Pois é, e eis que os deputados aprovaram as mudanças na CLT. Se passar no Senado o adicional noturno será menor, não haverá mais equiparação salarial para duas pessoas que exercem a mesma função e o aviso prévio será menor, entre outras coisas. Dizem que isso vai dinamizar o comércio e a indústria, já que diminuirá os custos de operação. Em fez de diminuir os juros e a carga tributária, o governo resolve agir sobre o salário dos trabalhadores. E porquê? Por que não interessa ao governo e aos grandes grupos econômicos diminuir tanto os juros como a tributação. Desde que começou o Plano Real os bancos tem feito a festa no país graças às taxas de juros. E os grandes grupos sabem muito bem diluir os seus lucros, de forma que paga uma baixa tributação. Detalhe: não fazem nada de ilegal, e sim aproveitam brechas da lei. O único nessa história que não tem poder nenhum é justamente o trabalhador, e é para cima dele que o governo parte. Assim sendo, guarde os nomes dos deputados gaúchos que votaram a favor das mudanças, para que nas próximas eleições você não vote neles:
- Darcísio Perondi – PMDB
- Júlio Redecker – PPB
- Luis Carlos Heinze – PPB
- Nelson Marchezan – PSDB
- Telmo Kirst – PPB
- Yeda Crusius – PSDB
E a cada dia que passa sinto mais a necessidade de comprar um instrumento musical. Uma guitarra, um teclado, um baixo, sei lá, mas algo para tocar, fazer um barulho. Vi esses dias uma guitarra meia boca e quase comprei. Meia boca sim, mas que dá prá fazer um barulho. Mas o que eu gostaria mesmo é de um teclado. Só que teclado meia boca não dá: tem que ter no mínimo interface MIDI, e tem algum teclado baratinho com isso? Não achei ainda. Mas o fato é: tenho que comprar algo que permita que eu faço um solo da Crosseyed and Painless, do Talking Heads, que permita eu tocar uma música do Edgar Scandurra, que permita eu brincar um pouco com sons e ruídos. E que me afaste um pouco da frente desse vício chamado computador.