\”Bizarô\” é pouco

Pois é, sabe aquela música do Carapicho, \”Ah! Bate forte o tambor eu quero tic tic tac\” ? Pois é, não basta a música em si ser o que é, um maluco tinha que fazer uma versão de Tic Tic Tac em japonês. Sim, isso mesmo. E para \”melhorar\” algum outro maluco (ou o mesmo cara, não tem como descobrir) inventou de fazer remixagens e mash-ups com essa música. Sinistro!

Aliás, como eu faço para salvar esses arquivos? O Windows pelo jeito não aceita caracteres japoneses em nome de pastas e arquivos… 😛

Update: só para contar, o que eu quero é salvar o arquivo com o nome em caracteres japoneses. Eu conheço o botão direito do mouse e o Salvar como…, o problema é que o Windows salva o arquivo com o nome 02-_____3___.mp3

Um novo tipo atual de comunista

E eis que o Bill Gates resolveu soltar numa entrevista para a news.com o seguinte:

In recent years, there\’s been a lot of people clamoring to reform and restrict intellectual-property rights. It started out with just a few people, but now there are a bunch of advocates saying, \”We\’ve got to look at patents, we\’ve got to look at copyrights.\” What\’s driving this, and do you think intellectual-property laws need to be reformed?

No, I\’d say that of the world\’s economies, there\’s more that believe in intellectual property today than ever. There are fewer communists in the world today than there were. There are some new modern-day sort of communists who want to get rid of the incentive for musicians and moviemakers and software makers under various guises. They don\’t think that those incentives should exist.

\”New modern-day sort of communists\”? Pois é… Lawrence Lessig, autor do livro Free Culture e um dos maiores defensores do Creative Commons, foi direto ao ponto:

what a total (intellectual) disappointment this man is

\"\"

If I had the time, and the money, I\’d do the deep analysis that it would take to explain to myself why it is I constantly hope to be surprised by Mr. Gates. Yet I never am. Here\’s BoingBoing reporting the red-baiting of Mr. Gates.

It\’s one thing to read this sort of thing from a studio exec, or head of a record label — surrounded as they are by the sort that surround them. But the people I\’ve met at Microsoft are miles beyond this sort of silliness. Does Mr. Gates not even talk to them?

Pois então, sem querer o Bill Gates criou uma bandeira para o Creative Commons… Só espero que os idiotas não acreditem nessa história de comunismo.

Iarnuou

Folha de São Paulo: Chineses gravam versão de \”We Are The World\” para vítimas da Ásia

Cantores chineses gravaram uma versão da música \”We Are the World\” em favor dos desabrigados pelo maremoto na Ásia, segundo a imprensa de Hong Kong.

Quase 70 celebridades chinesas, taiwanesas e de Hong Kong, incluindo o cantor Joey Yung e o grupo Boy\’z, se reuniram para cantar uma versão em mandarim e cantonês (dialeto falado em Hong Kong e sua região).

A canção foi composta em 1985 para as vítimas da fome na África. Na ocasião foi gravada por astros como Michael Jackson, Bruce Springsteen e Stevie Wonder, entre outros.

\”Fizemos a gravação com o objetivo de que todas as comunidades da Ásia possam se unir à ajuda\”, disse o ator Eric Tsang, organizador da ação, citado no jornal em língua inglesa South China Morning Post.

A música não será lançada no mercado, mas pontuará regularmente um programa de televisão que Tsang organizará na sexta-feira em benefício das vítimas do maremoto de 26 de dezembro, que causou mais de 145 mil mortes no litoral índico.

Pois é, eis mais uma prova de que em nome da solidariedade se faz coisas nefastas…

Vamo batê lata!

Sabe o que toca sem parar aqui no meu WinAMP? O medley do Talking Heads (com I Zimbra, Psycho Killer e Found A Job) que a banda marcial da University of Arizona gravou. Caraca! Dá vontade de sair batendo lata no meio da rua ouvindo isso!

Aliás, porque não temos mais bandas marciais aqui no Brasil? Ia ser muito massa ver por aqui algo do gênero. Eu lembro que quando eu era pequeno os colégios tinham bandas, e era muito legal ouvir elas, mesmo que não fosse algo tão aprimorado como os drumlines das bandas de universidades americanas (por exemplo, sinta só o que é essa versão de Paranoid Android feito pela UMass Front Percussion Ensemble). Eis algo que foi deixado de lado sei lá porquê.

I\’m a fountain of blood

Faz tempo que não faço um desses testes online. Pois bem, eis que eu vejo um no Philipinas que eu não podia deixar de fazer:


Which Bjork song are you?

\"\"

w00t! w00t! You\’re \”Bachelorette\”! You concerned about yourself then others. Your favorite passtime os looking in the mirror, and you love to have fun all the time. You should pay attention to people more and don\’t be afraid to show your \”feelings\”. Don\’t have so much fun that you\’ll die, have time for your work as well.


Nada mais nada menos que uma das minhas músicas favoritas da Björk! 😀 Gostei!

Show de desinformação

Estava passando pela frente de uma banda de revistas quando vejo a revista Aplauso número 61. Na capa, a Cachorro Grande com a chamada Histórias do Underground – Uma aventura para lá de divertida pelos porões e garagens do rock gaúcho. Apesar de todo o asco que eu tenho pela Cachorro comprei a revista e fui dar uma olhada na matéria.

Olha, horas e horas de humor garantidas. Total e completo show de desinformação a matéria. Se eu, que acompanho o tal do \”underground gaúcho\” muito pelas beiradas já vi uma série enorme de bobagens ali, imaginem quem está no meio da coisa… Começa pelas classificação das \”tribos\” que tem na cidade. Vamos a elas (depois dos dois pontos segue a lista de \”bandas representativas\” citadas pela revista):

  • Indies: Wonkavision, Superguidis, Superphones
  • Neomods: Cachorro Grande, Os Efervescentes, Hipnóticos
  • Metaleiros: Hollyfire, Scelerata, Hangar, Burning in Hell
  • Punks: Pupilas Dilatadas, Roten Tix, Los Vatos e Replicantes
  • Emos: Fresno, Lyse, Aster
  • Fiéis do Underground: Space Rave, Walverdes, Os Massa, Minimaus e outros grupos que não chegaram a ser citados para a reportagem de APLAUSO de tão herméticos

A relação que eu mais ri foi a das bandas do \”fiéis do underground\” (aliás, belo título para um time de futebol, não?). Para começar, é dificil imaginar qualquer elo de ligação entre o som feito pela Space Rave e Os Massa. Segundo,
a Minimaus acabou em 2003. Terceiro: \”outros grupos que não chegaram a ser citados para a reportagem de APLAUSO de tão herméticos\” é o maior atestado de falta de incompetência para pesquisar que eu já vi… Esse tal de Alexandre de Santi resolveu criar um balaio de gatos e deu nisso aí. Será que entre essas bandas \”herméticas\” estão a Laranja Freak, a Deus e o Diabo e a Pública, bandas que batalham no underground mas que não encaixam em nenhuma das tribos anteriores?

E cadê a Pata de Elefante? Será que por acaso ela é neomod pelo fato de dois integrantes terem morado na \”Casa dos Artistas\” (ou FunHouse, se preferirem)? E como podem citar Efervescentes (aliás, outra banda que não existe mais) e Superguidis e não falarem dos Stratopumas? E cadê Os Alcalóides? E cadê a BabyDool e a Savannah? Essas duas não justificariam uma tribo glitter-trash? E cadê a Porks Cullets? A Thös-Grol? Tem muita coisa rolando em Porto Alegre para ser resumida nessa matéria aí.

É por essas que eu raramente compro a revista Aplauso. Na parte de teatro ela pode até ser boa, mas como eu vivo na equação sem tempo/sem dinheiro para conferir os espetáculos indicados prefiro nem me torturar. Porém, no que se refere à música o que eu posso perceber é que ela na maior parte das vezes é voltada para um público que é de classe média que recém saiu da universidade, que pensa \”oh, não acompanho mais o que está acontecendo na cidade porque estou ocupado arranjando meu lugar ao sol mas estou bem informado porque leio a Aplauso!\”. É daí que matérias como essas vêm a luz do sol…

Update: conversando com um amigo pelo MSN (que sei lá porque prefere não ser identificado) ele resumiu perfeitamente essa matéria aí com a observação \”O pior é o Plato Dvorak, que começou esta história de underground, ser esquecido, assim como Jupiter Maçã (que nunca foi no Jô Soares, ao contrário da Cachorro) bem como o Frank Jorge\”. Pois é… Underground? Que underground?

Decepção pura

\"\"
Não sei dizer qual foi o melhor filme brasileiro de 2004, mas sei dizer qual foi o pior: Meu tio matou um cara, do Jorge Furtado. Sim, ele conseguiu ser pior que aquela bomba chamada Nina. Ok, o que temos no filme do Furtado? Temos uma história até razoável, quase engraçada. Poderia dizer que o Furtado queria fazer um filme simpático, para adolescentes, tal qual o Houve uma vez 2 verões. Só que ele morre nos detalhes (qual adolescente na fossa se enfurna no quarto para ouvir Caetano Veloso??? Outra coisa: adolescente de classe média baixa CD da internet, já que comprar CD pirata é coisa de chinelo), no fraco desempenho dos atores (o gurizão aquele da Cidade dos Homens parecia que estava no filme cumprindo um castigo de escola, de tão sem tesão o desempenho dele), na narrativa em off que já saturou (tanto que o próprio Furtado já anunciou que não vai fazer uso desse recurso no seu próximo filme), no merchandising descarrado que permeia todo o filme (o que é francamente nojento), e por aí vai. Sim, o filme é uma comédia, mas de erros. É um filme policial tmbém? Sim, mas o crime na verdade é contra o bolso do cara que pagou o ingresso.

Mas o que é mais nojento é ver a babação de ovo da crítica de cinema para cima do filme, falando dele como se fosse um filme excepcional. Sim, claro, afinal quem é louco de pisar nos calos do Furtado e por extensão no calo da Central Globo de Produções e (localmente falando) da Casa de Cinema de Porto Alegre? Corporativismo pouco é bobagem. E dá-lhe doutor de cinema falando que o público gaúcho não ia gostar do filme por que o filme é de vários sotaques. Bobagem! O público gaúcho não vai gostar desse filme por saber que o Furtado é capaz de coisa mil vezes melhor, e vai se sentir enganado por dar o seu suado dinheiro para um embuste de filme desses.