Imagine a cena: você chega na casa dos teus pais, para a festa de aniversário da sua irmã. Seu pai está na churraqueira, preparando, entre outras coisas, um costelão de gado. Na verdade, ele está a manhã inteira assando o tal costelão. Você cumprimenta os demais convidados da festa, e vai para dentro de casa conversar com a sua mãe. Você acha estranho que a sua irmã, justo ela tão certinha, ainda não tenha chegado, e pergunta por ela. Sua mãe diz para você ligar para ela, avisando que o almoço já está quase pronto. Você liga e fala para a sua irmã que o pessoal tá esperando pro almoço. Aí você fica sabendo que a sua mãe havia ficado de confirmar o almoço para ela, e como tal confirmação não veio ela já havia almoçado e já tinha colocado na cama seu sobrinho de dois anos. O que fazer nessa hora? Bem, no meu caso chamei a minha mãe, passei o telefone e deixei as duas se entenderem. Resultado: almoçamos o costelão sem a presença da aniversariante, que só pode vir quase uma hora depois, quando teve certeza que o filho estava realmente dormindo. Nessas alturas do campeonato não tinha sobrado nem um pedacinho do costelão, para a tristeza dela. Aliás, como o costelão demorou um pouco para ir a mesa, já que a minha irmã nunca chegava, ele acabou passando um pouquinho do ponto, o que deixou meu pai um pouco chateado. Chateado sem necessidade, já que estava uma delícia. É, se vê que os Pilger sabem organizar uma festa…
Mas acabei de mandar uma mensagem pro pessoal do Lorenzo y La Nota Falsa perguntando onde é que consigo encontrar o CD deles. Para quem não conhece, não sabe o que está perdendo. Só para ter uma idéia, eles se classificam como sendo uma banda de punkjazz. Impossível? Pois ouça e veja que o resultado é bom, muito bom. É uma das boas bandas gaúchas dos anos 90 que acabaram não recebendo o destaque que mereciam. Ainda bem que para reverter esse tipo de coisa existe agora sites como o MusicaTri.
E o Galera, do CardosOnline mudou o nome da sua coluna para Em memória dos Orangotangos, e faz toda uma explicação do porque do nome, se dizendo sensibilizado com um artigo que leu na IstoÉ que tratava da extinção dos caros primatas. Bem, ok, podemos nos sensibilizar com o fim dos orangotangos, mas:
To: galera@cardosonline.com.br
Subject: Re: CardosOnline – 000 – EDIÇÃO ORANGOTANGOAt 01:39 11/06/01 -0300, you wrote:
> O orangotango está sendo liquidado como estão sendo liquidadas
> várias outras espécies de animais, mas minha preocupação com
> eles é especial, quase afetiva. Hoje restam cerca de 6 mil.Galera
Você já levou em conta que o velho e simpático bugio, que mora nas nossas serras, também não está numa situação lá muito boa, sendo classificado como espécie em extinção? Ou seja: há primatas, primos nossos, aqui mesmo no Rio Grande do Sul, que estão caminhando lentamente para o seu fim. Temos que nos preocupar com os orangotangos? Sim, mas infelizmente o máximo que podemos fazer é uma assinatura da National Geographics e ajudar entidades como o Greenpeace com doações. No caso do bugio, ele tá aqui perto, ao alcance da nossa ajuda. E quais são as ameaças que os bugios enfrentam? Bem, a espécie encontra-se ameaçada de extinção principalmente devido à destruição de seu hábitat e também à caça indiscriminada, já que a sua carne e pele são muito apreciados. Ou seja: se vê que uma campanha de conscientização aí é necessária, tal como a que houve com o mico-leão dourado.
Eis alguns links interessantes sobre o bicho:
– Projeto Bugio: http://www.furb.rct-sc.br/cce/biologia/bugio/
– Saúde Animal: http://www.saudeanimal.com.br/bugio.htm
– Bugios em Porto Alegre:
http://members.nbci.com/Clepei/pontapedra/ponta1998-1.htmAh, claro, o simpático alí em cima foi uma pequena ironia, visto que o bicho é punk: além de ter um grito forte prá burro (o ronco do bugio), tem a mania de jogar as próprias fezes nos seus adversários. Eitcha!
[]‚s
E já vou avisando: se essa história for verdadeira, tô fora do PT. O partido já está patinando a muito tempo, perdendo a visão de sociedade justa para todos e se tornando um partideco eleitoreiro com os mesmos vícios dos outros. Ainda tem coisas boas no partido, mas essas a cada dia que passa estão ficando mais escassas…
E encontrei a página do Andy Shipway, que foi quem descobriu que é possível fazer circuitos impressos em papel. Não há alí nenhuma referência sobre o assunto… Estranho, muito estranho!