitos:

Para nossa surpresa, a nossa alegria foi conturbada pelas declarações do presidente do júri do Festival, o senhor Rubens Ewald Filho, na material de hoje do JB. Dizer que os premios foram planejados e dar a entender que exatamente Filhas do Vento foi premiado por concessão, é uma desonra!

O senhor Rubens parece não ter lido a opinião unânime sobre o nosso filme, e o que ele representou para o Festival de Gramado, escritos pelos críticos de todos os jornais nacionais publicados na sexta e no sábado.

Não queremos esmolas e não aceitamos ser premiados por cota. Não concordamos com a afirmação de que o Rio Grande do Sul é o estado mais racista do Brasil. Aliás, a demarcação étnico/racial mais acentuada no sul parecem tornar este tipo de discussão e alcançar soluções mais rápidas e fáceis. Exatamente no Sul. Lembramos que o primeiro vice-presidente do Senado é negro e se chama Paulo Paim. O Rio Grande do Sul já teve um governador negro (quantos estados brasileiros já fizeram a mesma coisa?). Lembramos de Lázaro Ramos, escolhido como protagonista para o belo filme do cineasta branco gaúcho/brasileiro Jorge Furtado.

As declarações do presidente do júri colocam em dúvida as decisões de todo o júri. Com esta nota queremos dizer para todo o Brasil que se a opinião do Sr. Rubens for a mesma do júri, recusamos publicamente todos os prêmios que recebemos na noite do festival. Com exceção, obviamente, do prêmio de melhor filme, decidido pelos críticos de cinema enviados para Gramado.

Honra, dignidade e respeito, antes de tudo.

Pois é, pois é… Que barraco! E agora Rubens?

Tu vê, eu estava tão preocupado semana passada com o meu peso que esqueci que no dia de 17 fez 10 anos eu mandei pela primeira vez uma mensagem para a Internet. No caso não foi uma única, mas várias inscrições para listas de discussão, a partir de uma referência que eu achei no Zen and the Art of the Internet. Eu já devia usar os computadores da Sala Pública de Informática da Unisinos a mais ou menos umas duas semanas quando mandei essa mensagem, mas não tenho como lembrar da data. Assim sendo, tenho o dia 17 de agosto como marco pessoal. Pois é, 10 anos de Internet… Eu deveria ter feito uma festa para comemorar isso, ou pelo menos juntar uns amigos para tomar uma cerveja. Hmmmm, pensando bem, não é o caso: seria nerdice demais.

Mas, enfim, vamos agora aos detalhes capciosos desses 10 anos. Reparou que eu disse várias inscrições, certo? Pois é, fiz a minha inscrição em várias listas aquele dia. E quando eu digo várias, quero dizer vááááárias listas. Eu ia olhando a relação de listas na BitNET e assinando. Resultado: quando fui abrir o meu email na manhã seguinte tinha um número absurdo de emails, mais de 1500. Se no dia anterior eu tinha levado um tempão escolhendo listas e me inscrevendo, nesse dia eu levei um tempão saindo das listas. Foi um pesadelo até que a coisa se normalizou. Outro detalhe: repare o endereço na assinatura da mensagem. Sim, eu botei 8910761@pub.unicinos.tche.br, com c. Até hoje não sei como é que eu fiz um erro desses, já que eu era aluno da universidade desde 1989… Sim, mancada feia. Mas continuando, é interessante ver que de todas aquelas listas eu fiquei em poucas, e fui um lurker durante um bom tempo. No fim das contas eu usava o email, na verdade, era para fazer ftp. Sim, ftp. Como? Simples: havia um servidor de gopher via email que eu usava, com o detalhe que havia um servidor gopher que permitia fazer ftp por ele. Assim sendo, eu fazia ftp via gopher via email. Uma complicação do cão. Mas o caso é que, enquanto meus colegas ficavam horas na frente do computador tentando baixar um arquivo de 100 Kb eu ia lá, mandava um email dizendo que arquivo eu queria e esperava chegar todos os pacotes codificados em UUENCODE. Daí era juntar todas as mensagens e converter para binário. Creio que por conta de truques como esse eu era o maior consumidor da conexão internet da universidade, que na época era uma linha de 9600 kbps. Sim, 9,6 kbps para toda a universidade, sendo que para os alunos só haviam 3 computadores com acesso, justo na Sala Pública. Até descobrir esse truque do Gopher eu vivia usando um desses computadores. Depois, deixava o pessoal lá se quebrando enquanto ia passear.

Outra coisa que eu costumava fazer: baixar listas de arquivos em servidores ftp. Os meus dois servidores favoritos eram a ftp.oulu.fi (que tinha um acervo maravilhoso de rotinas para desenvolvimento de jogos) e a SimTel. Eu pegava os índices e imprimia eles. Acredite: era muito papel, tanto que não foi uma ou duas vezes que as atendentes da Sala Pública queriam arrancar meu couro. Pior: eu lia toda a lista, tanto que uma vez um amigo me perguntou onde é que ele achava uma biblioteca em C para manipular imagens GIF e eu respondi \”Olha, eu acho que tem lá no diretório tal do servidor tal\”. Ele nessa hora arregalou os olhos, e arregalou mais ainda quando abri minha pasta, tirei um bolo de papel, e achei o arquivo lá no diretório que eu tinha dito. Sim, eu já tive uma memória de elefante… E assim era com outros arquivos, que eu ia baixando e lendo. Muitos zines técnicos, muitos e-books ensinando a usar a rede, muitos servidores com arquivos legais, muitas horas estudando e entendendo a rede. Não é a tôa que ainda hoje trabalho com desenvolvimento web: eu simplesmente me apaixonei pela Internet.

E pensar que isso tudo começou a 10 anos… Bons tempos. Bons tempos.

Estou com 101 quilos. Não, eu não perdi 4 quilos desde quarta-feira. Quem dera se assim o fosse, mas é que na real a última vez que eu tinha me pesado tinha sido a umas duas semanas atrás, de forma que, naquele momento, eu estava com 105 quilos. De qualquer maneira é interessante observar que eu, apesar de ter cortado a minha alimentação praticamente a um terço (reduzi o almoço pela metade e acabei com as refeições noturnas, fazendo um lanche apenas) não tenho passado fome, exceto no final da tarde, quando sou obrigado a comer uma fruta. No mais, tudo tranqüilo. 🙂

O que acontece quando você entrega uma câmera digital na mão de uma criança de 5 anos? Bem, pode ter um câmera digital quebrada, é verdade, mas pode também ter algumas fotos muito legais como essa, essa e essa. Sim, elas foram tiradas pelo meu sobrinho, o João Gabriel, e tenho que reconhecer que o enquadramento está muito bom. É interessante ver a seriadade em que ele ficava quando tirava a foto, levando a coisa MUITO à sério.

Ah, sim, tem uma foto minha tirada por ele. É engraçado ver como se é visto pelo ponto de vista de uma criança, assim, debaixo para cima.

Pois é, comprei um HD de 40 Gb pro meu PCzinho K6 450 MHz… Resultado? Não consegui instalar ele. Tenho que botar uma placa-mãe mais recente, o que implica em memória mais recente, em processador mais recente. É, definitivamente está na hora de comprar um PC novo 🙁 E o detalhe cruel é que estou satisfeito com a máquina que eu tenho em casa. É brabo ter que comprar hardware novo porque o teu atual não tem como ser expandido.

MirrorMask centers on Helena, a 15 year old girl in a family of circus entertainers, who often wishes she could run off and join real life. After a fight with her parents about her future plans, her mother falls quite ill and Helena is convinced that it is all her fault. On the eve of her mother\’s major surgery, she dreams that she is in a strange world with two opposing queens, bizarre creatures, and masked inhabitants. All is not well in this new world – the white queen has fallen ill and can only be restored by the MirrorMask, and it\’s up to Helena to find it. But as her adventures continue, she begins to wonder whether she\’s in a dream, or something far more sinister.

Neil Gaiman e Dave McKean juntos, fazendo um filme. Só isso. Só. E pensar que ainda estão produzindo filmes da Morte e dos Livros da Magia. Pelos céus, é muita notícia boa! Que Harry Potter que nada!

O Diego uma vez disse: Há um maldito gênio entre nós! E ele estava certo:

Webmaster Pilger:
Membro-fundador Vicente?

Vicente:
Sim, quem você é?

Pilger:
Sou o Webmaster Pilger, senhor. Por favor, afaste esta luz da minha cara… Eu fui enviado por Nha Trang com estas edições com umas histórias d’Os Supremos para que o senhor pudesse fazer uma resenha. Esperava que você chegasse antes. Não sabe o quão feliz que me faz que finalmente esteja aqui.

Vicente:
Porque?

Pilger:
Porque agora eu posso me mandar daqui. Voltar pra Taquara, se eu conseguir um horário de ônibus decente… Você está no cu do mundo, capitão!

O horror das piadas internas! O horror que está por trás de uma maldita resenha! O horror! O horror!

E imaginar que eu já pensei em fechar uma rua de São Leopoldo… Devia ter levado a idéia adiante.

Café com adoçante durante a manhã. No almoço 240 gramas no buffet por quilo, no lugar dos já tradicionais quase 1 Kg. Poucos carboidratos. Poucos, não sem, já que os mesmos são necessários. Sem refrigerante.

Sim, voltei a fazer regime. Queria ter começado ontem, mas meus colegas de trabalho resolveram ir no espeto corrido semanal e eu fui junto. Ficou como despedida aos excessos, que devo retomar sabe-se lá quando, no velho esquema \”ocasiões especiais\”. A idéia? Como atualmente estou com 105 quilos, emagrecer 25 a 35 quilos até janeiro de 2006. Tempo suficiente para perder peso com calma, evitando o efeito sanfona depois. Tempo suficiente para me permitir ter uma vida social, sainda volta e meia com os amigos para tomar uma cervejinha. Tempo suficiente para fazer uma reeducação alimentar.

Pelos céus… Até ontem eu estava consumindo 1 Kg ou mais de comida por refeição. Não é a tôa que estou essa bola. Pois é, até ontem. Chegou a hora de parar de seguir esse caminho suicida.